sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Sentimentos...

Um dia, a nostalgia se aconchega e fica ali, escondidinha no canto do coração...
E a gente lembra...de tantas coisas...e os sentimentos ficam ali à flor da pele...


Cada um de nós....

"É preciso amor pra poder pulsar"... por isto me sinto perdoada por te amar...
Perdoa a simplicidade desta confissão sincera: - As vezes, sinto uma saudade "que chega a doer nos ossos"...ela nasce no coração, e sem que eu ouse impedi-la, silenciosa caminha por meu corpo todo até que todo meu ser a consiga digerir. Se, por um lado fico triste já que não compreendo o sentido de certas coisas, por outro, esta dor tão concreta à qual me rendo de vez em quando, me faz perceber que ainda estou viva...
   Sinceramente, no entanto, desejaria comemorar a vida com o prazer dos sorrisos que imaginei para nós e com mil pequenos motivos que me fariam sentir abençoada por este sentimento!
  A vida, no entanto, segue por caminhos que não conhecemos. Quero crer que haverá um sentido maior para tudo- para os encontros, os desencontros, as despedidas, as saudades, o desejo de reencontrar o amor e a mansidão que se acomoda em nós quando percebemos que não podemos controlar todo o nosso destino. Amor é motivação. Dizem que nós, mulheres, amamos poder amar!
   De todo modo, se não conhecêssemos o amor, não sentiríamos saudades ou este tão grande desejo de o experimentar de novo... e de novo....

texto:vera alvarenga

Ah... experimentar, só hoje.. só hoje?!

Amor.... Às vezes você também não se sente assim?

Ah!...experimentar, este amor maior, é um desejo que não morre... por que não morre?... por que?... por que?... porque o amor é vida?... vida...viva, meu amor... viva a sua vida com todo amor que puder tocar e deixe-se tocar por ele, sempre...sempre...

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Durante a noite...


Conforme envelheço parece que cada noite rouba-me um pouquinho do riso antigo.
 No entanto, enquanto durmo, se não estou enganada ou seria um sonho?
 Uma senhora bondosa, com vestido azul escuro sob um avental de branco puro,
vem banhar-me com águas mornas como se eu fora ainda criança.
Toma-me nos braços e com a caneca iluminada pela luz prata da lua,
joga-me água límpida enquanto estou assim, de tudo, nua.
- Pronto, estás banhada. Lavei-te a alma como sempre. É o que ela me diz.
E de manhã acordo pura. Perdoei, fui perdoada. Bendigo a vida. Recomeço.
Mais um dia para ser gente. Sorrir, chorar ou aquietar-me. Vencer os medos,
mergulhar nos silêncios e emocionar-me. Sentir saudades e amor, amar.
Buscar significados, significar. Resgatar esperanças,  tentar ser feliz! 

foto/poema: Vera Alvarenga

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sonhar, ainda?

 Sonhar, depois de tanto tempo,
sonhar ainda?
É porque sonhamos o tempo todo
sem perceber que sonhávamos.
É porque já era hábito, costume
que nunca deixamos de ter,
mesmo sem o perceber.
É deixar ali, onde possamos ver
com os olhos do coração,
e quase tocar com as mãos,
porque bem próximo colocamos
tudo o que transborda da alma,
tudo o que nos tira a calma e
de tão grande não cabe em nós,
e de tão bom, nos consola.
Sonhar ainda? É ainda viver.

domingo, 20 de setembro de 2015

Primeiro amor... e contradições...


Não sei quando comecei a amar-te.
Não, não foi aquele amor imediato dos olhos que se encontram da primeira vez,
e vê-lo não me trazia, confesso, nenhum vislumbre de futuro grandioso.
Foi antes o teu passado que me motivou.
E não foram teus olhos azuis que imaginei um dia encontrar, porque não tinhas.
Também não tinhas, como minha mãe dizia, nem um gato pra puxar pelo rabo!
Até hoje nunca me detive nesta frase para ver como é engraçada e
cheia de contradições. E como, por causa delas eu me sentia desafiada  e
teimava querer consertar um mundo que mal conhecia.
Aquela frase parece engraçada agora, porque hoje tens um gato só porque eu o tenho
e ainda me tens, o que é consequência não tua escolha, mas não gostas dele!
Nem te deixas seduzir pelos seus olhos azuis ou pelo olhar que ele te oferece,
 e aqui outra contradição, mesmo assim és tu que o alimentas pelas manhãs
quando ainda estou acordando.
Eu, ao contrário dele, embora tenha olhos azuis, não tentei te seduzir  !
Em minha inocência não sabia como fazê-lo. Era tão inocente que, o que me fez te amar,
aos poucos, talvez tenha sido o prazer que descobria no meu corpo, e no teu,
porque queria retribuir-te e, mais do que isto, o que me fez te amar
talvez tenha sido meu desejo imenso de te compensar e te dar tudo
que, no teu tempo de inocência em criança, nunca pudeste ter.
Eu era inocente de corpo e alma. Meu olhar não se deteve em nada,
mesmo quando te conheci. Contudo, tu me disseste que meus olhos te abalaram e
que desde aquele instante sabias que me ia ter .Que já sabias até antes!
Eu, só sabia que um dia, o amor ia chegar e eu me entregaria.
Acho que somos todos inocentes.
Eu não sabia nada do mundo Nem o que me esperava,
Nem o que esperavas de mim. Te dei tudo, mesmo assim. 

Um dia...um convite....

     
 Um dia, nem tão distante, fiz um convite :
   
 " Pega a tua música, aquela que te abranda a alma
                  e vem comigo para meu jardim.
   Assim, teremos muitos momentos de pequenas alegrias
 compartilharemos pequenos instantes de deslumbramento,
sorrisos ou silêncios cheios de significados, e cúmplices olhares...
         E, por conhecermos o gosto da bebida amarga
                    que por vezes tivemos de beber,
e por sabermos que o tempo nos rouba o que pensávamos eterno,
        beberemos, de nossa taça de vinho, bem devagar!"
Ah! Desconfio que, no Olimpo, até Baco sentiria inveja de nós,
porque o Deus de todos os deuses estaria sorrindo conosco,
porque só queríamos experimentar, de novo, de sua abençoada
                          paz na singela  felicidade!

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