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domingo, 19 de agosto de 2012

Quimeras...

 Ah! como eu quisera
sair deste alaúde antigo,
e sem corpo, apenas som
poder ao longe alcançar-te,
suave presença,envolver-te,
como doce música dançante
a inebriar os teus sentidos...
e eu, beijar-te-ia docemente
como não te querendo acordar
até que, aos meus ouvidos,
murmurando, a tua voz
viesse em segredo me revelar,
coisas de mim, de ti, de nós...
Ah! doce sonho meu, quimeras.

Foto e poesia: Vera Alvarenga

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