sábado, 2 de abril de 2016

Lembranças...

Eu caminhava pela terra
naquele caminho salpicado de pedras
e logo ali, dura mas nem tanto
pois que tinha uma rachadura,
uma rocha me fez lembrar de ti.
Meus olhos curiosos descobriram
onde estava a semelhança.
Lá de dentro da fenda, brotando
da sombra daquele árido cinza,
brilhava uma gota d´água
pendurada no verde vida de uma
pequena planta com um botão...
Não era pois a tua imagem,o que vi,
mas o reflexo de um sentimento,
efeito de tua antiga presença.
Ali escondida, é como está agora
a lembrança viva que ainda tenho
de quando nos encontrávamos
para conversar....
Tu me fazias sonhar,
acelerar de novo meu coração,
e no meu caminho,brotar uma flor.

veraalvarenga

sábado, 19 de dezembro de 2015

Minhas fotos de Natal..

Você pode clicar nas fotos para ampliar...
Traga-me uma luzinha de Natal, um presente seu: - diga-me que está bem que me quer bem, me dê notícias... e só por isto, meu sorriso... e meu olhar terão um brilho a mais...















 Quando pensamos em nossos sonhos e focamos nossa energia e vontade para alcançá-los, a realidade corriqueira é um detalhe e quase alcançamos estrelas...

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Pisando nas estrelas...

 Quando a gente está apaixonada... o coração fica tão leve
 que a gente, por vezes pensa que está flutuando nas nuvens, ao lado da lua...
 às vezes, pisa nas estrelas...
 porque o mundo fica mesmo ,deliciosamente, de ponta cabeça....a realidade do chão duro de pedra não é vista nitidamente, porque o que mais nos interessa é a luz que ilumina nossa alma.....
fotos/texto:vera alvarenga

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Inexplicavelmente...

Me apaixonei, e não compreendo,
por algo que jamais terei,
mesmo assim me apaixonei.
Este sentimento, qual desejo ardente,
ingênuo, quase indecente,
entrou em mim de um jeito
ou estava lá, contrafeito,
a espera de poder voar?
Não sei....
Me apaixonei por tuas asas,
palavras, alma carente,
pensando que te levaria alegria
e de mim, tu mesmo resgatarias
a que estava tal qual semente,
potência, vida, promessa contida.
O perfume das flores no jardim
lembra-me - a vida passa a cada dia,
nem conheço teu cheiro,
nem tocou-me mais o teu gesto,
e me apaixonei mesmo assim.

foto/poesia:veraalvarenga

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Moro num silêncio..............


Moro, há tanto tempo, num silêncio...
alguns dias povoado do riso das crianças
que jogam bola na quadra ao lado,
mas junto a mim, até o bater do meu coração
algumas vezes, posso escutar....
Gosto dele quando me permite ler e pensar.
Entro no silêncio que me machuca, quando se segue
a um riso meu que morre, nem bem nascido,
quando faço um alegre comentário, interrompido:
- " Fale baixo, estou calculando!"
E eu, escuto o que sinto e entendo:
- " Não vê que tua voz interrompe meu pensamento!
Quieta! Finge de morta e depois te procuro
para servir-me tua alegria em bandeja de prata."
Então, me parece que este silêncio é tão grande
como um tapa na cara da minha alegria e
que vai me calar para sempre,
embora minha voz ainda reclame, para ver se assim
transforma teu gesto numa coisa qualquer,
como se fora só mais um momento banal.
É mais fácil digerir banalidades,
compreender imperfeições, intolerâncias da idade,
perdoar indiferenças maquiadas de "foi sem querer"...
E logo mais vem você, feito cão desajeitado
em busca do prato de biscoitos, embora, de minha boca,
o silencio da tua muralha tenha engolido o sorriso espontâneo.
Moro num silêncio com tantos significados...
mergulho nele por vezes, embora ouça a vida ao redor,
porque quero... quando é meditação,
encontro com Deus, benção, oração...
e nestes momentos, dissolve-se a muralha,
quase encontro também minha alma perdida,
sinto morno o coração.
Moro num silêncio......que até os ecos engole!
e que eu não queria ver povoado
por pessoas estranhas, mas pelo amor que acolhe!
Há um tipo de silêncio aqui, fruto do valor que suas coisas
tem para você, que me faz sentir falta da alegria
que é um desejo meu, antigo, quase perdido.
Moro num silêncio que as vezes interrompo
com garra, com a força da vida que vive em mim,
porque sou teimosa- quero viver bem, mas mesmo assim
nestes anos todos, ele me enfraqueceu.
Moro num silêncio, que as vezes me permite sonhar
e quase toco nele - no meu sonho- e se me fosse possível
esperar ver o desejo um dia realizado,
e nunca mais me sentir naquele silêncio de morte,
ah! este seria meu momento de silêncio encantado!

foto/texto: vera alvarenga

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