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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desconfio, que amo este homem...

Desconfiou que amava aquele homem,
mesmo sem conhecer tudo o que era,
sem compartilhar toda sua história,
nem dividir com ele a memória
de tudo o que, cada um, já viveu.
Tão frágeis somos todos nós,
imperfeitos,solitários,ansiosos
em busca do próprio eu,
do próprio amor idealizado,
quanto mais nos sentimos sós!
E ela, ainda buscava encontrar
- o eu no outro- um sinal, um reflexo
de sua crença, do singelo desejo
do melhor de si, ainda poder resgatar.
Sabia que o sonho era maior
do que jamais poderia alcançar.
Melhor seria tratar de esquecer,
pois na vida, um dia,tudo passa.
Por isto, impotente confessou:
Desconfio que amo este homem
que já não sai do meu peito
onde o coloquei desde que, sem jeito,
mostrou-me pequenos segredos de si,
e porque me fez de novo sonhar,
sorrir, novamente crer...voar!
Só por isto, docemente, eu o amo,sim!
Porque me basta nele reconhecer
um fragmento do sonho que era meu.
Porque me basta desejar em seus braços,
finalmente viver a paz que de tão minha,
hoje, ainda se esconde em mim.

Foto e poema: Vera Alvarenga

sábado, 5 de março de 2011

Apenas ouvir...

Algumas músicas tem o poder de me transformar em algo etéreo
parece que entro nelas e vou junto..
     
             Há momentos
que a gente escolhe apenas ouvir,
   porque a música já tem tudo
que a gente sente e não pode dizer...
        ... melhor ainda seria
     que a gente pudesse falar
 mas escolhêssemos apenas ficar,
      lado a lado ali, ouvindo
o que o nosso coração grita :
  - "Preciso tanto te amar,
        mas tenho medo..."
 Que bom seria, neste instante
sentir teu abraço firme a me envolver
    e tua voz segura a me dizer :
- "Vem, não precisa ter medo de amar"...

Foto e Texto: Vera Alvarenga
vídeo do youtube.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Refletindo sôbre a morte de um amigo"...

Hoje, resolvi postar este lindo Por-de-sol porque ele lembra despedida, e nós,
do Dihitt, nos despedimos de nosso gentil amigo Renato Trindade, que se foi, ainda com apenas 39 anos !
     O Por de Sol é triste para alguns, porque é luz tão presente e consciente em nossa vida e, mesmo assim, se despede de nós... mas também é lindo ao mesmo tempo, porque nos traz a noite, e nela veremos a luz das estrelas, com sorte a da Lua, e talvez nossa própria luz interna.

Os amigos e familiares choram por Renato.
Meus respeitos e sentimentos aos familiares e amigos íntimos que choram esta perda. Que possam ser consolados pela fé.

    Sempre que a morte nos surpreende assim, tão desprevenidos, vemos o quanto somos apegados a este lindo mundo que conhecemos e às pessoas que amamos, que nos amam e que fazem parte da nossa vida. Então, por que não deixar nosso coração falar mais alto? Por que desperdiçar o que é verdadeiro?



Costumo dizer que não devemos desperdiçar o tempo com competições pelo poder que não levam a nada.
Tenho me repetido, insistentemente, que o amor e a cumplicidade não garantem 24 hs.de felicidade, mas são um esforço que vale a pena, porque nos ajudam a sermos livres para realizar em nós e no outro,o que há de melhor ( o divino em nós), e aceitar o que não é perfeito, porque afinal é o real, e não ilusão.
   A passagem do tempo e a morte são as únicas certezas que temos...mas podemos fazer a escolha de sermos luz, no caminho de alguém... e, a todo momento podemos escolher ver o que há de belo e bom no nosso caminho e optar pela responsabilidade de retribuir o amor que recebemos, se queremos o direito a continuar a recebê-lo. Não façamos do outro apenas um objeto do nosso prazer.
Nosso beijo ao Renato, que para tantos foi luz, e a todos aqueles que sofrem por esta perda ( ou por outras.)
Mesmo que já tenhamos perdido alguém, se ainda estamos aqui, com fé recomeçaremos e ainda teremos outros para aprender a amar.
Que possamos nos lembrar da fragilidade da vida, antes de escolher prender a nós mesmos ou a outro, numa situação onde não tenhamos o desejo de oferecer amor verdadeiro, que flui com sinceridade do coração.
Pois é o amor que nos faz crescer e nos transmite luz.

