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domingo, 30 de outubro de 2016

Como aquele rio ...

Queria ter te aqui comigo,
mais que companheiro, amigo,
no domingo ou noutro dia qualquer
deitar minha cabeça em teu ombro ou
aconchegar ao teu, meu corpo de mulher
e num caminhar preguiçoso
pelas manhãs de novos dias,
pelas ruas seguirmos juntos,
de mãos dadas, não pelo hábito
que frio, a tantos acomoda,
mas pelo encanto de tocar a pele amada
que nos conforta quando sentimos,confiantes,
que finalmente, não estamos mais sós.
Construiríamos com o tempo e sem pressa
mas intensamente, cada tempo que nos resta,
pois que sabemos as contradições do mundo,
e as possíveis amarguras.
Tu me escolherias
para sorrir contigo todos os nossos sorrisos
e viver tudo aquilo que ainda nos importa...
E o nosso mundo fluiria em paz
como aquele rio que um dia conheci,
que raso e gentil corre entre as pedras
e canta com alegria quando nossos pés
brincam na areia branca e grossa de seu leito.
Ah! deixa-me sentir teu cheiro
e descansar minha cabeça em teu peito.

poema e escultura:veraalvarenga

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Quando me lembro...


Quando dou por mim e me lembro
juro que será a derradeira vez e,
por ser assim te beijo
um beijo longo e de tão longo beijo,
me vejo a sorrir, porque beijar-te
me faz feliz. E esta felicidade é
como um pássaro cujo voo, nem sei
onde pode levar.
Quando me lembro do que um dia quis,
sonho que te abraço num grande e
mais que tudo, num caloroso abraço,
onde me escondo e recomeço,
e que me faz esquecer que o tempo passou
e que envelheço, para nunca mais.....
Não posso nem repetir teu nome
pois que pensarias que estou chamando
e eu, nunca quis chamar-te, mas te encontrar!
Queria teus olhos em mim.
Quando me lembro...juro que será
desta vez, a última, e me despeço, e
penso que não ouvirei mais o bater
de tuas asas na minha janela.
E o sol, com seus raios dourados
como era tua cor, se põe, longe,
lá no horizonte distante de mim.
Quando dou por mim e me lembro...
e te sinto tão perto, de novo...
Ah! logo me esqueço!
É toda vez assim...

domingo, 23 de novembro de 2014

Como um imã




 Há um lugar no mundo,
dentre tantos e tão distante,
que atrai minha atenção
como um imã atrai a limalha,
não imagino o motivo
nem fui eu quem o escolheu
para deter meu olhar perdido,
foi talvez minha alma
pra fingir que é de lá
que me vem o seu......





foto e poesia: Vera Alvarenga

sábado, 21 de junho de 2014

Como saber das coisas do coração?

 Acho que nunca, mas nunca mesmo
vou compreender
as coisas de que fala o coração...
Como é possível ainda sentir no rosto
o mesmo sorriso que abranda a alma,
só porque os olhos pensaram ver de novo
aquela luzinha distante, que antes,
lhe era dirigida, e vinha cheia de carinho?
Então sim, ela existia, e partia
de um ponto para outro que a acolhia.
Havia a intensão de dois pontos
que no limite dos limites,
do tempo e no espaço, decidiam
por um motivo se encontrar,
e acreditavam que isto era bom.
Passa o tempo e a vida me mostra
que a intersecção da intensão,se perdeu...
até o dia em que lá longe brilha
novamente, e eu,
surpreendentemente
sem que em nada possa me apoiar,
sem nem saber se é a mesma luz,
sinto na face aquele mesmo sorriso meu!
Só porque no coração a lealdade,
esperança ou amizade
teima em crer, que aquela luzinha
foi para mim que veio brilhar....
Será? Como saber?

Foto e poema:Vera Alvarenga

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Tudo é passageiro...

Tantas coisas bonitas para se ver neste mundo!
Entretanto...tudo é passageiro,
ainda que alguns sentimentos possam viver
eternamente
enquanto pudermos ser...
Foto e poesia: Vera Alvarenga

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Voam livres as borboletas, quando bate a saudade...

