Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Perdão.


Aquelas mãos, ele sabia, eram dela
que haveria de ter reconsiderado voltar.
  Tapavam-lhe os olhos que já estiveram cegos,
mesmo antes dela, agora, os tapar.
  E dentro dele, um tremor ao lembrar
como seu gesto fora rude.
  Mesmo assim, ela voltava...
  Com aquelas mãos suaves,
que o corpo dele tão bem conhecia,
cujo perfume tão bem lembrava,
tapando-lhe os olhos, parecia dizer:
  - Pensei que ficaste cego, mas te perdoo,
porque teu silêncio assustado
e o tremor que tentas esconder
me contam que tu me reconheces.

veraalvarenga

domingo, 22 de novembro de 2015

Nunca mais?!


Nunca mais ver-te,
nunca mais a chance de conhecer-te?
Nunca mais... nunca mais
meu corpo como um veleiro
antes à deriva,
tremer de prazer e contentamento
com tua presença e a promessa,
como aquele que navega
em águas calmas, mas pressente
a chegada do vento fresco
e o movimento vivificador
das ondas do mar...

vera alvarenga

domingo, 15 de novembro de 2015

Vento...Foste tu ?


Foste tu que o levaste pra longe?
Se soubesse que virias tão forte
e incontido, ó vento inesperado,
que como o tornado deixa à mostra
até as raízes em teu caminho,
eu teria fechado as janelas.
De fato, eu mesma me teria trancado!
Mas como resistir ao teu primeiro afago
que como brisa perfumava o ar?
Carinho inconscientemente tão desejado
que me fez novamente sonhar...
Para onde o levaste? Conta me !
Peço, sem lágrimas pra chorar,
apenas o triste vazio foi o que ficou
depois que tua mão o arrancou..de mim.
Preciso saber. É lá onde está
que se encontra também meu sorriso,
a alegria sincera, a tolice de crer.
Em alguns dias,
por algumas horas no começo da noite
é bem difícil seguir sozinha.
Ah sim, eu sei onde estão
as lembranças do passado,
sei onde está toda a vida e tudo o que é.
Só não sei para onde tu levaste meu coração.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Ah... experimentar, só hoje.. só hoje?!

Amor.... Às vezes você também não se sente assim?

Ah!...experimentar, este amor maior, é um desejo que não morre... por que não morre?... por que?... por que?... porque o amor é vida?... vida...viva, meu amor... viva a sua vida com todo amor que puder tocar e deixe-se tocar por ele, sempre...sempre...

domingo, 20 de setembro de 2015

Primeiro amor... e contradições...


Não sei quando comecei a amar-te.
Não, não foi aquele amor imediato dos olhos que se encontram da primeira vez,
e vê-lo não me trazia, confesso, nenhum vislumbre de futuro grandioso.
Foi antes o teu passado que me motivou.
E não foram teus olhos azuis que imaginei um dia encontrar, porque não tinhas.
Também não tinhas, como minha mãe dizia, nem um gato pra puxar pelo rabo!
Até hoje nunca me detive nesta frase para ver como é engraçada e
cheia de contradições. E como, por causa delas eu me sentia desafiada  e
teimava querer consertar um mundo que mal conhecia.
Aquela frase parece engraçada agora, porque hoje tens um gato só porque eu o tenho
e ainda me tens, o que é consequência não tua escolha, mas não gostas dele!
Nem te deixas seduzir pelos seus olhos azuis ou pelo olhar que ele te oferece,
 e aqui outra contradição, mesmo assim és tu que o alimentas pelas manhãs
quando ainda estou acordando.
Eu, ao contrário dele, embora tenha olhos azuis, não tentei te seduzir  !
Em minha inocência não sabia como fazê-lo. Era tão inocente que, o que me fez te amar,
aos poucos, talvez tenha sido o prazer que descobria no meu corpo, e no teu,
porque queria retribuir-te e, mais do que isto, o que me fez te amar
talvez tenha sido meu desejo imenso de te compensar e te dar tudo
que, no teu tempo de inocência em criança, nunca pudeste ter.
Eu era inocente de corpo e alma. Meu olhar não se deteve em nada,
mesmo quando te conheci. Contudo, tu me disseste que meus olhos te abalaram e
que desde aquele instante sabias que me ia ter .Que já sabias até antes!
Eu, só sabia que um dia, o amor ia chegar e eu me entregaria.
Acho que somos todos inocentes.
Eu não sabia nada do mundo Nem o que me esperava,
Nem o que esperavas de mim. Te dei tudo, mesmo assim. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Quando me lembro...


