segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Meu terraço...

Ontem, domingo, foi um dia tranquilo. E no final da tarde depois de pendurarmos os vasos que compramos , eu pude finalmente sentar-me na cadeira de balanço para ler um livro e curtir meu terraço. Agora sim, está do jeito que eu gosto... com flores e a Jaboticabeira.
Ainda falta trocar o piso e não cabe mais o pé de amora, e a jardineira de Gerânios de várias cores que me encantavam. Também não dá mais para colocar a espreguiçadeira onde, durante algumas tardes eu lia, ouvindo música e depois tirava um cochilo ou pensava na vida...rs...
 Mas, quando o sol começa a se esconder atrás das árvores, dá pra ficar lá para ler, tomar um cafezinho, até jogar baralho. Sabe de uma coisa? É do tamanho ideal!!
Tem até uma cadeira para os amigos mais íntimos... E, logo poderei colher jaboticabas!
Adoro meu terraço! 
Nele, já começo a receber antigos visitantes, mas só quando não estou lá...rs..

Quando quiser, apareça para um cafezinho... é fácil reconhecer qual é o meu terraço...rs..
Sou abençoada por poder viver em São Paulo, no meio de árvores, periquitos, pica-paus, saguis, sanhaços, ouvindo o canto dos sabiás...

Fotos: Vera Alvarenga.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Máscaras- diferentes formas de um mesmo rosto...

Há um pouco mais de 20 anos atrás eu estava apaixonada por uma pesquisa que decidi fazer sobre Máscaras. E decidi fazer uma porção delas, usando diferentes materiais e formas de apresentar o mesmo rosto.
Ora, por que fazer sempre só com os mesmos materiais, não é? Como ficaria um mesmo rosto com outros materiais em Máscaras? Afinal de contas eu tenho uma curiosidade natural e nós também temos em nosso mesmo rosto, uma porção de expressões, não é mesmo?
E usei diferentes suportes desde molduras antigas até pedras, e então integrei Máscaras à fotografias, vidro, espelho, usei papel, papelão, gesso, cerâmica esmaltada, terra cota, metal, banho de cobre, madeira, ferro, pedras, casca de ovos, areia, resina, conchas, cavacos de alumínio e até seda...rs...
Usei as técnicas disponíveis e inventei algumas...rs...
Trabalhei muito! Me diverti bastante.
Só pra esclarecer: Máscaras não estavam, naquela época, nem na categoria da Arte, nem do Artesanato.
Confesso que acho que isto combina mesmo com o que a Máscara representa, e por isto me apaixonei ainda mais, pois como a que está em nosso rosto e se modifica, pode pertencer a uma coisa e outra, está um pouco em tudo... é necessária para nossa proteção ou para mostrarmos o que vai em nossa alma... é como a própria vida - não é estática nem congelada. E em meu trabalho eu consegui fazer artesanatos, e até esculturas que foram premiadas... Que delícia lembrar! É maravilhoso quando a gente pode explorar com o tato e o coração, e sob todos os ângulos, a nossa paixão!



















Texto, fotos e máscaras: Vera Alvarenga

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Você está nos vendo ou apenas nos confunde com o todo?

Quantas Maritacas você vê nesta Amoreira que fotografei?
 Na verdade tinham muitas!!! Mas bem visíveis... presta bem atenção...quantas são?
Foto tirada em Votorantim-SP- : Vera Alvarenga

Será uma Saíra Turquesa?

Não sei qual teu nome exato, mas quando meu olhar passou por ti no meio de todo aquele verde igual,
mesmo estando longe, chamou-me a atenção... não sei exatamente "quem"  tu és, mas vi tua beleza...


Fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Fotos da Exposição de Máscaras e Esculturas de Paraty.

Então, aqui estão outras Fotos da minha Exposição de Máscaras/Fotos e Esculturas em Paraty.
Como disse no post anterior, foi intenso este trabalho.O salão de cima da Casa de Cultura de Paraty estava à minha disposição. Eu tive a idéia de fazer o "quarto escuro" e Diuner, Themilton e uma pequena equipe me garantiram que fariam esta montagem. Os desenhos, esculturas, Máscaras , cipó, galhos secos e folhas para simbolizar a Mata Viva...seria por minha conta.
Foi uma experiência maravilhosa.
















Fotos Vera Alvarenga

sábado, 26 de outubro de 2013

Convido-os para minha Exposição de Máscaras...

