São, meus olhos,
as janelas de minha alma?
Ou serão, as janelas,
os olhos através dos quais
compreendo o mundo?
O que compreendo do mundo tem,
certamente, um tempo,
que é o meu tempo,
aquele instante em que olho e vejo,
através delas...
O que vejo do mundo,
está no meu espaço,
ou no infinito de possibilidades
... dentro do que é finito
porque me pertence...
porque é até onde posso chegar,
de um modo ou de outro.
...e o que me pertence,
ora está na sombra,
que traz em si as possibilidades...
...ora está brilhando ao sol
na luz do que já é,
e por isto, dança alegremente.
Texto e fotos: Vera Alvarenga.