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terça-feira, 4 de março de 2014

Estrela do mar...


Ah! se ele soubesse, quantas vezes
depois da primeira vez,
evitei a visão daquele encontro!
..do abraço que teria sido despedida
e tornou-se laço, e do beijo
que era para ser por ele roubado,
mas foi testemunha de um desejo
que teria ficado escondido
se não fosse um desejo antigo
que ambos guardávamos em segredo,
se não fosse ardente e em seu calor
não nos tivéssemos dissolvido...
Como era difícil não lembrar de um sonho
depois da primeira vez que se tem coragem
e a ousadia de o sonhar!
Se ele soubesse como me quis pequena,
e bela a seus olhos, e amada,
para deitar em seus braços, serena,
depois de fazermos amor....
Quantas vezes temi fechar os olhos e sonhar
antes de abrir meu peito e expor o coração
e me banhar nas águas salgadas do oceano,
e sangrar até o sol ficar vermelho,
e chorar até a lua branquear a areia,
e então,sair de novo, cabelos brancos de sal,
e no peito, pulsando, apenas uma estrela do mar...

foto e poema: Vera Alvarenga

domingo, 17 de novembro de 2013

Reflexos...

Quando mergulho em lembranças que são minhas, vejo você refletido nelas. 
Ainda que mergulhe mais fundo no oceano, meu olhar verá em tudo, um reflexo de você.

Quando me dissolvo no mar de minhas emoções e me vejo presente de novo neste mundo a admirar tudo que há em meu redor,até mesmo então, percebo que o amor é sentimento que não se dissolve, mas permanece em mim e por isto, reflete em tudo... 
Fotos e texto: Vera Alvarenga

domingo, 6 de maio de 2012

Aves de papel...

Quando ele entrou em sua vida
com os olhos de mar de um naufragado,
ela, que no oceano, nadava já exaurida,
pensou ver no barco à deriva
providência divina, prova viva
ali deixada para os resgatar.
Nova rota para um novo mundo.
Mas ele veio como uma onda
que a seus olhos se agigantou
e soberana passou agitando o mar,
o que a fez mergulhar, ainda mais fundo.
E assim, no azul profundo da escuridão
desvendou sua própria natureza.
Lutou contra fantasmas de barcos naufragados,
misturou-se aos ossos de corpos mal amados,
encontrou-se nos destroços de momentos bem vividos,
como os singelos sonhos guardados no coração,
e no navio, escondidos no porão, 
descobriu sinais indeléveis de tesouros encantados. 
Em sua mente ela quis para sempre ser feliz,
e bela, e grande, e forte como aquela onda...
... Mora hoje ali, no topo de um iceberg.
E dos sons que não lhe chegam,
das palavras que ele não lhe escreve,
faz aves de papel, que lança ao vento, que
alegres ou tristes, serenas e livres, voam ao léu.

Foto retirada do Google imagens
Porema: Vera Alvarenga

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