Ah, quantas vezes estive junto comigo mesma, com minha paixão e minha vida, naquele ato de exorcismo que é o escrever ( como diz um amigo do Porto, em um de seus escritos). E nos olhamos, e nos afastamos para nos ver melhor, e nos reaproximamos finalmente com um tanto de cuidado e carinho uma pela outra, eu e minhas outras, e aprendendo a nos amar como mais facilmente foi amar ao próximo, e por fim juntamente com o tempo desta maturidade, vim finalmente a saber o que é realmente esta compassividade que eu sentia pelo mundo e também me abracei. Por incrível que pareça, neste abraço compreendi que conseguindo ter compaixão também por mim,tenho ainda mais compreensão para com o outro.
...E assim, não digo o que idealmente se esperaria - que saio do encontro comigo mais inteira ou mais sábia - mas afirmo-lhe que saio comigo nos braços ( com aquela parte mais frágil de mim) para entregá-la a outros braços em quem confio mais que todos, e saio com todas as que sou, todas caminhando junto comigo, lado a lado, e não deixarei jamais uma de nós, ou parte de mim novamente para trás. Ficamos juntas agora para o que der e vier!
Texto e foto: Vera Alvarenga
Inspirada no texto de Melga do Porto - http://imagensepalavrasfz.blogspot.com.br/2014/03/digo-sempreque-escrever-e-um-acto-de.html#comment-form
...E assim, não digo o que idealmente se esperaria - que saio do encontro comigo mais inteira ou mais sábia - mas afirmo-lhe que saio comigo nos braços ( com aquela parte mais frágil de mim) para entregá-la a outros braços em quem confio mais que todos, e saio com todas as que sou, todas caminhando junto comigo, lado a lado, e não deixarei jamais uma de nós, ou parte de mim novamente para trás. Ficamos juntas agora para o que der e vier!
Texto e foto: Vera Alvarenga
Inspirada no texto de Melga do Porto - http://imagensepalavrasfz.blogspot.com.br/2014/03/digo-sempreque-escrever-e-um-acto-de.html#comment-form