E eu que pensei, confesso,
que ele podia ser você, ou vice versa!
Um empréstimo, talvez, um disfarce...
Melhor nem ter pensado!
Porque então, o que teria sido eu, ao teu olhar
além de hilária ou ridícula figura?
A bem da verdade, o pensamento me ocorreu
ainda outro dia e apenas porque já não o via,
e há tanto tempo que minha mente
pregou-me esta peça ou armadilha, quem sabe.
E me deparei com algumas semelhanças
no que você e ele tinham em comum,
alguns gostos, surpreendentemente  os mesmos livros,
e lembrei daquele endereço, que um dia foi igual.
Contudo, mesmo assim, apaguei de mim
tal desconfiança, e como a criança
que escreve, na parede, asneiras em carvão
e depressa  se arrepende,
apaguei a desconfiança do coração!
- Será que você, de fato, existe?
Duras palavras...se joguei-as ao vento,
corri e as catei antes que se perdessem
como borboletas que voam ao léu
sem pressentir o perigo, sem ponderar o castigo
que tal liberdade pode acarretar.
E neste mesmo e exato momento, o nome dele
apagou-se da lista dos que me podiam contar,
através de uma mensagem,  um recado seu.
Deixou-me perplexa e triste a coincidência...
Ah! Melhor seria não ter pensado...
- Bobagem, disse de mim para mim mesma,
são delírios de saudade...
borboletas que vão e vem,
deixa apenas o tempo passar....

Foto retirada do google imagens 
- Poesia: Vera Alvarenga

sexta-feira, 15 de março de 2013

Vem, larga tudo por alguns momentos...

 - " Quando alguns pesos começam a se soltar de nossos ombros e a gente vê que está tudo bem, dá um
    alívio...então bate uma preguiçaaaa..... ufa!".....

Vem, larga tudo, vem curtir por alguns momentos, esta preguiça merecida aqui comigo!

Foto: Vera Alvarenga

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Quando vieres novamente...


Se soubesses do carinho
que me envolve quando lembro
do que sentia quando
nos encontrávamos...
Ah! mas hoje vi teu olhar
postado na minha janela!
Vieste roubar-me o sorriso
que guardo sempre pra ti?
Tua presença me faz bela.
E para o jardim, eu corri
a ver se te encontrava.
- Espera! ordenei para mim,
- Volta! certamente ele já foi,
só queria o que lhe faltava.
A mim, deixou-me o olhar,
aquele que eu adorava.
Só faltou-me a palavra
com a qual antes me chamavas.
Quando voltares novamente,
traz qualquer palavra tua,
qualquer uma e fico contente.
É tudo tão simples para mim,
que talvez não compreendas.
Porque hoje sei, somos assim,
sem expectativas nem promessas,
sem horizontes à frente,
não há futuro, só o presente
das palavras escritas no papel.
Somos o quase nada delicado
como brisa a tocar nossa pele,
ou a borboleta a beijar o rosto
que por um gesto mais ousado,
se assusta e se vai, de repente...
Proponho sermos apenas canção,
então, como a do pássaro dourado,
que nos eleve a alma e encante,
apenas isto, e será o bastante.
  - Poema e foto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 1 de março de 2012

Amizade que resiste ...

 Então, não seria eu,
voz e forma corretas,
embora de mim partisse
o gesto como resposta
aos gestos que foram teus.
Não era nosso, o momento.
E assim aconteceu
que não ouvimos poetas,
não falamos de amores
antes que o sol surgisse,
nem fizemos de sonhos,
alguma vida a renascer.
Cara a cara nos encontramos,
nos tocamos apenas enquanto,
um corte no espaço do tempo,
abria uma ferida em nós,
roubando-nos, da vida, o encanto.
Quem sabe, ainda nos encontremos
um dia, em algum outro ponto
do caminho onde andarmos,
e nosso olhar, meio tonto,
de ternura e doce surpresa,
talvez nos faça lembrar e saber,
que o que restou, a amizade,
é mais do que sonhamos,
vale mais do que os amores,
não definha nela, o bem querer.

sábado, 3 de setembro de 2011

Aconchego e carinho...



Se você quiser
apoio e aconchego,
um pouco de carinho,
se somos amigos,
eu posso lhe dar...
Não estamos sózinhos!





 



Mesmo estando longe,
do outro lado do mundo,
lhe envio um abraço
que parece um laço e
aquece por um segundo,
mas é fácil desatar...





 

  Por isto, não se acanhe,
  um dia precisarei também,
  e quando a gente quer bem
  quer ficar perto,saber novidades...
  sente saudades, um precisa do outro...
  Assim entendo uma grande amizade.

Texto e fotos: Vera Alvarenga

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amigos...




Se você tem guardada
uma lágrima dentro do peito
quando quiser, vem me falar,





             


escutarei, conversaremos,
choraremos juntos, se precisar...











e as lágrimas irão para o leito
daquele rio que corre para o mar....






