Tive um canário em Bragança Paulista.
Seu nome? Cris. Meus 3 filhos eram pequeninos e, depois que eles dormiam, nas noites em que eu estava sozinha, pegava o violão e cantava um pouco ou compunha canções.
Meu marido chegava tarde. Cris me fazia companhia, cantava junto comigo. Era lindo!
Depois tive um papagaio, que tinha uma correntinha que lhe dava liberdade relativa. Diziam que era assim que tinha de ser. Com relutância, acreditei. Num domingo,voltando de um passeio o encontrei morto. Um gato o atacou. Ele não pôde fugir.
Quando mudamos de lá para São Paulo, não pude trazer o Cris. No carro já vinha uma pastora alemã, um pastor filhote, 3 crianças, uma garota de 14 anos que morava conosco, malas, e eu, morta de medo por ter de dirigir à noite sozinha na estrada, pois meu marido havia ficado para acompanhar a mudança no dia seguinte.Meses depois soube que o canário parou de cantar e morreu.
Hoje, há uma gaiola em casa, mas as portas estão sempre abertas...
Aliás, eu tenho até um problema quanto a isto... quando penso que alguém perdeu a espontaneidade e parece estar se sentindo preso a mim, de alguma forma, com raras exceções, me afasto.
Ou quando penso que vou perder algo, acabo me desligando ou tentando não me apegar.
Ser humano é esquisito...a gente perde com medo de perder! Deseja não se apegar, quando percebe que já gosta muito! ..rs...........
Texto e fotos: Vera Alvarenga
Seu nome? Cris. Meus 3 filhos eram pequeninos e, depois que eles dormiam, nas noites em que eu estava sozinha, pegava o violão e cantava um pouco ou compunha canções.
Meu marido chegava tarde. Cris me fazia companhia, cantava junto comigo. Era lindo!
Depois tive um papagaio, que tinha uma correntinha que lhe dava liberdade relativa. Diziam que era assim que tinha de ser. Com relutância, acreditei. Num domingo,voltando de um passeio o encontrei morto. Um gato o atacou. Ele não pôde fugir.
Quando mudamos de lá para São Paulo, não pude trazer o Cris. No carro já vinha uma pastora alemã, um pastor filhote, 3 crianças, uma garota de 14 anos que morava conosco, malas, e eu, morta de medo por ter de dirigir à noite sozinha na estrada, pois meu marido havia ficado para acompanhar a mudança no dia seguinte.Meses depois soube que o canário parou de cantar e morreu.
Eu, que já não
gostava de gaiolas, nunca mais quis ter em casa pássaros presos. Aliás, não
gosto de prender ninguém, mesmo que o queira perto de mim.
Aliás, eu tenho até um problema quanto a isto... quando penso que alguém perdeu a espontaneidade e parece estar se sentindo preso a mim, de alguma forma, com raras exceções, me afasto.
Ou quando penso que vou perder algo, acabo me desligando ou tentando não me apegar.
Ser humano é esquisito...a gente perde com medo de perder! Deseja não se apegar, quando percebe que já gosta muito! ..rs...........
Texto e fotos: Vera Alvarenga
Amiga, achei triste as histórias dos pássaros que vc já teve. Porém, o mais importante são as lições aprendidas!
ResponderExcluirA prática do desapego é algo árduo, que temos que lidar diariamente. Afinal, temos o hábito de ter apego a tudo e por isso acabamos prendendo, guardando, escondendo... por medo.
Devemos realmente deixar as "nossas gaiolas" abertas!
Bjs.
Eu tive meu amado Morceguinho, um canario Belga, cheio de manhas comigo! Não gosto nem de lembrar, pois eu era doida por ele.
ResponderExcluirUma vez, mamae teve um azulão (achando que seria igual ao falecido filho azul), mas ele ... afff... era um assustado profissional. Eu e minha irmã achávamos que ele podia se matar de tanto de debater na gaiola. Um dia minha mãe chegou do trabalho e notou que faltava alguem lá dentro da gaiola. E logo desconfiou de minha irmã que jurou de pé junto que era uma santa.
Esta semana mesmo, nós duas ríamos disso, minha irmã se sente até hoje feliz por imaginar que ele voou direto para a mata do Morro da Urca e foi feliz para sempre e livre.!
Ter passarinhos é algo maravilhoso, eu amo!
BEIJOS
Olá Vera
ResponderExcluirApesar de ainda estar começando minha vida,sempre temos muito que aprender,
realmente, as coisas importantes não cabem em prisões
não se contém por meio de grilhões. Mas só com o carinho, com o amor, com a ternura
E esses sentimentos, nunca serão como prisões. Mas sim a liberdade,das misérias cotidianas
As portas das gaiolas devem permanecer abertas. Bem como, um lugar no sofá, ao nosso lado
beijos amiga
Ei vera,
ResponderExcluirVendo tua história tive saudades de uma cadelinha que eu tive,me apeguei tanto a ela que não quis ter mais nenhuma quando ela morreu, hoje tenho uma , na verdade ela fica no pé, mas as vezes não dou muita confiança, pois prometi a mim mesma não me apegar tanto, mas acredita que quando ela resolve fazer o mesmo comigo sinto falta.?conclusão, ja me apeguei de novo rsrs, por tanto mais que achamos que não vamos nos apegar novamente ja estamos apegados e nem percebemos...e acredito ser assim entre você e os pássaros, não tem jeito ,como você mesma disse Ser humano é esquisito...a gente perde com medo de perder! Deseja não se apegar, quando percebe que já gosta muito! rsrsrsrs
Beijos e boa semana pra você
Oi Cecília!
ResponderExcluirA gente sofre por amor porque quando ama ou gosta muito, quer ficar perto, conviver e receber carinho em troca também. Não acho errado,não! é normal do ser humano,não é mesmo? e é até bonito, sinal de nosso desejo de ser feliz, e com responsabilidade não será mal. Os bichinhos, como os cães,por exemplo, nos oferecem imensa ternura em troca de nossa atenção para com eles.
Como comentou o Edgard, é preciso treinarmos o desapego, mas o relativo desapego, na minha opinião, pois a maturidade me fez compreender que ainda não somos anjo, somos humanos, e nossa humanidade é que nos faz desejar dividir ternura (e responsabilidade,claro) e querer estar próximos daqueles que a gente gosta ou ama. No caso dos passarinhos, acho uma pena prendê-los naquela gaiolinha minúscula.
Não sou contra viveiros, onde possam estar seguros e bem cuidados, como vi aqui no zoo de Sorocaba.
Beijos e bom início de semana!
Sim, Edgard, são histórias tristes, meu amigo. Contudo, você viu a foto que tirei hoje à tardinha de um pássaro que está indo lá na gaiola, no meu quintal? Estava o casal lá dentro hoje, porque tem um ninho e estamos na primavera..rs......
ResponderExcluirAproveito para lhe deixar um abraço carinhoso. E desejo de um bom início de semana!
ah, logo vou saber para onde vamos nos mudar... Talvez volte pra São Paulo. Se voltar, vou conhecê-lo,meu amigo!
Ter passarinhos por perto é maravilhoso sim, Sissy! Imagino as duas cúmplices e quietinhas, a rirem-se escondidas por soltar o passarinho.
ResponderExcluirMas Sissy, eu levei um baita susto quando comecei a ler...você falando do Morceguinho ! Tenho pavor de morcegos. Isto lá é nome de passarinho de fada?? kkk..........