Que possamos nos perdoar por termos exigido de outro uma perfeição que nós mesmos não podemos ter.
 Que possamos reverenciar a vida e o momento presente como uma benção.
 Que sejamos responsáveis para deixar livres os que dizemos amar e que nosso sonho seja atrelado a realidade daquilo e daqueles que possam cooperar entre si para um crescimento, respeitando os
limites do que cada um é.
Assim, poderemos brindar à vida, e levar um pouquinho de luz para os que se aproximarem de nós!
Que sejamos responsáveis, tanto por nós como pelo outro.
   Quando alguém se vai, e ficamos, é sinal de que ainda temos o que realizar e, com certeza, só pode ser a realização de nossa potencialidade e de amar.
Texto e fotos: Vera Alvarenga

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Meu pássaro dourado..."

Assim quase para me despedir de uma série de poesias que fiz no inverno deste ano que passou, aqui está mais uma....

" Quem é?
Quem é que abriu minha janela,
e um raio de sol deixou entrar,
pela fresta, pelo ar?
Quem ousou me assustar assim
e sem convite,tomou posse de mim?
Ah, que bom, és tu!
meu pássaro dourado,
que de tão longe vieste
seduzir meu coração ferido,
que queria ,mas não sabia
como,sem medo, de novo amar.
Em tuas asas me trouxeste
pólen de dourado brilho
que penetrou no meu peito e
pela pele, e nas entranhas e
porque sou fértil de amor
me fez grávida de esperança.
Hoje,entrego-te meu segredo-
nua,como os que se despem
ou os que tentam se despedir,
confesso-te,pássaro querido,
desde que tu vieste e
com teu canto me seduziu,
este teu canto terno e agreste,
meu coração se enterneceu.
E como no rosto da criança,
voltou ingênuo, no meu,
o sorriso que ainda não morreu...
E como ela, quase inocente
passei em sonho a imaginar
que tudo era factível,
que tudo era possível,
que o destino me faria um dia voar,
a um convite e num sonho teu...."

Poesia e fotos: Vera Alvarenga                                                          

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Viver em paz..."


Olha o tempo
passa tão depressa!
Já nem sei mais
nem que hora é essa.
Vou andando,
já não tenho pressa.
Agora no meu passo,
meu caminho
hoje, eu que faço.
Sei que titubeio,
escorrego e caio,
me levanto,
recomeço e saio,
por aí...
ou se eu quiser,
fico mesmo aqui!
Não procuro mais,
vou viver em paz.
Se você vier,
o mundo sorrirá comigo.
E o receberei
se você trouxer
o que oferecer,
e também serei
o seu amor.
Só se for sorrindo,
poderemos ir,
seja pra onde for.
Mas ainda assim,
vou ser eu,
e o ritmo será um acordo
entre o tamanho do seu passo
e do meu!
Foto e Texto : Vera Alvarenga

quinta-feira, 10 de junho de 2010

- " Então...melhor assim..."

-" Onde está, mulher!?
    Onde seu olhar se escondeu?
    Psiu! aqui, no meu canto.
    Já nem estou indignada,
    apenas me deixo ficar calada.
    Me retraí... Melhor assim.
    Se me olhar nos olhos, verá,
    que aquela pequena e serena,
    fraca e forte, menina e mulher,
    ainda está aqui. Todas,sou eu.
    Hoje, não me culpo mais, e
    não quero apenas me conformar.   
    Hoje, eu sei mais de mim!
    Tenho pressa, quero amar!
    Sei que busco,que  me perco
    que  me iludo facilmente.
    Sei de mim! Sou carente ! e
    se te encontro, te ajudo,
    te amo e sigo docemente,
    no sonho que é meu...
    Esta sou eu!
    Contudo, se for só meu, o sonho...
    Então...melhor assim.
    Não se aproxime de mim
    não me queira tocar,
    com fracas palavras.
    Não quero amar o sol
    que de tão grande, meus
    braços não possam abraçar.
    Não quero amar a chuva fina,
    que se espalhe, por aí e
    a tudo e todas queira tocar.
    Quero a tempestade,
     forte, verdade! depois...o raio
     de sol que brilha, sem ferir.
     Porque sou assim, natureza,
     ternura, coragem, certeza!
     Não tenho mais tempo
     para fingir que sou feliz.
     Nem para inventar o homem
     valente, amigo e cúmplice,
     porque não teme amar!
     Seremos "nós".. ou fico aqui!
    Agora... sei mais de mim!
    Foi tanto que já me dei.
    me entreguei e me despi!
    Prefiro ficar aqui...melhor assim.
    Só saio de mim, se for pra me diluir,
    se for para me libertar,
    no abraço maduro do homem
    que queira me dar
    o seu olhar mais contente,
    e sem medo, com ternura me diga:
    " quero você, mulher, em minha vida!"
    Então, eu não me cansarei
    mais de o amar!
    Seremos dois cúmplices a seguir,
    vivendo em sonho, o resto de vida
    que juntos, faremos que valha a pena!
    E eu? Voltarei a ser, eu
    mulher, ardente e serena".
 

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