Poema e fotos: Vera Alvarenga

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Minha adorável companheira!

 Cora nos acompanhou durante muitos anos (14) de nossa vida. Foi uma companheira e tanto!

 Fiz uma poesia em homenagem a ela , que fala do amor que estes nossos cãezinhos tem por nós.
 Estive procurando uma foto em que Cora era tão pequenina e brincava na orelha da nossa pastora alemã Ully. Não encontrei.
 
Aqui estão algumas fotos dela conosco, com meu neto Pedro e sua filha Luana, e com os seus 7 filhotes lindos!!


                                                                                
Esta, ao lado, é a foto do último dia de sua vida.
Ela adorava comer cenoura, mas não gostava da casca ( espertinha!).

" Cora, adorável Companheira"
Foram quatorze anos...
tua vida inteira,
de amor e cumplicidade,
sem enganos,
só alegrias, felicidade.
Não posso jamais esquecer
sua amizade,proteção,
carinhos a oferecer,
brotados do coração.
De todos eu poderia esconder
emoção de tristeza, desalento,
não de teu olhar atento!
Fomos companheiras
e em tantos momentos
caminhamos juntas,
amigas verdadeiras!
Guardo em minha lembrança
tantas vezes que senti
de ti, a presença,
do toque macio em teu pêlo,
dos olhinhos postos em mim,
cheios de amor e zêlo!
Nem parecias um cão,
mas anjo a conviver comigo!
Minha dourada amiguinha,
guardo-te em meu coração. "


Ela morou conosco em São Paulo, na cobertura próximo à Av. Morumbi.
Depois mudou-se conosco para Florianópolis na casa que alugamos. Ficava ao meu lado enquanto eu trabalhava na cerâmica. Adorava pular as ondas!
E finalmente mudou-se para a casa que compramos
no gostoso Condomínio "Atlântico Sul", na praia dos
Ingleses,quando vendemos o aptº em S.Paulo.
   Era uma cocker dourada linda, inteligente e obediente.
Exímia caçadora. Dava o alarme quando aparecia algum animal em casa e queria caça-los: gambás, lagartos, e até por duas vezes um camundongo.
Companheira e dócil, apesar de independente! Uma
cachorrinha muito especial, que meu filho dizia que parecia gente, pois compreendia quando estávamos felizes, quando fiquei triste pela doença de minha mãe e quando falávamos com ela, baixinho e ela nos olhava piscando os olhinhos para mostrar que compreendia! (rs......). Foi ótimo ter sua companhia por tanto tempo!

Texto,poesia e fotos: Vera Alvarenga

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Insubstituível amigo..."

Realmente, agora acredito!
És de fato, sem erro, confesso,
meu insubstituível amigo...
pois mesmo te esquecendo,
em todo lugar que vou,
em todo canto que me escondo,
num momento ou outro
ainda te sinto ao meu lado...
porque pra onde eu vou,
sem perceber, te levo comigo!

Foto e poema: Vera Alvarenga

terça-feira, 21 de setembro de 2010

" Primavera, tempo de amor no ar"...

Primavera
de mil cores, flores
e perfume no ar;
de tantos passarinhos
que voam no céu
buscando ramos ao léu
para construir seus ninhos.
Doce estação,
que alegra o coração
depois de findo o inverno.
Traz o sol, como um carinho
que aquece de mansinho,
antes que venha o verão
e sua luz chegue a ofuscar                                            
Tudo é canção                                                                
harmonia e paz
no tempo de desabrochar
flores e alegres pensamentos.
Estou, como os passarinhos,
alma e sentimentos
com asas, pronta para amar.

Um beijo carinhoso aos amigos e
o desejo de que seus corações se alegrem com
a Primavera.

Texto e fotos : Vera Alvarenga

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma casa, com flores, amores e amigos...

...Eu quero uma casa no Campo..
onde eu possa plantar meus amigos,
meus amores,
muitas orquídeas e flores,
meus discos e livros..e nada mais..........

É linda a natureza!
Com seus detalhes e cores,
desenha a vida
reflete amores
e me emociona
com tal beleza!
Com estas flores,
desejo a todos os amigos do coração,
uma boa semana !

Uma casa no campo ou na praia, cheia de flores e amor no coração, não vale muito, se não puder receber amigos!
Por eles, e para ficar próximo de quem a gente ama,
podemos deixar o paraíso para trás, pois o amor nos faz tanta falta, quanto a visão do belo!

Texto e Poema: Vera Alvarenga
           com trechos de música Casa no Campo.
Fotos: Vera Alvarenga

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