São fotos do que me emociona, me surpreende, me encanta, atrai meu olhar e o prende... e meus olhos, como querem sair livres,em busca do belo,gravam o momento com o "clic", porque a memória, transbordaria de tanto encantamento !
Eu caminhava pela terra
naquele caminho salpicado de pedras
e logo ali, dura mas nem tanto
pois que tinha uma rachadura,
uma rocha me fez lembrar de ti.
Meus olhos curiosos descobriram
onde estava a semelhança.
Lá de dentro da fenda, brotando
da sombra daquele árido cinza,
brilhava uma gota d´água
pendurada no verde vida de uma
pequena planta com um botão...
Não era pois a tua imagem,o que vi,
mas o reflexo de um sentimento,
efeito de tua antiga presença.
Ali escondida, é como está agora
a lembrança viva que ainda tenho
de quando nos encontrávamos
para conversar....
Tu me fazias sonhar,
acelerar de novo meu coração,
e no meu caminho,brotar uma flor.
Me apaixonei, e não compreendo,
por algo que jamais terei,
mesmo assim me apaixonei.
Este sentimento, qual desejo ardente,
ingênuo, quase indecente,
entrou em mim de um jeito
ou estava lá, contrafeito,
a espera de poder voar?
Não sei....
Me apaixonei por tuas asas,
palavras, alma carente,
pensando que te levaria alegria
e de mim, tu mesmo resgatarias
a que estava tal qual semente,
potência, vida, promessa contida.
O perfume das flores no jardim
lembra-me - a vida passa a cada dia,
nem conheço teu cheiro,
nem tocou-me mais o teu gesto,
e me apaixonei mesmo assim.
Foste tu que o levaste pra longe?
Se soubesse que virias tão forte
e incontido, ó vento inesperado,
que como o tornado deixa à mostra
até as raízes em teu caminho,
eu teria fechado as janelas.
De fato, eu mesma me teria trancado!
Mas como resistir ao teu primeiro afago
que como brisa perfumava o ar?
Carinho inconscientemente tão desejado
que me fez novamente sonhar...
Para onde o levaste? Conta me !
Peço, sem lágrimas pra chorar,
apenas o triste vazio foi o que ficou
depois que tua mão o arrancou..de mim.
Preciso saber. É lá onde está
que se encontra também meu sorriso,
a alegria sincera, a tolice de crer.
Em alguns dias,
por algumas horas no começo da noite
é bem difícil seguir sozinha.
Ah sim, eu sei onde estão
as lembranças do passado,
sei onde está toda a vida e tudo o que é.
Só não sei para onde tu levaste meu coração.
Sonhar, depois de tanto tempo,
sonhar ainda?
É porque sonhamos o tempo todo
sem perceber que sonhávamos.
É porque já era hábito, costume
que nunca deixamos de ter,
mesmo sem o perceber.
É deixar ali, onde possamos ver
com os olhos do coração,
e quase tocar com as mãos,
porque bem próximo colocamos
tudo o que transborda da alma,
tudo o que nos tira a calma e
de tão grande não cabe em nós,
e de tão bom, nos consola.
Sonhar ainda? É ainda viver.
Amar?
Agora sei, é para aqueles que são fortes, tem o coração resistente e .... fé.
E acima de tudo e mesmo assim, são capazes de tocar o outro com delicadeza.
Vivo da agonia de ter um coração inchado, esfacelado, maltratado por ser descomunal para alguém pequena como eu. De tão disforme e grande, mal cabe no peito e me impede, às vezes de respirar.
Quando isto acontece me desatino. Crio verbos que não existem. Desejo coisas que não queria necessitar. Fico com um pé na lua, outro no mar...Um olho no sonho, outro no mundo. E ralho comigo mesma até ficar inteira onde possa me reencontrar. Corro o risco de cair num sono profundo.
Busca constante esta de equilíbrio, porque ele pende mais para um dos lados, embora o equilíbrio se pareça por vezes, a um lugar sobre o muro, onde a gente fica impassível, pra poder se centrar.
Penso que é meu destino e meta conseguir com ele conviver.
Quando ele me desnorteia, penso que sou criança ou alguém que não soube crescer. Mas ele está no corpo de quem cresceu, o que pode, e permaneceu lúcida apesar de tudo. Ou será que me engano? Não sei!
Coisas da emoção e do amor o fazem tremer e dispara, por vezes, sem que o possa controlar.
Por isto eu O coloco lá, em meu coração, a cada dia.
E quando o coração dispara peço que, por mais esta vez, me ensine a sobreviver.
poema e foto: vera alvarenga
Acho que nunca, mas nunca mesmo
vou compreender
as coisas de que fala o coração...
