é lembrança que vem como um ladrão
que enfia a mão no meu peito
na esperança de roubar de mim,
e os dedos rodopia,
num movimento vago
e toma para si, assim,
o que em mim florescia.
E pega, e tira e sai
levando o que me pertence,
um pedaço meu,
deixando no mesmo espaço,
uma coisa esquisita,
que não entendo, que me fita,
me encara, subjuga e vence.
E é neste momento que sinto
a falta do que nem pude saber,
a presença arrancada
da flor plantada com raízes,
nas entranhas do meu coração.
Quem tem barro nas mãos,
eu, você, nós?
Nostalgia, de quê?
Seria talvez da alegria,
que tomava conta de mim
e que tuas mãos me vinham trazer.
Foto e Poema: Vera Alvarenga
Eu gosto muito desta palavra, pq sempre me faz pensar no que gosto de ver, ouvir e reencontrar.
ResponderExcluirBeijos
é um sentimento delicado, não é Sissy? Lembra coisa boa que deixou saudade.
ResponderExcluirBeijos.
Vera... nostalgia... adoro, embora sempre precisamos escolher a nostalgia das coisas que foram boas...
ResponderExcluirVejo pessoas desfiando um rosário de tudo que lhe foi pesado na vida, numa nostalgia incansável de como são sofridas.... triste ver que se esqueceram de tudo o que foi bom!
Amei a poesia.
Beijo no coração
Valéria, há momentos nostálgicos doces que nos deixam assim...meio entregues,de corpo e coração moles pela delícia de lembrar. E há momentos em que a gente é escolhida..rs... e a lembrança vem com um toque de saudade,como um ladrão que nos rouba um pouco da paz.
ResponderExcluirMas sabe de uma coisa? Às vezes é bom, quando por sorte nos faz ir em busca do que sentimos falta. E, melhor ainda quando a vida trama os fios de modo a tudo parecer combinar. Então, é ou deve ser a glória!rs...
Beijo no coração também!