Não faz sentido sentir-me limitada
pelo pouco que sou...
Se minha natureza limita-me, diante de alguns, também é ela que me dá a medida de minha aventura... e as asas da liberdade.
Se não consigo ser como todos e incluir-me igualmente em tantos bandos....
E se os sinais e chamados me sensibilizam de
outras formas...
E se o vento canta uma canção em meus ouvidos
e me convida a imaginar o que seria se pudéssemos voar mais alto...
Ah! Seria melhor acomodar-me e ficar quieta em meu canto e a felicidade seria não fazer-me perguntas e não sonhar mais. No entanto, meu pensamento me leva primeiro, e logo o vento, em seguida vou inteira.
Por algum tempo pressinto que tenho companhia e, quando me sinto só, me lembro de minha natureza
e minhas asas se alongam
e me fazem leve como o vento...
Então, por alguns momentos eternos eu o vejo, como se lembrasse de um sonho que era real,
em uma outra vida, em um outro mundo,
então quebro as correntes, transponho limites
e sinto tudo o que posso sentir e vivo conforme minha natureza
e a natureza de meu sonho.
Um dia, talvez, ouça o bater de outras asas a voar por instantes comigo,
com a mesma ingenuidade que faz da fé, a mãe das possibilidades,
mas mesmo em meu voo solo
meu céu é meu único limite.
Fotos e texto: Vera Alvarenga.
Música: Sonho de Ícaro- Biafra
Dentre todos os textos que tive o prazer de ler este, quem sabe porque estamos ali numa mesma áurea, é de uma plenitude espetacular.
ResponderExcluirbeijos, Maria Marçal - Porto Alegre - RS
Sim é verdade, Maria, que sentimos plenitude em alguns voos, quando parece que quase podemos tocar estrelas com nossa fé e ingenuidade de alma.
ExcluirVera
Verinha
ResponderExcluirLindas suas fotos e seu texto!...Se pudéssemos ser como as gaivotas e voar,voar livremente...sem rumo...e voltar sempre alegremente!...
beijos
joana mendes
Podemos Joana, podemos. Quando sonhamos, meditamos, oramos ou simplesmente observamos algo belo na natureza inteiramente presentes neste ato. É algo que nos recarrega de energia.
ExcluirBeijos e bom domingo!
Vera Alvarenga
Nossa Vera que maravilha... estou voando e sonhando com a poesia e as fotos.... e a música? Divina... e a escolha perfeita!
ResponderExcluirAmo sua poesias.
Beijo no coração
Adoro esta música, Valéria!
ExcluirQue bom que inspirei um voo seu. Precisamos dos momentos de paz que estes voos com as asas de nossa alma gentil e ingênua pode nos dar. Beijos.
Vera.