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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Meus cabelos super cacheados....

A gente quase nunca tá contente com o cabelo...pelo menos aquelas como eu que já são senhoras e os cabelos são crespos, cheio de cachinhos que armam feito juba de leão, e de manhã, quando a gente acorda estão amassadíssimos.
Quem tem cabelos cacheados como os meus e já não é jovem, pois para os jovens tudo fica bem...rs..., sabe do que estou falando! Todas as manhãs, correr para o banheiro antes que qualquer pessoa nos veja...kkk... e evitar qualquer cafuné porque, dedos desmanchando nossos cachinhos não é nunca uma boa idéia, por mais que quiséssemos receber um carinho como este...rs...
então lavar a cabeça quase todos os dias, ou pelo menos molhá-los para passar creme e com os dedos arrumar os cachos...
 Então resolvi me arriscar mais uma vez e fazer um relaxamento de cachos...seria a última, porque das 2 outras vezes meu cabelo ficou tão liso, espetado e grudado na cabeça que parecia... o que mesmo? uma manga chupada...que horror!!
  Mas desta vez a moça acertou...deixou muito liso pro meu gosto porque pedi apenas para soltar um pouco os cachos, mas parece que eles voaram pra longe!! rs... porém... como ficou enrolado nas pontas, bem, eu gostei!
  Saio na rua, ele despenteia, mas depois volta pro lugar!!! Acordo e ele está lá, quase penteado, só ajeitar com a mão e está pronto! Prático, bem ao meu estilo, que nunca fui de ficar muito tempo no espelho. Brinco com meus familiares, balançando os cabelos.. é novidade pra mim!!..rs..
   Mas a foto mais legal mesmo, foi esta aqui em baixo... foi uma surpresa... eu estava tirando as fotos com o celular, no meu escritório quando, de repente, a luz do sol entre as árvores brilhou ali e...
Vejam só! que efeito legal de luz!
 
Tudo pra me lembrar de que Deus ( aquela imagem de Jesus me acompanha há anos!), está ali no meu escritório e em todo lugar...está no meu coração, e em todo lugar olhando por mim...


Foto Vera Alvarenga

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ao sol, na minha janela...


Quando no poente, a tua luz
vem aquecer minha janela, eu,
que sou fria, cimento e terra,
parede nua de uma casa antiga,
sinto a vida em mim, pulsante,
e na preguiça da tarde finda,
me entrego ao sonho e
sou tua amante....


Foto e poema:
Vera Alvarenga

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um adeus, a cada dia...

Havia noites em que fechava os olhos,
noutras, nem disto precisava e
penetrava, no escuro , à procura
daquele sinal, daquela luz
que vinha dele, que era ele
e a enchia de alegria e ternura.
Lá, onde antes se encontravam,
ia em busca de sua presença,
como quem na praia caminhava
por léguas e sem destino,
sentindo no corpo a temperatura
elevar-se e a água salgada
nos pés, sem poder dela beber.
Ia com sede portanto,
tentando conter o incontido desejo,
de ver o rosto que aprendeu a amar
num sonho que aprendeu a sonhar,
de por ele sentir-se abraçada,
ouvir sua voz dizendo a carícia
que tanto adorava ouvir
no jeito dele de a chamar,
como se dos lábios recebesse um beijo.
Ia. Ainda inocente, insistia e buscava,
como quem quisesse a cura
para o mal que levava à morte
mas que aprendera a aceitar,
por um bem que indiferente
sumia no horizonte, como o sol
que no fim do dia, invariavelmente,
se deita lá  no fundo do mar.
Às vezes, sentia vontade de gritar!
Gritar o grito dos dilacerados
pela saudades que rasgam os sonhos,
pelos desencantos que secam as árvores,
pela tristeza dos desencantados.
Em seu velho corpo de mulher,
morava uma jovem apaixonada
vestida com a alma de uma rainha,
que seguia tecendo o destino
e tentava aprender,
a difícil arte de envelhecer.
 

