sábado, 28 de abril de 2012

Voar, voar...






Não faz sentido sentir-me limitada
pelo pouco que sou...












Se minha natureza limita-me, diante de alguns, também é ela que me dá a medida de minha aventura... e as asas da liberdade.









Se não consigo ser como todos e incluir-me igualmente em tantos bandos....








E se os sinais e chamados me sensibilizam de
outras formas...

E se o vento canta uma canção em meus ouvidos
e me convida a imaginar o que seria se pudéssemos voar mais alto...



Ah! Seria melhor acomodar-me e ficar quieta em meu canto e a felicidade seria não fazer-me perguntas e não sonhar mais. No entanto, meu pensamento me leva primeiro, e logo o vento, em seguida vou inteira.
  Por algum tempo pressinto que tenho companhia e, quando me sinto só, me lembro de minha natureza 
e minhas asas se alongam
    e me fazem leve como o vento...

Então, por alguns momentos eternos eu o vejo, como se lembrasse de um sonho que era real, 
em uma outra vida, em um outro mundo,
então quebro as correntes, transponho limites 
e sinto tudo o que posso sentir e vivo conforme minha natureza
e a natureza de meu sonho.

Um dia, talvez, ouça o bater de outras asas a voar por instantes comigo, 
com a mesma ingenuidade que faz da fé, a mãe das possibilidades,
mas mesmo em meu voo solo
meu céu é meu único limite. 


Fotos e texto: Vera Alvarenga.
Música: Sonho de Ícaro- Biafra


                                                                                                                   


6 comentários:

  1. Dentre todos os textos que tive o prazer de ler este, quem sabe porque estamos ali numa mesma áurea, é de uma plenitude espetacular.

    beijos, Maria Marçal - Porto Alegre - RS

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    1. Sim é verdade, Maria, que sentimos plenitude em alguns voos, quando parece que quase podemos tocar estrelas com nossa fé e ingenuidade de alma.
      Vera

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  2. Verinha

    Lindas suas fotos e seu texto!...Se pudéssemos ser como as gaivotas e voar,voar livremente...sem rumo...e voltar sempre alegremente!...

    beijos
    joana mendes

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    1. Podemos Joana, podemos. Quando sonhamos, meditamos, oramos ou simplesmente observamos algo belo na natureza inteiramente presentes neste ato. É algo que nos recarrega de energia.
      Beijos e bom domingo!
      Vera Alvarenga

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  3. Nossa Vera que maravilha... estou voando e sonhando com a poesia e as fotos.... e a música? Divina... e a escolha perfeita!
    Amo sua poesias.
    Beijo no coração

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    1. Adoro esta música, Valéria!
      Que bom que inspirei um voo seu. Precisamos dos momentos de paz que estes voos com as asas de nossa alma gentil e ingênua pode nos dar. Beijos.
      Vera.

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