Só o amor nos resgata...
E se for aquele que nos apaixona
de novo pela vida, de um modo
que nos parece quase divino,
aquele que por tão inesperado
tanto assusta quanto comove,
seria covardia imaginar que nós
pudéssemos simplesmente esquecê-lo,
como se não tivesse acontecido,
como se não nos tivesse tocado
com o encanto de mágico cajado,
que de um distante conto de fadas,
vem nos trazer a eternidade,
nos salvar da morte, que espreita.
Ah! se a maturidade nos fizesse lembrar
quão prudente é mantê-lo adormecido!
Este amor que só se contenta com amar,
e forte, e doce, e suave, ora nos prende
em rendadas teias prateadas, ora
generoso nos liberta, faz o tempo parar.
Só ele nos traz de volta a inocência
e nos devolve a ingenuidade
de quando éramos plenos de fé!
Na minha idade, portanto,
desejar o amor é tão adequado,
necessário, natural, apropriado,
quanto é o sonhar ao sonhador,
o escrever ao escritor,
e a loucura, ao louco de amor!
Poema e foto: Vera Alvarenga
E se for aquele que nos apaixona
de novo pela vida, de um modo
que nos parece quase divino,
aquele que por tão inesperado
tanto assusta quanto comove,
seria covardia imaginar que nós
pudéssemos simplesmente esquecê-lo,
como se não tivesse acontecido,
como se não nos tivesse tocado
com o encanto de mágico cajado,
que de um distante conto de fadas,
vem nos trazer a eternidade,
nos salvar da morte, que espreita.
Ah! se a maturidade nos fizesse lembrar
quão prudente é mantê-lo adormecido!
Este amor que só se contenta com amar,
e forte, e doce, e suave, ora nos prende
em rendadas teias prateadas, ora
generoso nos liberta, faz o tempo parar.
Só ele nos traz de volta a inocência
e nos devolve a ingenuidade
de quando éramos plenos de fé!
Na minha idade, portanto,
desejar o amor é tão adequado,
necessário, natural, apropriado,
quanto é o sonhar ao sonhador,
o escrever ao escritor,
e a loucura, ao louco de amor!
Poema e foto: Vera Alvarenga