Quando dou por mim e me lembro
juro que será a derradeira vez e,
por ser assim te beijo
um beijo longo e de tão longo beijo,
me vejo a sorrir, porque beijar-te
me faz feliz. E esta felicidade é
como um pássaro cujo voo, nem sei
onde pode levar.
Quando me lembro do que um dia quis,
sonho que te abraço num grande e
mais que tudo, num caloroso abraço,
onde me escondo e recomeço,
e que me faz esquecer que o tempo passou
e que envelheço, para nunca mais.....
Não posso nem repetir teu nome
pois que pensarias que estou chamando
e eu, nunca quis chamar-te, mas te encontrar!
Queria teus olhos em mim.
Quando me lembro...juro que será
desta vez, a última, e me despeço, e
penso que não ouvirei mais o bater
de tuas asas na minha janela.
E o sol, com seus raios dourados
como era tua cor, se põe, longe,
lá no horizonte distante de mim.
Quando dou por mim e me lembro...
e te sinto tão perto, de novo...
Ah! logo me esqueço!
É toda vez assim...

sábado, 22 de agosto de 2015

O pássaro e a semente.

 Um pássaro levou a semente de meu coração e plantou em suas mãos porque, ainda que molhadas com lágrimas dele por seu próprio sofrimento, por momentos as mãos dele me tocaram com gestos fecundos...A generosidade daquele que, mesmo no impulso de se fechar para o mundo, nem sempre viveu só para si, os olhos que se levantam para ver e compreender o outro, cativam meu coração para sempre... como um imã, como se nossa alma reconhecesse uma outra na qual pode descansar ( e confiar). Assim, vivi este tipo de amor que nada mais é do que gesto fecundo em meio a solo árido.
  Há, sem dúvida, muitos tipos de amor. E muitos gestos. E o eterno, no amor, penso que é o momento em que duas pessoas se encontram para compartilhar, cada um pensando no bem do outro.
  De quantos momentos assim são feitos os nossos relacionamentos, a nossa vida?
  Tenho lembrança de muitos momentos em que meu coração se alegrou por se abrir assim para amar, e alguns raros e preciosos momentos em que se sentiu tocado desta maneira.

foto/texto: vera alvarenga

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Encontro inesperado...

Hoje eu queria um quase nada...
Queria te encontrar na rua, dar de cara contigo!
Trarias no rosto um quê de surpresa disfarçada,
e com alegria escancarada  num riso de menino
me cumprimentarias, já com braços estendidos
para que eu não temesse entregar-me ao teu abraço.
- Que feliz este encontro acontecido assim!
E sem reservas, espontaneamente nos abraçaríamos
perdoados de segundas intenções, pois fora o destino
a nos aproximar, finalmente, e de novo.
E com teu rosto junto ao meu, aproveitando o ensejo
me confessarias, o que era um antigo desejo meu:
Que tinhas vindo por mim!

foto/poema:veraalvarenga

quinta-feira, 23 de julho de 2015

A tranquilidade e a beleza na Quinta da Regaleira...

  Penso que foi um privilégio poder estar caminhando e conhecendo o Jardim e o Palácio da Quinta da Regaleira em Sintra- Portugal.

  Eu amo Jardins, porque eles nos fazem ter esperança!
Neles, é possível presenciar o belo na Natureza e no Homem, porque ambos estão em harmonia.
  Num jardim bem cuidado, ou com seus cantinhos secretos, a alma do homem se emociona com a beleza e na alma do homem, o belo encontra o seu eco, e o homem percebe que também faz parte desta Criação e reverencia seu Criador.
  Um jardim é um relacionamento de Amor....

  E, na Quinta da Regaleira, em Sintra, nos deliciamos com tudo que há lá para ver... é mágico!




Tirei minhas fotos, como sempre sem a técnica que um fotógrafo profissional teria, mas com o deslumbramento com o qual me deixei levar...

Sem flash, como sempre( dificilmente uso flash),
algumas fotos ficam mais escuras, mas como tudo neste mundo de opostos, há os contrastes entre sombra e luz...

Nossos irmãos portugueses tem este privilégio de usufruir deste local e compartilhá-lo com o turismo, tendo dele uma renda. Mas acima de tudo, o que mais importa é que este local possa ser visitado por muitas pessoas, para que todos possam ter ali, a lembrança de que é possível conviver com a Natureza, de maneira harmônica.

O Palácio em si, é muito bonito e, como seu Jardim, tem seu ar misterioso, mágico, a nos lembrar de Castelos de Contos de Fada ou bruxas...

Vejam a próxima foto como nos lembra isto...

E, por coincidência, assim que comentei isto com meu marido, à porta do Palácio, passou-me à frente um gatinho preto...rs.... consegui tirar-lhe a foto antes que seguisse tranquilamente seu caminho ...