Então, querem fazer uma viagem no tempo e vir comigo até Paraty?
1992 - minha exposição de Máscaras na Casa da Cultura.
Eu fiz o convite com aquarelado...catei as folhas secas, cipó, pedras...foi muito bom!

Meu marido estava com alguns projetos lá e eu, então, bolei esta exposição. Convidei-o também a participar com as 3 máscaras do folclore que ele tinha feito. Tinham máscaras e fotos, algumas poucas esculturas também.Máscaras do Folclore, dos Orixás, a Máscara do Rio ( que vomitava dejetos e a sujeira...rs..), e muitas outras.
O pessoal da Casa da Cultura se entusiasmou e com sua equipe, Temilton e o Diuner me ajudaram muito! Montaram até " o quarto escuro" que eu imaginava... Foi muito bom lembrar...
Nesta 1ª parte vou mostrar-lhes apenas o quarto escuro...rs...algo bem "moderno" para aquele tempo...rs...
(não ficarei triste se não gostarem, este tipo de coisa não agrada mesmo a todos os gostos...rs...
Mas na 2ª parte, garanto que tem coisas bonitas...rs....Ah! teve até um coral! e muitos turistas além dos alunos de lá e...claro de vocês!

Então, vamos lá! Logo na entrada do quarto escuro com as 6 esculturas havia um texto. Você ia andando, via as esculturas uma a uma e voltava, mas na volta as esculturas tinham, quase todas, um outro nome. É só clicar nas fotos que elas ampliam:
Vou colocar aqui as esculturas do fim para o começo, na viagem de volta do "LOUCO" (que somos quase todos nós) pois é uma mensagem com esperança...ao contrário de quando víamos as esculturas desde o início até quando a vida nos deixa loucos...rs...não se ofenda, eu disse que somos "quase" todos loucos.
1. A Loucura com seu EU dividido, que se transforma...no Louco:
2. Aprisionado ( bem, esta fica assim mesmo na ida ou na volta!...rs...

   3. A, por vezes doce, "Gaiola Dourada" que se transforma em "Prisão". Mas se o Louco acha um jeito de romper as correntes...rs...
4. Quando a cara cai - só pode cair se e quando percebemos tudo!, mas o LOUCO cheio de esperança muda as coisas e a usa como um gesto de sair "Buscando o EU"
5. O Palco da Vida ( adorei esta escultura- eram duas mulheres - a velha segurando na mão a lembrança de sua juventude...rs...Ui, quando eu fiz este trabalho eu era jovem...agora já estou nessa! E, refletido no espelho, a jovem mulher segurando uma máscara dela mesma mais bonita, ou maquiada, ou enfeitada para ser aceita e amada): O louco, claro se ele conseguiu romper as correntes, volta para o palco da vida e compreende a necessidade de suas máscaras, no bom sentido, claro ( já sei que muita gente vai dizer que não usa máscaras e vai se ofender e sei mais o que...mas cara! amigo/amiga, se quiser você pode ser aquele/a que é perfeito,  não tem rosto, ou tem um só, sempre e sempre, e sempre o mesmo jeito congelado de ser. Não quero ofender ninguém aqui!...rs...)
Outra vez só pra lembrar que a gente não foge do Palco da Vida...rs... e simplesmente porque é natural nos adaptarmos a diferentes situações, tentarmos trabalhar nossa personalidade e tentarmos não nos acomodar apenas aquilo que gostaríamos de ser, porque então seríamos sempre iguais, e sozinhos, se não levássemos os outros em consideração...

E, finalmente, o Útero/ Casulo...alguns chamam de "zona de conforto"... onde os loucos como EU, precisam se refugiar para digerir as coisas, sofrer as transformações necessárias, e muitas vezes MORRER, para poder RENASCER, como Fenix!! 


Então é isso!
Em outro post eu coloca as mais bonitinhas...rs...
Beijos aos amigos que vierem me visitar em minha exposição de alma, digo, de MÁSCARAS!!
Amo máscaras. É uma de minhas poucas, mas totalmente envolventes paixões!
Ah! que saudade me deu daqueles dias, daquele trabalho que, afinal de contas, serviu de incentivo para muitos outros e muitas outras exposições. Que pessoal legal aquele. Eles me compreenderam muito bem e foi ótimo trabalhar com eles! 

FOTOS E TEXTO: VERA ALVARENGA.

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