São fotos do que me emociona, me surpreende, me encanta, atrai meu olhar e o prende... e meus olhos, como querem sair livres,em busca do belo,gravam o momento com o "clic", porque a memória, transbordaria de tanto encantamento !
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Pequenas escolhas.
Estava me lembrando de 2011 e de que nem tudo podemos escolher.
Não escolhemos, por exemplo, sentir saudades, muitas vezes não escolhemos por quem nos apaixonar, não escolhemos saber que pessoas de quem a gente gosta tem de enfrentar momentos difíceis que lhe causam sofrimento e não escolhemos sofrer, evidentemente.
Ah! se tudo pudéssemos escolher de melhor...
Mas das coisas que posso escolher, e que
me lembram um cantinho de meus antigos quintais,
está o Gerânio.
Sim, escolhi tê-los, de novo, em um vaso.
E agora estarão no meu terraço. Não preciso mais de um quintal, porque o edifício onde moro já está num belo jardim. Sempre me cerco de natureza. Esta é outra escolha que pude fazer quase sempre e até hoje. Poder fazer esta escolha também é uma sorte, ou benção como prefiro dizer, pela qual sou grata!
Estou pensando em voltar a ter uma jaboticabeira. Eu gostava muito das duas que tinha em vasos e me ofereciam frutas deliciosas.
Tomara que se acostumem com a nova casa e fiquem tão bonitos como aqueles que já tive. Com certeza ficarão bem, só vão precisar, como eu, como todos nós, que o tempo proporcione ambiente adequado e de cuidado amoroso, para retribuírem com sua mais bela florada e seus melhores frutos....
Sempre que puder vou escolher alguma flor, algum fruto e amor para ter no meu quintal, seja ele como e onde for.
Fotos e texto: Vera Alvarenga
sábado, 10 de agosto de 2013
Meu poema...
Minha alma, às vezes, me inunda de saudades.
Não eu! porque sei que não posso tê-la,
esta que só se tem,
quando falta nos faz
o que um dia tivemos...
Ah! minha alma me anima, me encanta,
sonha, faz rima, pensa nele e o deseja.
Não eu! que agora sei que não devo...
mas, minha alma sim, sofre de amor,
e por isto, me faz sofrer também...
Sem alma nada sou,
como então posso dividir-me assim?
Agora sei que ele é minha poesia,
o amor que nasce da alma que nada vê,
apenas vislumbra, sente e ama.
Minha alma fantasia!
e então quer me levar
a morar num livro encantado,
onde eu e meu amado
jamais sentiríamos a idade avançar...
porque escolheríamos a cegueira do amor
como a da alma quando se põe a sonhar.
Ah! a paixão, por vezes vem nos mostrar
de novo,o quanto ainda queríamos ter,
quão bela a vida ainda poderia ser...
E quando não se concretiza no verbo,
o amor, pouco a pouco, se desfaz,
como a chama que morre sem ar...
Ah! mas a poesia não!
Temo que fique ali para sempre
ou até o dia que se queime
este antigo ( e meu) livro de poemas...
Então, tudo bem, e vem a paz
de nada mais se desejar...
Tudo bem?! que pena...
Eu te desejo paz, mas não esta
do mar que se quer contido,
desejo a paz do realizado,
do amor que não morre em vão.
Escultoras e poema: Vera Alvarenga
terça-feira, 30 de julho de 2013
Aquarela...
E assim eu me diluo em ti, levando comigo as "marcas do tempo" ...
e vou me misturando às coisas que são tuas,
e vou tomando conta dos espaços que antes eram brancos
de um branco que queria preencher-se...
e entre as pedras do teu caminho, passo, e envolvo tudo,
colorindo, resignificando, dando vida a ti porque me permitistes,
e a mim, por feliz consequência e
porque só assim, sei ser eu...
porque sou cor e brilho do sol, aquarelados...
e desconfio que também sou amor...
até o dia em que não soubermos mais, desta obra,
como somos individualmente,
porque não nos interessa mais a solidão.
Foto, quadro e texto: Vera Alvarenga
domingo, 14 de julho de 2013
Reencontro...
Vivi uma vida com um homem
que me ama, eu sei,
com seu jeito de estranho amor
...e o amei.
Tive um amigo
que um dia me mostrou
que já era tempo de mudar,
e elogiou em mim a ternura
que eu procurava esconder,
pois me encabulavam os sentimentos
com os quais já não sabia viver.
Finalmente, li um homem, poeta,
que falava de inocências e do sentir,
sem nenhum constrangimento.
Tiro férias em minha vida!
Já sou velha, nada tenho
mais a conquistar, resta-me
o caminho que puder seguir.
Quero ser leve em sentimento,
ainda que austera a um primeiro olhar.
