Primavera começando.
Pássaros alegres no meu terraço.
Eu, cabeça cansada, mente preocupada, motivo nenhum para reclamar, e nem para emocionar a que, em mim, esconde asas há algum tempo já.
Então peguei máquina fotográfica e fui, seguindo o instinto, de encontro aos que tem asas pra voar.
Logo que cheguei, por sorte ninguém ali, a não ser eu e eles. Fiquei calada, pois é assim que me encontro. E um sabiá se aproximou. Sem medo, talvez porque me reconheça,de algum modo.
Fiquei quieta, observando, no silêncio.
Me senti em paz. Tão lindas asas. Tão lindos pássaros cuja única preocupação é agora fazerem seus ninhos e se acasalar.
Tantas cores ali surgindo no meio das folhas, e escondendo-se nos galhos da amoreira...quando entrava mais alguém.
Então eu o vi! mas fiz que não. Por pouco tempo, pois logo me rendi à minha adoração inconsciente, inconsequente, inconsistente, irremediável, inconcebível, torturante, apaixonante...
Que lindo! " Empresta-me tuas asas! ou me lembra das minhas, quero voar contigo!" Pensei.
Quando outras pessoas entraram fazendo barulho, todos eles alvoroçados se escondiam no meio das árvores. Quando voltei a ficar sozinha, e quieta, ele se aproximou.
Chegou bem perto. Não sei o que acontece comigo, não consegui calar-me! Docemente o chamei e falei com ele... e ele parecia me ouvir.
Não! certamente é a saudade inconsciente que sinto daquele outro que antes vinha à minha janela, que me faz imaginar que este, de algum modo, me reconhece.
Ele se aproximou mais, só para brincar comigo, talvez, só para me mostrar que a gente não sabe mesmo o que é razoável esperar de seres alados.
Então, olhou sério, bem nos meus olhos e acho que resolveu me dar uma chance...rs....
Eu estava encantada, enfeitiçada, tremia um pouco de emoção. Algumas fotos ficaram tremidas.
O que mais ele iria fazer agora?
Deu-me as costas para mostrar-me o quanto confiava em mim.
Chamou os amigos, que, para espanto meu, vieram!
Logo eram 3, bem ali na minha frente.
E eu falei com eles.
Depois se foram. Eu estava ternamente agradecida por aquele contato, embora isto tenha me feito lembrar do outro. Mas sorri.
Me despedi dele. Alguém mais entrou. Ele se foi, passando antes, bem perto de mim, tão perto, como se pudéssemos ter nos tocado, se quiséssemos.
Fotos e crônica fotográfica: Vera Alvarenga
Pássaros alegres no meu terraço.
Eu, cabeça cansada, mente preocupada, motivo nenhum para reclamar, e nem para emocionar a que, em mim, esconde asas há algum tempo já.
Então peguei máquina fotográfica e fui, seguindo o instinto, de encontro aos que tem asas pra voar.
Logo que cheguei, por sorte ninguém ali, a não ser eu e eles. Fiquei calada, pois é assim que me encontro. E um sabiá se aproximou. Sem medo, talvez porque me reconheça,de algum modo.
Fiquei quieta, observando, no silêncio.
Me senti em paz. Tão lindas asas. Tão lindos pássaros cuja única preocupação é agora fazerem seus ninhos e se acasalar.
Tantas cores ali surgindo no meio das folhas, e escondendo-se nos galhos da amoreira...quando entrava mais alguém.
Então eu o vi! mas fiz que não. Por pouco tempo, pois logo me rendi à minha adoração inconsciente, inconsequente, inconsistente, irremediável, inconcebível, torturante, apaixonante...
Que lindo! " Empresta-me tuas asas! ou me lembra das minhas, quero voar contigo!" Pensei.
Chegou bem perto. Não sei o que acontece comigo, não consegui calar-me! Docemente o chamei e falei com ele... e ele parecia me ouvir.
Não! certamente é a saudade inconsciente que sinto daquele outro que antes vinha à minha janela, que me faz imaginar que este, de algum modo, me reconhece.
Ele se aproximou mais, só para brincar comigo, talvez, só para me mostrar que a gente não sabe mesmo o que é razoável esperar de seres alados.
Então, olhou sério, bem nos meus olhos e acho que resolveu me dar uma chance...rs....
Eu estava encantada, enfeitiçada, tremia um pouco de emoção. Algumas fotos ficaram tremidas.
O que mais ele iria fazer agora?
Deu-me as costas para mostrar-me o quanto confiava em mim.
Chamou os amigos, que, para espanto meu, vieram!
Logo eram 3, bem ali na minha frente.
E eu falei com eles.
Depois se foram. Eu estava ternamente agradecida por aquele contato, embora isto tenha me feito lembrar do outro. Mas sorri.
Me despedi dele. Alguém mais entrou. Ele se foi, passando antes, bem perto de mim, tão perto, como se pudéssemos ter nos tocado, se quiséssemos.
Fotos e crônica fotográfica: Vera Alvarenga
Vera, quem são estes fofos?! Eles tem argolinhas nos pés... entao nasceram em cativeiro ou foram pegos para controle. Eu achei tao lindinho voce dizendo: "Então eu o vi! mas fiz que não. kkkkkk
ResponderExcluirVerdade, a gente precisa disfarçar para que eles não fiquem desconfiados.
Beijos
Acho que são da família do Currupião. Moram no lindo viveiro do Zoo de Sorocaba. Lá dentro tem uma goiabeira que agora está carregada. Tem laguinho, coqueiro, muitos e diferentes ninhos, sombra, sol, uma fonte onde eles tomam banho. A gente entra por uma porta, atravessa por uma passarela suspensa que fica a mais ou menos 1m e meio do chão. Já fui lá 3 vezes. Desta última vez, fiquei tanto tempo, que eles me aceitaram...rs.......
ResponderExcluirAqui em MT o chamamos de João Pinto.
ResponderExcluirNa minha terra esse pássaro se chama "SOFREU"
ResponderExcluirOlhem esse vídeo http://www.youtube.com/watch?v=ns1KiTDtFmM
abraços
Obrigada por nos trazer este vídeo! Gostei de ver este e os outros que cantam hinos como o de seu vídeo.
ResponderExcluirAbraços também!