Se eu pudesse,
tão egoísta quanto ouso me confessar,
te estenderia minha mão
e te arrancaria desta tristeza tua,
que não vejo, mas sei onde está,
como a minha, cravada no coração.
Triste, reconheço, também estou,
sem que possa suportar
o som grave do silêncio
que grita, e testemunha a agonia
do sonho de parir um novo tempo,
e de novo, de novo recomeçar .
E nem meu sonho, nem o amor, nada,
nada impede o grito que te engasga,
e que minha garganta fere...
nada posso que o faça calar!
Poema : Vera Alvarenga Poesia Carlos Drumond de Andrade
Vídeo do youtube
Vídeo do youtube