Quero evitar tanto pensar!
Já não quero mais compreender.
E na intimidade do meu quarto
de vestir aquilo que ainda sou,
ornar-me com minhas asas, isto sim,
com meu perfume de flor,
minhas tolices de mulher,
meus anseios de amor.
Quero ter braços de abraçar
e como uma árvore,
dar sombra para minha alma,
sentir que na água dos meus olhos
reflete tudo que eu amar
e amando, me serenar.
Quero perder finalmente o pudor
e assim, ser tola em excesso e
pertencer, e me entregar à Natureza
- a minha própria e de meu Criador.
...até o dia, seja qual for,
em que me liberte para sempre daqui.
Poema e foto: Vera Alvarenga.
que me ama, eu sei,
com seu jeito de estranho amor
...e o amei.
Tive um amigo
que um dia me mostrou
que já era tempo de mudar,
e elogiou em mim a ternura
que eu procurava esconder,
pois me encabulavam os sentimentos
com os quais já não sabia viver.
Finalmente, li um homem, poeta,
que falava de inocências e do sentir,
sem nenhum constrangimento.
Tiro férias em minha vida!
Já sou velha, nada tenho
mais a conquistar, resta-me
o caminho que puder seguir.
Quero ser leve em sentimento,
ainda que austera a um primeiro olhar.
Quero evitar tanto pensar!
Já não quero mais compreender.
E na intimidade do meu quarto
de vestir aquilo que ainda sou,
ornar-me com minhas asas, isto sim,
com meu perfume de flor,
minhas tolices de mulher,
meus anseios de amor.
Quero ter braços de abraçar
e como uma árvore,
dar sombra para minha alma,
sentir que na água dos meus olhos
reflete tudo que eu amar
e amando, me serenar.
Quero perder finalmente o pudor
e assim, ser tola em excesso e
pertencer, e me entregar à Natureza
- a minha própria e de meu Criador.
...até o dia, seja qual for,
em que me liberte para sempre daqui.
Poema e foto: Vera Alvarenga.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Se eu pudesse te encantar!
Ah! pego-me de novo em tua companhia,
porque trago-te comigo e
mesmo a contragosto,
distraída em pensamentos
me ponho a divagar...
- Se eu pudesse ser
mais do que hoje sou,
menos do que hoje estou...
... ser a brisa e o afago
que te acalmariam,
ser brasa a acender
teu desejo a se realizar,
ser como um sonho
que tua alma já sonhou...
e por ti, disto tudo saber...
Ah...se eu pudesse te encantar!
tanto quanto estou encantada,
por este absurdo desejo de te amar...
Como diz um poeta... muitas vezes é melhor nem pensar...
Poema e foto: Vera Alvarenga.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O amor é uma companhia.
O amor é uma companhia
Alberto Caeiro (10-07-1930)
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
e ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir
vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa
que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se não a vejo, imagino-a e sou forte
como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito
do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim
como um girassol com a cara dela no meio.
Como este pessoal era romântico naquele tempo, não é?
Obs. retiradas do Wikipédia: " Alberto Caeiro da Silva foi um personagem ficcional (heterônimo) criada por Fernando Pessoa, sendo considerado oMestre Ingenuo.
- Mestre dos outros heterónimos e do próprio Fernando Pessoa porque, ao contrário destes, consegue submeter o pensar ao sentir, o que lhe permite:
- viver sem dor; envelhecer sem angústia e morrer sem desespero;
- não procurar encontrar sentido para a vida e para as coisas que o rodeiam;
- sentir sem pensar; ser um ser uno (não fragmentado);
- Poeta do real objectivo, pois aceita a realidade e o mundo exterior como são com alegria ingênua e contemplação, recusando a subjetividade e a introspecção. O misticismo foi banido do seu universo.
- Poeta da Natureza, porque integra-se nas leis do universo como se fosse um rio ou uma árvore, rendendo-se ao destino e à ordem natural das coisas.
- Temporalidade estática, vive no presente, não quer saber do passado ou do futuro. Cada instante tem igual duração ao dos relâmpagos, ou à das flores, ou ao do sol e tudo o que vê é eterna novidade; É um tempo objectivo que coincide com a sucessão dos dias e das estações. A Natureza é a sua verdade absoluta.
- Antimetafísico, pois deseja abolir a consciência dos seus próprios pensamentos (o vício de pensar), pois deste modo todos seriam alegres e contentes.
- Crença que as coisas não têm significação: têm existência, a sua existência é o seu próprio significado".
Ahh!!! tá explicado! Compreendo este sujeito...rs...(Vera)
Texto e foto: Vera Alvarenga
Poema : Alberto Caeiro(1030)
Assinar:
Postagens (Atom)