Como é possível ainda sentir no rosto
o mesmo sorriso que abranda a alma,
só porque os olhos pensaram ver de novo
aquela luzinha distante, que antes,
lhe era dirigida, e vinha cheia de carinho?
Então sim, ela existia, e partia
de um ponto para outro que a acolhia.
Havia a intensão de dois pontos
que no limite dos limites,
do tempo e no espaço, decidiam
por um motivo se encontrar,
e acreditavam que isto era bom.
Passa o tempo e a vida me mostra
que a intersecção da intensão,se perdeu...
até o dia em que lá longe brilha
novamente, e eu,
surpreendentemente
sem que em nada possa me apoiar,
sem nem saber se é a mesma luz,
sinto na face aquele mesmo sorriso meu!
Só porque no coração a lealdade,
esperança ou amizade
teima em crer, que aquela luzinha
foi para mim que veio brilhar....
Será? Como saber?
Suspeito que sempre haverá ali
de todo aquele forte sentimento,
do sonho daquele momento,
um sorriso guardado
de um amor delicado,
escondido, perdido,
que eu sentia por ti....
como a gota de orvalho brilha,
ainda que secando ao sol
sobre a pele da flor,
é assim, que se esconde em mim,
para sempre, o meu amor.
Trago-te dentro de mim
como quem faz um filho,
nas entranhas.
Tenho-te em meus lábios
como quem ora, em prece,
todas as manhãs.
E, em pensamento, te ouço,
te dou nomes, falo contigo,
como se fora um amigo.
Não és nada e
nunca foste mais
do que um sentimento.
E, no entanto,és tudo,
mesmo em teu silêncio mudo,
pois que és o amor,
aquele que mora em sonhos,
que traz, em si, a lembrança
daquilo que desejamos
que um dia fosse eterno.
Vejam só...em julho de um ano tão distante deste que
estamos, alguém escreveu algo que pode ser tão atual no sentir de algumas
pessoas, mesmo que fosse descrito de outra forma. E sabemos que cada pessoa
tem seu próprio jeito de sentir. Contudo, não importa onde quer que estejamos
ou em que capítulo do tempo, emoções humanas e sentimentos são coisas que
compartilhamos... (Vera)
O amor é uma companhia
Alberto Caeiro (10-07-1930)
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
e ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir
vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa
que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se não a vejo, imagino-a e sou forte
como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito
do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim
como um girassol com a cara dela no meio.
Como este pessoal era romântico naquele tempo, não é?
E nós, como somos?
Obs. retiradas do Wikipédia: " Alberto Caeiro da Silva foi um personagem ficcional (heterônimo) criada por Fernando Pessoa, sendo considerado oMestre Ingenuo.
Mestre dos outros heterónimos e do próprio Fernando Pessoa porque, ao contrário destes, consegue submeter o pensar ao sentir, o que lhe permite:
viver sem dor; envelhecer sem angústia e morrer sem desespero;
não procurar encontrar sentido para a vida e para as coisas que o rodeiam;
sentir sem pensar; ser um ser uno (não fragmentado);
Poeta do real objectivo, pois aceita a realidade e o mundo exterior como são com alegria ingênua e contemplação, recusando a subjetividade e a introspecção. O misticismo foi banido do seu universo.
Poeta da Natureza, porque integra-se nas leis do universo como se fosse um rio ou uma árvore, rendendo-se ao destino e à ordem natural das coisas.
Temporalidade estática, vive no presente, não quer saber do passado ou do futuro. Cada instante tem igual duração ao dos relâmpagos, ou à das flores, ou ao do sol e tudo o que vê é eterna novidade; É um tempo objectivo que coincide com a sucessão dos dias e das estações. A Natureza é a sua verdade absoluta.
Antimetafísico, pois deseja abolir a consciência dos seus próprios pensamentos (o vício de pensar), pois deste modo todos seriam alegres e contentes.
Crença que as coisas não têm significação: têm existência, a sua existência é o seu próprio significado".
Ahh!!! tá explicado! Compreendo este sujeito...rs...(Vera)
Texto e foto: Vera Alvarenga
Poema : Alberto Caeiro(1030)
Brindo a ti!
Ó tu que és a única que tenho!
Agarro-te com minhas mãos
eu, que só a ti conheço,
embora minha alma queira lembrar
algo que envolto em brumas está
e que não consigo me recordar...
Em que tempo foi que o toquei?
Em que tempo me tocaste?
Neste mundo, com certeza não.
Seria um descontentamento divino
que me assombra, sem que eu saiba?
Como foi que conheci o que
em meu peito ficou gravado
como o ferro marca o gado,
como o fogo molda o signo
que designa o designado?
Onde foi que então vivi
algo de que tenho saudade
e não sei como encontrar
e está em mim, e não fora,
e me deixava calma e serena,
e mais feliz que agora?