Foto e poema: Vera Alvarenga

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A senhora que passa pelas janelas...

Janelas...
Um dia, ela viu um homem
do outro lado de uma delas.
Ele lhe falou de si
de um jeito que não era o dele,
assim disse ele,
apenas um momento em que a dor
o fazia mostrar um lado íntimo da emoção,
uma face que ele acostumara a ocultar.
Ah... Janelas...
Em seu mais secreto mundo,
do lado de dentro de uma delas,
ela, que havia encarado a morte
e tinha sede de um sentimento profundo
que brotasse puro de um coração forte
mas gentil, bebeu daquela lágrima,
sentiu compaixão por ele e por si
que tanto estavam esquecidos do que podiam ser
e inocente pensou que, ali,
nascia delicado e verdadeiro amor.

Vieram os ventos,redemoinho, vendaval,
fecharam-se as janelas e mal se via nelas,
reflexo da luz que sempre nasce das sombras ,
e assim, aquela senhora que os viera visitar,
e numa das mãos sempre traz a morte
e na outra o doce lampejo da vida,
passou por entre as janelas
e voltou ao seu altar.
Porém, nenhuma tempestade assim tão grave
se faz sem propósito definido,
mesmo que de início, não compreendido,
o tempo lhes irá mostrar.
E agora, de cada lado de suas janelas,
na intimidade de seus espaços, e a sós,
ao perguntarem-se porque sofreram, sabem
agora, que morte e vida formam a mesma roda,
e a dor que dilacerou seus corações um dia vai passar.
Só um coração assim aberto pela dor,
compreende, aprende sobre o mais profundo amor,
que nasce da inocência e da compaixão.
E assim, cada um a seu modo e em seu lugar,
fará escolhas e estará pronto para, a si e outros, amar.

Foto e poema: Vera Alvarenga.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Janelas...olhos da alma...



São, meus olhos,
as janelas de minha alma?











Ou serão, as janelas,
os olhos através dos quais
compreendo o mundo?








O que compreendo do mundo tem,
certamente, um tempo,
que é o meu tempo,
aquele instante em que olho e vejo,
através delas...









O que vejo do mundo,
está no meu espaço,
ou no infinito de possibilidades
... dentro do que é finito
porque me pertence...
porque é até onde posso chegar,
de um modo ou de outro.





...e o que me pertence,
ora está na sombra,
que traz em si as possibilidades...









...ora está brilhando ao sol
na luz do que já é,
e por isto, dança alegremente.



Texto e fotos: Vera Alvarenga.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O espírito do pássaro dourado...

