Vivi uma vida com um homem
que me ama, eu sei,
com seu jeito de estranho amor
...e o amei.
Tive um amigo
que um dia me mostrou
que já era tempo de mudar,
e elogiou em mim a ternura
que eu procurava esconder,
pois me encabulavam os sentimentos
com os quais já não sabia viver.
Finalmente, li um homem, poeta,
que falava de inocências e do sentir,
sem nenhum constrangimento.
Tiro férias em minha vida!
Já sou velha, nada tenho
mais a conquistar, resta-me
o caminho que puder seguir.
Quero ser leve em sentimento,
ainda que austera a um primeiro olhar.
Quero evitar tanto pensar!
Já não quero mais compreender.
E na intimidade do meu quarto
de vestir aquilo que ainda sou,
ornar-me com minhas asas, isto sim,
com meu perfume de flor,
minhas tolices de mulher,
meus anseios de amor.
Quero ter braços de abraçar
e como uma árvore,
dar sombra para minha alma,
sentir que na água dos meus olhos
reflete tudo que eu amar
e amando, me serenar.
Quero perder finalmente o pudor
e assim, ser tola em excesso e
pertencer, e me entregar à Natureza
- a minha própria e de meu Criador.
...até o dia, seja qual for,
em que me liberte para sempre daqui.
Poema e foto: Vera Alvarenga.
que me ama, eu sei,
com seu jeito de estranho amor
...e o amei.
Tive um amigo
que um dia me mostrou
que já era tempo de mudar,
e elogiou em mim a ternura
que eu procurava esconder,
pois me encabulavam os sentimentos
com os quais já não sabia viver.
Finalmente, li um homem, poeta,
que falava de inocências e do sentir,
sem nenhum constrangimento.
Tiro férias em minha vida!
Já sou velha, nada tenho
mais a conquistar, resta-me
o caminho que puder seguir.
Quero ser leve em sentimento,
ainda que austera a um primeiro olhar.
Quero evitar tanto pensar!
Já não quero mais compreender.
E na intimidade do meu quarto
de vestir aquilo que ainda sou,
ornar-me com minhas asas, isto sim,
com meu perfume de flor,
minhas tolices de mulher,
meus anseios de amor.
Quero ter braços de abraçar
e como uma árvore,
dar sombra para minha alma,
sentir que na água dos meus olhos
reflete tudo que eu amar
e amando, me serenar.
Quero perder finalmente o pudor
e assim, ser tola em excesso e
pertencer, e me entregar à Natureza
- a minha própria e de meu Criador.
...até o dia, seja qual for,
em que me liberte para sempre daqui.
Poema e foto: Vera Alvarenga.
Vera,
ResponderExcluirnão me restam dúvidas que voce é a escritora que mais me encanta. Tudo entendo, tudo "vejo" mesmo sem cenas. E tudo que escreve tem poesia.
Sobre o teor deste texto: tambem quero ser assim, mas ainda estou meio que presa no pudor, tenho que me soltar mais, quem sabe, ao me soltar não ficarei mais sozinha.
Beijos
Sissy, sempre fui discreta. Coro ainda diante de certas coisas...rs... mas, há momentos em que deixar o pudor de lado é mesmo fundamental. E é claro, isto não acontece em qualquer ocasião, ou em companhia de qualquer pessoa. É preciso combinar... e confiar..rs...não é mesmo? ou não vale a pena. Uma coisa vou lhe dizer: não me arrependo das vezes que me soltei...rs...mas talvez de algumas vezes que não o fiz, quando o momento teria sido especial.
ExcluirE não pense que sou adepta àquela história de "viver apenas o momento". Não, sempre fui responsável com todos ao meu redor. Só que, com a maturidade a gente aprende que a vida passa rápido demais e nos dar de presente momentos "bem escolhidos" de prazer é algo que só nos fará bem. Por que não? Não falo apenas de sexo, é claro,mas dos sentidos, de modo geral e de coisas que podemos fazer até sozinhas. E quando descobrimos o quanto ficamos fechadas em nosso mundinho,ou nos guardando para uma só pessoa, pode ser tarde... Por isto, escolha seus momentos e entregue-se... rs...
Beijos.