terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lado a lado...


Queria andar suavemente por tua vida
e nela sentir-me rainha, a escolhida,
como serias para mim, meu amado, e
em tua companhia  rir-me de contente
por qualquer bobagem, pois que abençoados
viveriamos assim, nossos dias, o meu, o teu,
o nosso destino, escrito como feliz enredo
pelas mãos de um sábio criador de sonhos...
E porque tu, como eu, pensarias que é assim
que vivem os que ao amor são predestinados,
não me envergonharia dos doces sentimentos
e nem daqueles tão mais ousados
pois que não haveria  razão para o medo,
e ao ouvir-te chamar-me - querida -
não como outrora ouvi, em gesto calculado
por interesse de um ego hipersociabilizado,
mas nos momentos de doce intimidade
e fruto de espontânea e coerente verdade,
eu me abriria novamente para a vida,
pois que estar assim recolhida chega a assustar-me!
E te reconheceria por não me decepcionares
do sonho, que nele havia um simples desejo
de ser tua, e amada, reflexo de igual desejo teu,
e ao olhar para o lado e ali encontrar-te
ah! como queria beijar-te! e beijar-te!
E fazer-te feliz, pois que é deste modo
que reconheço o que simplesmente sou.
E nossas palavras seriam mais um testemunho
da determinação de forjarmos nossa felicidade.
E eu viveria encantada com tua presença
porque, apesar de tudo, nos encontramos
e serias pra mim o milagre que veio,
por tuas mãos,  resgatar-me, e que chegou
para de novo preencher-me da graça
na alegria imensa de poder amar-te,
sem medo, com gratidão, por trazeres luz
e significado de novo para minha vida!
E então, eu teria a plena convicção do
valor de cada momento que me restasse
e que a vida me permitisse a seu lado
satisfazer esta ânsia de viver um grande amor
e te abraçando docemente, feliz
por viver a graça deste nosso amoroso encontro
até o final de nossos dias, não cansaria de dizer-te:
- querido, sou feliz por te amar, meu amado!

Foto e Texto : Vera Alvarenga

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

minha vida - rita lee (+playlist)

Rita Lee - Amor E Sexo (+playlist)

Atravessando pontes...


 Já atravessei muitas pontes,
e quando sozinha, algo maior que tudo me impulsionava,
coragem e fé me inspiravam

Meu coração, contudo, hoje por vezes me intima
e prometi a ele atravessar as maiores,
somente se sua mão estiver ali no meio,
estendida em minha direção,
e um sorriso em seu rosto me receber...
e então, reencontrarei... reencontraremos,
do outro lado, 
o motivador de todas as coisas...
 












E, com certeza, este dia será abençoado!
E lembrado pelos que nos querem bem,
como o dia em que renascemos.
E o sol brilhará de novo,
em mil flocos de luz...
E então o desejo ardente
se fará em luz incandescente
e criará asas em mim e eu
saberei de novo, quem sou...

Fotos e texto: Vera Alvarenga

Indiferença...

  E que a indiferença ao acordar e vislumbrar o novo dia, faça as malas e se vá pra sempre de nossas vidas! E que então, a paixão por alguém e por algo venha fazer morada em nossa casa, bem lá dentro num cantinho do coração. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Nas frágeis asas de uma Libélula...

 
  No Tempo de um recomeço
  de um novo ano, de promessas,
  que segue indiferente ao que deixa para trás,
  que engole os sonhos e todos os ais,
  que me marca o rosto e as mãos
  e vai inalterado de encontro ao futuro,
  apesar de tudo e mesmo assim, encantado...
  neste tempo que já não é meu,
  do que vou falar que não seja eu?
  Do que irremediavelmente sinto e
  que a ninguém, nem a mim, interessa mais?
  Do que vou falar agora? e pra quem?
  Não daquela menina, que desde sempre o tinha
  em seu coração ainda que não soubesse,
  e o temesse, e o tivesse procurado
  e quase o tivesse tocado...
  E não falarei mais de mim, que sou meio morta,
  desde que meu último e derradeiro sonho
  levou com ele minhas asas de libélula e
  não posso mais voar!
  Deuses, emprestem-me suas asas!
  Alguém me escuta, em algum lugar?
  Talvez... talvez ainda ouse falar sim,
  de outras não de mim, daquelas mulheres
  de seus grandes amores e sentimentos, e ah!
  parece que já posso sentir o vento nos quintais
  fazendo dançar as roupas e os cabelos,
  refrescando-me a pele na tarde quente
  que me cora a face, o desejo ardente,
  e por que não? Por que não?
  Falar dos seus sonhos, não dos meus!
  porque ainda assim, ao falar de amor,
  seja onde for, somos todas iguais...
  e na renda de delicadas asas
  vejo escrito seu nome e só assim,
  sinto o bater das frágeis asas da libélula,
  vida pulsante em meu coração...
  Foto e poesia: Vera Alvarenga
  

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