 A vida precisa de magia e da nossa própria permissão para sermos felizes, acalentando sonhos que fazem parte do deixar viver em nosso ser mais íntimo, nossos desejos instintivos, reflexo da busca de uma felicidade e equilíbrio que nos deixa em paz, leves e bem.
 Às vezes a gente esquece disto - do direito de juntar com carinho os nossos pequenos pedacinhos e de os montar de novo e de novo, quando necessário, como num mosaico lindo de nossa alma, que precisa renovar-se em nova paisagem criativa. Isto nos fará de novo brilhar com a luz do sol ou das estrelas, e nos sentir curados, porque não é possível ir para o deserto e lá viver eternamente,mais do que o tempo necessário para lembrarmos do que somos.
Eu finalmente compreendi...
...que por amor, interiorizei o espírito do pássaro dourado, o que vinha me visitar e que me despertou o desejo de sair à luz do sol. Não deste sol do mundo, mas o do ser. Ao fazer dele parte de mim, aconcheguei em meu peito uma ilusão, diriam alguns.    
   Mas está aí a magia do sonho e do amor! O amor que nele está porque nele coloquei, neste encontro na intimidade do meu ser, permite que sejam mostradas as nossas faces vestidas do sonho, sem pudor ou qualquer sentimento de inadequação, e assim podemos voltar a ser naturalmente, o que somos. Torna-se possível voltar a gostar de ser o que sou. Encontro os meus pedacinhos que julgava perdidos e construo-me lentamente de novo, com a certeza de que vivo ainda, em mim. Trago-o agora em meu coração e ele é meu. Às vezes, quase o perco novamente e temo não ser capaz do que era, mas então percebo como é importante que eu o encontre...o amor. Dele, que me traz através do meu sonho e na minha intimidade a lembrança de minha força instintiva, cuido com carinho, porque enquanto estiver dentro de mim, não me deixará esquecer o que sou e porque ainda estou aqui. E estou aqui ainda, para amar. Estando no meu íntimo, me empresta o sentimento de me saber inteira. E com ele, vivo em segredo o meu ser. E ele ainda vive comigo, a despeito de tudo, num lugar entre a lógica e meu instinto de sobrevivência.
Penso que nos sentimos perdidos quando não sabemos onde colocamos o amor que por vezes, ressurge  nas asas de um pássaro dourado como o próprio desejo de viver o que ainda podemos ser. E mesmo que, do outro lado a realidade não possa concretizar nosso sonho, vivê-lo em nossa intimidade pode fazer a diferença entre estar vivo novamente ou não.
Texto e fotos: Vera Alvarenga
a foto do pássaro é tirada de uma imagem da TV Cultura. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Por amor ....

  Ah! eu já pedi muitas coisas a Deus, pelos que amo muito, e outras tantas, porém mais raramente, pelos que nem conheço.
  Já pedi proteção à vida, saúde, amor, discernimento para escolherem o melhor caminho, fé, coragem... Quantas vezes pedi que Deus enviasse um anjo da guarda para caminhar lado a lado com meus filhos! Até dignidade eu pedi numa ocasião em que, não sabendo bem porque, meu coração se apertou e eu pensava em minha mãe e pedia a Deus que lhe desse uma morte digna quando chegasse a hora...

  Quando chegava o momento de pedir algo para mim mesma, me sentia pequena, envergonhada, sei lá se Deus vai ter tempo para minhas coisas,com tanta gente com problemas mais sérios que os meus! E então me lembrava das mães que sofrem vendo seus filhos morrerem e pedem em vão e me desanimava : -" Não sou melhor que estas mães, como Ele vai me atender? Estou sendo egoísta. Me viro sozinha."
 Contudo, há algum tempo atrás, me tornei mais consciente dos meus limites e criei coragem de pedir mais ajuda pessoal, percebi que não dava conta sózinha... e pedi que me iluminasse o caminho, me enviasse sinais e me perdoasse por todas as minhas necessidades, inclusive por minha incapacidade de compreender os sinais... Principalmente peço-lhe por algo que aprendi que é o mais fundamental de tudo - que eu possa encontrar com o amor que existe dentro de mim mesma. Quando a gente sente amor a gente confia e, por mais que estejamos conscientes de que o caminho está escuro, é perigoso ou desagradável, o amor em nós é como a luz que brilha e ilumina as folhas das árvores da mata. Olhando para as árvores, dali a pouco já nem as veremos mais como algo escuro e disforme, ou assustador, mas em suas folhas enxergaremos reflexos que brilharão como pequenas jóias e, através dos ramos veremos a luz que nos guia porque é onde queremos chegar. Ela pode ser um sonho, uma pessoa, um lugar, que naquele momento Deus nos envia para que, por nosso amor queiramos prosseguir e por este desejo encontremos nosso caminho. Sei que a luz que vejo não é Deus, mas talvez ele a use para despertar em mim novamente a fé em mim mesma, no outro, na vida, ou em favor da vida de alguém que me é muito caro. De qualquer modo, penso que é o sinal do amor em nós que nos faz seguir, que dá significado ao viver, e o desejo de amar que nos salva do escuro. E talvez eu não precise sofrer para  merecer a atenção de Deus como aprendi quando criança no colégio das freiras, afinal a vida traz momentos bons e ruins. Talvez eu possa apenas ser grata pela felicidade que sinto embora alguém do meu lado não o seja, mas sendo feliz sem culpa, sem tentar carregar o outro, posso dividir com ele, é esta minha crença mais íntima e minha esperança é a de que talvez, a luz que ilumina seja Deus agindo através do amor...
  E, sem nenhum acanhamento, peço a Deus pelos que amo, que lhes permita sentir sempre amor seja pela vida, por um ideal, pela profissão, por um filho/a, por alguém. Assim, poderão ver a luz em seu caminho, que de seu próprio coração reflete num ponto mais à frente... Assim  reencontramos com o melhor de nós mesmos - nossa capacidade de amar. Quando ela morre, morremos nós. Com ela encontraremos talvez tranquilidade para aceitar a vida como ela é, com ela marcaremos o reencontro e reviveremos um amor quase perdido, ou encontraremos talvez com um outro, lá na frente, que pelo tempo que for pode nos dar a mão e caminhar junto por estar na mesma sintonia. Por amor a um ou a muitos seres humanos, estaremos caminhando para a realização de nossa melhor humanidade. Por amor sofremos, por amor vemos a luz, e quando unidos por amor vivemos a verdadeira religião.

