segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Pelas janelas da minha cidade...

Quando levanto meu olhar e vejo o que em teus altos edifícios reflete, por momentos esqueço de todos os tons de cinza que te cobrem...

 É como se o azul de todos os teus olhares, e o verde que usas como adorno de valiosas esmeraldas pudessem me fazer esquecer pra sempre dos perigos que escondes em tuas sombras e dos fantasmas que caminham em tuas madrugadas...

 Às vezes, quando te olho, vejo apenas uma pintura quase abstrata, ó mãe terra generosa que a todos acolheu e que me viu nascer! Mas eu te conheço, sei que por vezes estremeces por dentro, por tudo que sabes, por tudo que testemunhas, e tuas lágrimas escondidas te envenenam lentamente ou amargam teus dias como bílis escura escorrendo por tuas entranhas....
 Quando os sonhos de teus filhos amorosos se tornarem reais, chorarei contigo lágrimas azuis, como o gelo que derrete com o calor do sol, e rezarei para encontrarmos equilíbrio, para que possamos viver ou descansar em paz...
fotos e texto: vera alvarenga

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