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quinta-feira, 30 de maio de 2013

De que sou feita, afinal?!


De que sou feita, afinal?!
Devo ser tão tola,
que acredito em palavras
...e por elas espero ?!
Minha pele, por vezes, arrepia
ainda por baixo da armadura
que tentei forjar
da matéria mais dura.
Meu pensamento ainda procura...
o que?!? embora eu o tenha protegido
com sonhos de embalar,
que sendo só meus, eu sabia,
não espero mais realizar,
e por isto mesmo me protegiam...
Ah!Os sonhos nos querem resgatar,
de uma história que já foi escrita!
Me escondo numa solidão
que não me assusta, que reconheço,
me deixa confortável,
é quarto morno em que posso
quando preciso, me aconchegar.
É ali que descanso em sentimentos
que de novo me tocaram,
quando um dia acordei e
ousei outro sonho, sonhar...
Conscientemente eu o nego!
Não me nutre, não satisfaz...
nem me consome mais!
Assim decido, determinada!
Por que a ele retorno,
se ora nele me entristeço
por notar seu efeito em mim?
Ora,porque nele me encontro em paz.
Se nele sou livre, ah! incoerência...
por que nele ainda me prendo?
De que sou feita, afinal?!
De que é feito um sonho,
que se quer tão distante,
que não vive, não morre,
e de tão simples,
nem se pode alcançar?
Talvez o sonho viva, enfim,
de seu poder sobre mim...
Pego então minha espada,
eu o quero matar.
......... Espera, não posso!
Claro que não!
Pois de muitos modos, o amo.
Eu o teci com o melhor que eu tinha,
e o melhor que dele senti.
Não morra! Não sofra!
...E eu? a mim bastaria saber
que vive e pulsa, que distante respira
e então, eu o podia transformar,
talvez um dia, na realidade que posso aceitar.

Poema: Vera Alvarenga Foto: Google imagens.



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Convite para um Herói..."

Herói! Escuta!
Não pedi para abandonares armas
enquanto ainda precisavas delas,
mas que abrisses mais espaço,
para eu poder entrar na tua vida
e desejei o teu mais terno olhar.
Lembras? Não sou eu, tua inimiga!
Sou tua companheira, tua metade,
que te lembra, dos outros, a bondade
que também vive em teu peito.
Sou mulher, não gosto da guerra,
meu corpo é feito para amar.
Este é o convite que tantas vezes faço...
Vem, homem! Põe asas no olhar!
Perde um momento comigo!
Me dá um abraço,
tira a carranca da cara,
inspira o perfume da noite e o meu,
relaxa! Aceita a flor que trago, pois
ela faz parte do que sou, meu amigo!
Deixa o espelho e as medalhas
com tua armadura, de lado,
por algum tempo a te esperar.
Eu, já esperei muito por ti.
Antes de partir,
também preciso do teu olhar!
Acaso viste hoje, esta lua?
Foi ela que me fez assim...
é dela também o ritmo
que em harmonia, pulsa em mim.
Não estás cansado de briga?
Teu peito já traz costurado,
um coração remendado, e agora,
mais esta cicatriz de tuas batalhas.
Não concordas que era chegada hora
de transformar tua motivação?
Decidir tudo, consertar o mundo,
apontar todos os erros, pra quê?
Valerá a pena assim combater?
Deixa estar livre teu coração
e a chama que nele ainda arde.
Vive, homem! e deixa viver!
Só o amor justifica a intenção.
Acorda para o bem da vida,
antes que seja tarde !

Poesia:Vera Alvarenga
Foto: pode ter direitos autorais.Retirada do Google imagens.

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