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domingo, 22 de novembro de 2015

Nunca mais?!


Nunca mais ver-te,
nunca mais a chance de conhecer-te?
Nunca mais... nunca mais
meu corpo como um veleiro
antes à deriva,
tremer de prazer e contentamento
com tua presença e a promessa,
como aquele que navega
em águas calmas, mas pressente
a chegada do vento fresco
e o movimento vivificador
das ondas do mar...

vera alvarenga

domingo, 20 de setembro de 2015

Primeiro amor... e contradições...


Não sei quando comecei a amar-te.
Não, não foi aquele amor imediato dos olhos que se encontram da primeira vez,
e vê-lo não me trazia, confesso, nenhum vislumbre de futuro grandioso.
Foi antes o teu passado que me motivou.
E não foram teus olhos azuis que imaginei um dia encontrar, porque não tinhas.
Também não tinhas, como minha mãe dizia, nem um gato pra puxar pelo rabo!
Até hoje nunca me detive nesta frase para ver como é engraçada e
cheia de contradições. E como, por causa delas eu me sentia desafiada  e
teimava querer consertar um mundo que mal conhecia.
Aquela frase parece engraçada agora, porque hoje tens um gato só porque eu o tenho
e ainda me tens, o que é consequência não tua escolha, mas não gostas dele!
Nem te deixas seduzir pelos seus olhos azuis ou pelo olhar que ele te oferece,
 e aqui outra contradição, mesmo assim és tu que o alimentas pelas manhãs
quando ainda estou acordando.
Eu, ao contrário dele, embora tenha olhos azuis, não tentei te seduzir  !
Em minha inocência não sabia como fazê-lo. Era tão inocente que, o que me fez te amar,
aos poucos, talvez tenha sido o prazer que descobria no meu corpo, e no teu,
porque queria retribuir-te e, mais do que isto, o que me fez te amar
talvez tenha sido meu desejo imenso de te compensar e te dar tudo
que, no teu tempo de inocência em criança, nunca pudeste ter.
Eu era inocente de corpo e alma. Meu olhar não se deteve em nada,
mesmo quando te conheci. Contudo, tu me disseste que meus olhos te abalaram e
que desde aquele instante sabias que me ia ter .Que já sabias até antes!
Eu, só sabia que um dia, o amor ia chegar e eu me entregaria.
Acho que somos todos inocentes.
Eu não sabia nada do mundo Nem o que me esperava,
Nem o que esperavas de mim. Te dei tudo, mesmo assim. 

sábado, 12 de novembro de 2011

Se não cuidarmos, o vento destrói os jardins...

Há 15 anos tenho morado em casas com quintais.
Os quintais são espaços que tenho encontrado vazios.. a gente transforma e cuida, planta e um dia, floresce, dá frutos. É  como relacionamentos importantes na vida.
Ah! dá trabalho, mas vale a pena!
A gente cria um vínculo de amor e bem-estar neste ambiente mágico.
Basta sair lá pra fora, entrar em contato, e a gente fica feliz. Adorei todo tempo que passei nos quintais...quando a gente ama ou gosta, é claro que a gente cuida...
E, sempre há os passarinhos...
Mas e aí? e quando uma mudança inevitável tem de acontecer?
Bem, há várias saídas, como pra tudo que a gente ama e tem que se afastar...
1. A gente pode levar as plantas junto...

2. Quando isto é impossível, a gente fica só com as lembranças boas. É frustrante, se a gente não puder reconstruir o que nos dava prazer e alegria em outro espaço, recomeçar de outra forma.

3. Pra não sentir falta a gente usa uma defesa...ou se desliga porque sabe que leva o amor pela criação e vai criar outro no lugar em que a gente vai ou...
   A gente transforma o jardim antes - o ambiente então volta a ser o vazio que a gente encontrou antes. Ou o próprio ambiente se deixa transformar, vencido pela ação do tempo que traz o vento sul.
Ao olhar para o que voltou a ser vazio e perdeu o sentido, a gente parte sem saudades, aceita o irremediável sem pena, porque não há mais nada ali do que a gente amava. Às vezes, se destrói antes de partir.
Passamos a pensar que esta perda faz parte da vida.
Podemos pensar que o que deixamos para trás não nos fará falta...
Mas há pessoas que sempre vão pensar que poderiam descobrir um modo criativo de preservar o que havia de bom, levando consigo o desejo de reconstruir
Texto e fotos;: Vera Alvarenga




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