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domingo, 23 de setembro de 2012

Como a árvore, na Primavera...

Não somos só o que aparentamos...



Mesmo porque, a exemplo das árvores em frente
o meu terraço, somos semelhantes à natureza que
se transforma, tem ciclos, fases...








  Muitas vezes, oferecemos sombra, apoio,
alimento...
 como vi acontecer com estas árvores no verão e outono...










 De repente, chega o inverno, e tudo fica seco... aparentemente.
Nosso ninho fica à mostra, mas as emoções, não! E parece que, de nós, nada mais brotará...

 As duas árvores em frente o terraço de meu aptº
ficaram nuas, como muitas vezes me sinto. Em silêncio, mostravam o que eram, sem seus adornos,
não estando em fase de oferecer nada...

E assim somos nós em nosso esqueleto, em nossa estrutura essencial. Por vezes precisamos repousar.







Até que vi acontecer !
Bolotinhas começaram a brotar...
não eram frutos mas folhas enroladas, que aos poucos foram se abrindo como uma saia, numa dança ao vento.
E, sem pensar na razão e por quês, elas apenas voltaram a ser, e tudo verdejou novamente.

E os pássaros vieram e começaram a cantar alto e alegremente.



  E assim, nos vestimos de esperança pela vida... nós estávamos prontas para nova estação.
E colocamos nossos adornos ... novos brotos diferentes agora, anunciam o colorido das flores que, de novo ofereceremos...
Porque o que tem vida e é sã, precisa buscar a luz do sol e cumprir seu destino.

E viver, por sua missão de ser, é também um jeito de amar.

Esperemos para ver como estas árvores ficarão no
auge da Primavera.
Tomara que possam se encher de amor e cor...

Fotos e texto: Vera Alvarenga

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