terça-feira, 15 de outubro de 2013

Em transformação....


 São bolhas de sabão...
- " Não, não é isto não!
    Olhe bem de perto"...
Duvido que eu não esteja certo!
-" Teu olhar não me vê,
   apenas desconfia"...
Do que se trata então?
- " De um segredo meu...
    trata-se de mim,
    que me protejo assim
    quando em transformação"...
E quando te transformas?
- " Sempre que algo me toca,
   e um pouco a cada dia"...
Texto e fotos: Vera Alvarenga

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Borboleta

  Com a brisa da Primavera
lá vem ela, colorida
e voa, voa, e me leva junto.
E eu me lembro...
- Já faz tempo? te pergunto.
Foi, parece, inda outro dia,
era azul e subia, e girava
e fazia piruetas pelo ar,
e eu, que era menina, corria
e ria, e a queria tocar...
- Corre, corre, lá vai ela!
Corro, corro, onde está?
Ah! esta aqui é amarela!
Foge, foge, borboleta,
meu amor é delicado,
mas seu destino é voar.
Voa, voa pelo prado,
pelo campo, beija as flores,
e com todo o seu encanto,
e com toda essa leveza,
vem meus olhos encantar.

Poesia e foto: Vera Alvarenga


terça-feira, 8 de outubro de 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Então, onde estás?

Trago-te dentro de mim
como quem faz um filho,
nas entranhas.
Tenho-te em meus lábios
como quem ora, em prece,
todas as manhãs.
E, em pensamento, te ouço,
te dou nomes, falo contigo,
como se fora um amigo.
Não és nada e
nunca foste mais
do que um sentimento.
E, no entanto,és tudo,
mesmo em teu silêncio mudo,
pois que és o amor,
aquele que mora em sonhos,
que traz, em si, a lembrança
daquilo que desejamos
que um dia fosse eterno.

Foto e poesia: Vera Alvarenga

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Juntando pedaços...

 Penso que te quero assim tão bem
porque foste tu que me tocaste
no centro daquele tornado
em que um dia me encontrei.
E ali fiquei eu, até que tua mão
e teu olhar, por fim, me resgataram.
Penso que te amo de um amor
que não se pode medir,
agradecido e contente,
e de um jeito contraditório,
triste e tresloucado,
até indecente, pois
desconectado da realidade.
Devolveste parte de mim,
quando deixei renascer
a sensibilidade de que sou feita
e que pensara esconder, e
embora tenhas dado pouco
e teu calor não me aqueça,
e bem o quisera esquecer,
ainda escolho te amar
de um jeito manso, de um jeito meu.
E eu te reinvento
pois, se não fora
por este doce sentimento
com o qual me engano
mas toca meu sensível ser,
não me reconheceria mais,
eu me teria desfeito,
não encontraria amor em mim
para juntar meus pedaços... morreria.

Foto retirada do Google images
poesia:Vera Alvarenga

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