Pois é este, que faz de ti,
a promessa que vale a pena,
pois que em ti sómente eu vivo
mas é com ele, e só por ele,
que te faço, em mim, plena...
Plena de ti, aprendi a me superar,
por ti fui capaz de muito mais
do que sonhava imaginar.
Com tua presença a me preencher,
a me possuir, a me completar,
fui doce, forte e feroz,
fui senhora de mim
me entregando a ti,
fomos fortes, enquanto "nós".
Confesso minha fraqueza
e total dependência a
este sentimento maior,
que me ensinou a amar
de tantas outras maneiras.
Que me ensinou a querer
ser tantas vezes melhor.
Não tens apenas um nome,
rodopias em meu ser
em busca de um objeto
ao qual possa te entregar,
me deixas tonta de medo
se não posso te nomear.
Se não posso sentir-te,
perco o prumo e o rumo.
Ilusão, verdade ou algoz,
quero-te, ainda, dentro de mim.
E mesmo que o tempo passe,
que me faça envelhecer
pergunto-te, serei sempre assim?
Sem ti me sinto perdida,
de nada me vale a vida,
ah! sentimento...ah! o amor!
Foi assim, como uma gota que pingava,
inconstante e inesperada tortura
a qual eu nunca me acostumava...
e pingava, e pingava, imprevisivelmente,
justo no momento em que já não se esperava,
no instante em que acabava de me entregar
e relaxava,ouvindo o som calmo do farfalhar,
junto com a brisa suave que brincava nos galhos
da árvore sob a qual eu podia descansar...
Era lá, nos teus braços, que eu me queria segura.
E era assim que, de repente, acontecia,
e vinha não sei de onde uma corrente
de frio, de ventania, de coisa desabando,
da palavra fria, do gesto desencontrado,
como última gota que causa o líquido derramado,
que me surpreendia, me balançava, tirava meu chão.
Foi assim, como uma gota que antes pingava
e cai no que transborda e forma o rio e a enchente,
que cega, carrega tudo que é da gente,
e mistura na mesma lama o medo e a coragem
e expõe em desarranjo, as boas lembranças,
sonhos, esperanças, ao lado das fraquezas
de que somos feitos todos nós,
que me virei num instante, e o vi no retrato...
e minha mão o alcançou e de mim se apoderou
sentimento inesperado, o avesso de um carinho,
intenso, desnorteado. E eu te joguei longe!
Em mil pedaços, te estilhacei...
Minhas pernas tremeram, me ajoelhei,
não te reconhecia mais,neste momento, não!
Chorei. Lentamente, porque me faltava energia,
arrastando-me, catei teus cacos e os meus
pedaços de vidro que refletiam o que somos nós.
Não havia nenhum pedaço perfeito,
mas nenhum deles era só imperfeição.
Juntei cacos e lembranças, refiz a imagem
a partir do sentimento que jamais se quebraria,
porque, perfeito, está moldado em meu coração.
sentimento que era meu e a ti dediquei com todos os
riscos...
Já não desejo mais, que do alto dos teus vôos
me estendas a tua mão pra me levar contigo.
Já não penso no milagre que teria sido o novo, recomeçar.
Milagre maior teria sido e é, o próprio viver!
Tenho apenas minha história e nela o lugar para tua
presença.
Me acostumei tanto com a solidão, que um dia me calei
e adormeci, e o tempo passou muito depressa.
Nem sei quando começou, o estar só, e quando achei natural.
Criei um mundo dentro de mim, efervescente de vida, e vivi.
De repente, estar suspensa no ar, porém longe de um coração
encantado tanto quanto estava o meu, não seria mais opção.
O ar já me faltava! As penas das asas, molhadas, que pena,
pesavam demais, levaram-me à terra e a ela, devolvi a
semente.
Se houver outras em mim, brotarão da alma fértil, um dia
quem sabe, pois alma não envelhece. Ou a natureza
instintiva,
buscará alegria nos amores que se façam em outro nível da espiral.
O coração? que dele transborde apenas o sentimento de
gratidão.
E a tenho também por ti. Que se aquietem outras paixões.
Só eu sei do silêncio que ouço, da jovem alma que seguia sózinha
por tempo demais antes de reencontrar o amado naquelas noites.
Ele, que a amava sempre e só de um mesmo gesto.
Mas o tempo de solidão foi maior que o tempo dos encontros!
Para ela, escutar a própria voz, se fazer ouvir e ver, tornou-se sede.
Desejo escondido, mal contido, que tu fizeste vir à superfície como
sonho possível, tempos depois, quando os ventos da primavera
te trouxeram. Mas, o silêncio desde sempre existiu entre os dois.
O silêncio que antes, era quebrado apenas no momento do amor.
