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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Meu doce amor é semente...

O sentimento era tão doce
e às vezes, tão arrebatador,
que é fácil entender o lamento
por não poder vivê-lo.
E desejo, só existe enquanto
planejamos satisfazê-lo.
Impossível, vira sonho, ilusão.
Necessário se fará, esquecer.
Contudo, na paz que caminho
hoje de um campo deserto,
olho para o céu aberto,
na noite que se avizinha,
sob os pés a areia me queima,
mas o gesto já tinha feito,
porque brotava do peito,
nascia do corpo e da mente,
natural fruto, do coração,
como a maçã da serpente
- quis tocar uma estrela!
Porque, meu doce amor é semente,
que trago na minha mão.

Poema: Vera Alvarenga
Foto: Google imagens.



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