Texto e fotos: Vera Alvarenga

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nenhuma tempestade dura pra sempre!

   Nenhuma tempestade dura pra sempre!
Quando a chuva passar, a luz do sol vai entrar em nosso quarto e a gente vai poder ver de novo, uma imagem no espelho...porque a gente vai encontrar novamente o que nos inspirou para a vida...o que nos faz respirar fundo e nos enche de paz e tranquilidade ... e junto com a gratidão por tudo que há de bom ao nosso redor, a gente vai ter a certeza que fez o que tinha que fazer e amou tanto quanto podia amar!... até que venha outra chuva e a gente dê um tempo, e se recolha...até a chuva passar...

Esta música, a seguir é muito bonita, e ofereço a todos os que estão em dias de chuva....


Texto e foto: Vera Alvarenga
Música do Youtube, cantada por Ivete Sangalo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

- " Pirilampo, minha luz..."

 
Pirilampo, minha luz
eu queria te fazer, meiga e suave
e te ver do amor brotar, como uma semente.
Um azul, de mar no olhar
um riso inocente,
como um sol a despertar, displicentemente...
A coragem de um soldado, em tempos de guerra,
mansa e fértil,como a terra, em tempos de paz.
Sempre alegre como um lar,cheio de crianças
realista, mas capaz, de ter esperanças!

Pirilampo,minha luz,
eu queria poder te dar, asas de andorinha
pra te ver livre voar, mas nunca sozinha;
o cabelo solto ao vento, um cheiro de jasmim,
como um rio ,que corre lento ,te ver crescer assim.
Imprevista como a chuva, que corta o verão,
a firmeza de uma rocha
 e um grande coração....
Pirilampo, minha luz,
sempre em meus sonhos eu,
te sonhei assim....

Vera alvarenga        1982.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

- " Enquanto eu for um só...."


                                                              Sonhei, que mergulhei
num tempo que passou,
tão fundo, que até pensei
que ia me perder
nas sombras, do que fui.
E então, um desejo ardente
se fez em luz incandescente
e criou asas em mim
e eu pude libertar
o que eu fui procurar
meu verdadeiro eu :
 o que sou, renasci!

Só então, compreendi
que tudo é solidão
enquanto eu for um só;
que tudo é ilusão,
se não houver o Amor.

E o dia amanheceu
e o sol brilhou de novo, 
em mil flocos de luz
 e eu acordei feliz
já sei o que..não sou.

Vera Alvarenga                                                                                   

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