O amor que estava lá, não declarado, compartilhado como se
fora
destino irremediável, mas forte, porém sem a alegria do que flui leve.
E ela se tornou a amante dele e esqueceu de que era também mulher.
Sei que preciso ouvir o lamento daquela que foi aquela jovem.
É necessário ouvir o pranto da alma, se a quiser resgatar.
Não sonho como antes. O que se torna real, amanhã me bastará outra vez.
Não posso mais sonhar ser diferente do que sou agora,
a menos que decida, eu mesma, pegar estrelas no meu céu.
Não se pode conduzir uma árvore velha, como a um bonsai.
Me deito na cama que fiz macia para mim, onde tranqüila me
aquieto,
e nos anos que me banham de prata os cabelos, vejo refletido
o amor
não só da amante, mas de filha, irmã, mãe, mulher apaixonada, amiga...
Como em transe, procuro na natureza os sinais para
compreender
o momento crucial em que me encontro, ponto exato entre estar em paz
ou encontrar-se presa na insensibilidade dos
que perderam a alma.
Enquanto não me alegra o levantar da cama onde acordo mas não canto,
do leito onde descanso sem sonhar, sinto uma paz que ainda não reconheço.
Não sei por quais caminhos ela me levará, dou tempo ao tempo que avança.
Aos poucos, contudo, me fortaleço. Ainda vejo estrelas que iluminam o mundo.
À noite novamente abraço, e do fundo da alma agradeço tudo o
que tenho.
Me convenço, me entrego ao ciclo que virá, tão certo como vêm as estações,
e sou eu que devo mergulhar na paz que cabe a mim, e assim, me aconchego,
embora às vezes, ainda procure minha alma perdida,
e ainda que lembre
o que não esqueço.
Texto em poema: Vera Alvarenga
músicas do youtube cantadas por Elis e Fábio Jr.
Existem músicas que falam mais que mil imagens... palavras que a gente já quis dizer,ou disse...
Existem músicas que cantam coisas que a gente...quem diria...não pode mesmo nem justificar...
nem com todos os unguentos e magias a gente pode curar...
Às vezes, doces memórias são o que restam para lembrar... e há palavras que a gente nunca queria ter de dizer, pois nos levam a saber que é hora de nos despedir de um sonho que não encontra esperança ou meios de se concretizar... E o possível se transforma em mais uma realidade impossível de trazer os momentos felizes que se queriam colher... e o mundo vai se conformando em fazer-se apenas dentro do limite do real, e perde sua magia...os que não são íntimos do mundo mágico paralelo ao considerado real, conformam-se e seguem para sempre, em paz...
Tem um sentimento
que habita em meu coração...
e nele fez seu ninho.
É belo, como uma jóia
de cores incríveis e incrível valor...
tem vida e me faz sonhar.
Se fica muito tempo em solidão
se não se vê refletido no amor,
se agita, bate asas,
e num instante desaparece...
A ansiedade dá lugar ao silêncio,
a saudade emudece,
entristeço sem compreender
os segredos que a vida tece...
Então meus olhos
buscam no mundo ou nos sonhos
onde poderia ele, se esconder...
Numa noite fria de inverno
aconchegada em meu cobertor,
tua voz me chegou de surpresa,
arrancou-me da incerteza e
do medo de não mais encontrar
em meu coração,a força de amar.
E com clareza "sensata e audaz",
me contaste de teu sentimento
que era doce, e provou ser capaz
de encantar-me neste momento...
Tal como mágica flauta
me fez ouvir o que não existia?
Assim, o que era em mim
imprópria dor que calava no peito,
que me trazia medo e pavor,
e tola me surpreendia, sem jeito,
com esta música, abriu-se em flor,
que em breve, virias colher?
- "Tu és insubstituível para mim".
Isto disseste, não posso esquecer!
Adormeci sorrindo,coração terno,
corpo e alma esquecidos do inverno,
a sonhar o que só então, desejei...
Seria verdade, ou será que sonhei?
Não sei! O fato indiscutível enfim,
é que a música mágica e doce
das notas que eu ouvi tocar,
aqueceu-me o corpo e a alma,
e eu pude com brandura e calma
atravessar as geleiras daquele inverno,
sem medo de congelar ...
Neste exato momento
pensei em ti, e senti
teu beijo em meu rosto,
ouvi tua voz chamar baixinho.
Quis adivinhar teu cheiro...
Me deixei levar pelo abraço,
e com o rosto em teu peito
ouvi o ritmo de teu coração.
Aconcheguei-me em teus braços,
que como um laço
me aproximavam de ti.
Beijei tua mãos,
que me afagaram e
confessaram teu sentimento :
Não querias me perder...
mas não sabias como fazer
para deixar nosso amor, apenas existir.
Poesia e foto: Vera Alvarenga