 
 Como já tive oportunidade de comentar: amo e admiro estes Belos Jardins!
Diante de algumas coisas delicadas da Natureza e do belo que nela existe, eu me sinto em paz...
sinto uma presença amorosa ao meu lado.
   Muito mais pessoas e por muitas vezes mais deveriam ter acesso a jardins como estes...
e desde crianças para crescerem com este sentimento de gratidão, paz, respeito e reverência... e para não se esquecerem que podem escolher conviver em harmonia com a Natureza e com a Vida.



 - Ah! Não estou ganhando nada por convidá-los a ir visitar, se puderem, este local!
Eu o faço porque acredito que estas coisas tão belas, e algumas delas são até consideradas como Patrimônio da Humanidade, se o são é exatamente porque são um legado de arte, beleza ou simplesmente algo para nos lembrar de como o ser humano é capaz de interagir com a Natureza, de cultivá-la, transformá-la com cuidado, de preservá-la, de modo a inspirar outros a fazerem o mesmo.















 Hoje ninguém mais mora ali, Portugal atravessa uma crise financeira, como o Brasil , Grécia e outros países... o luxo é de poucos. Mas o belo e o desejo de viver com tranquilidade e algum conforto é de todos.

  Estar em presença da arte e do belo, nos faz lembrar que temos o belo dentro de nós e podemos expressá-lo através de nossa criatividade e de nossos gestos. Somos capazes de beleza e harmonia!


Que possamos nos inspirar no belo e na tranquilidade que sentimos quando temos a oportunidade de caminhar por lindos jardins, para desejar e cultivar atitudes que nos levem à harmonia e a paz...

  Esta seria a maneira mais bela de se viver....





fotos/texto: vera alvarenga

terça-feira, 14 de julho de 2015

Oração a um amor maior....

 Vivo da agonia de ter um coração inchado, esfacelado, maltratado por ser descomunal para alguém pequena como eu. De tão disforme e grande, mal cabe no peito e me impede, às vezes de respirar.
Quando isto acontece me desatino. Crio verbos que não existem. Desejo coisas que não queria necessitar. Fico com um pé na lua, outro no mar...Um olho no sonho, outro no mundo. E ralho comigo mesma até ficar inteira onde possa me reencontrar. Corro o risco de cair num sono profundo.
Busca constante esta de equilíbrio, porque ele pende mais para um dos lados, embora o equilíbrio se pareça por vezes, a um lugar sobre o muro, onde a gente fica impassível, pra poder se centrar.
Penso que é meu destino e meta conseguir com ele conviver.
Quando ele me desnorteia, penso que sou criança ou alguém que não soube crescer. Mas ele está no corpo de quem cresceu, o que pode, e permaneceu lúcida apesar de tudo. Ou será que me engano? Não sei!
Coisas da emoção e do amor o fazem tremer e dispara, por vezes, sem que o possa controlar.
Por isto eu O coloco lá, em meu coração, a cada dia.
E quando o coração dispara peço que, por mais esta vez, me ensine a sobreviver.
poema e foto: vera alvarenga

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Como estou?


- Como estou? Como vão as coisas? Tudo bem, tudo em paz...melhor impossível!

 Mas confesso aqui com meus botões que o tempo passa e muitas vezes, quando as coisas não vão bem, quando não encontro eco, me dá uma vontade doida de gritar teu nome. Só pra ver onde se esconde isto que deveria retornar a nós como resposta aos nossos gestos.
  E me pergunto por que não nasci com asas, que pudessem voar até o teu infinito, onde pudesse encontrar-te. E ser bonita, tanto que pudesse agradar-te.
  E então sumir no teu abraço, e receber teu amor e dar-te o meu. Engraçado que me faz bem escrever-te sobre tal segredo, pois és meu! és meu sonho e então, percebo que em minha visão estaria sorrindo, rindo até, por que não?! ou então, muito silenciosos ficaríamos com medo de que uma palavra me acordasse do sonho e me fizesse cair novamente, das nuvens, do teu abraço, do teu amor.

  - ah!  mas tudo passa, não é mesmo? O tempo passa por minha pele como ventania, e por mim... e fico aqui em segurança, olhando o mundo com o meu melhor olhar, o de ver não o de sonhar, pois este a ti pertence.
   - Como estou? Como sempre...firmemente apoiada na realidade...vendo ainda brilho na vida ao redor, que reflete talvez do meu próprio desejo e do que ainda reste em mim de melhor...
  De resto, como tudo o que vive, envelheço, apodreço e morro lentamente... tudo parece que aqui somos dois... mas tudo bem...tá tudo em paz...nem sei porque este desassossego ainda me vem, como reflexo do sol que bate no espelho e fere os olhos! Talvez...talvez porque tenha incrível capacidade para me amoldar, me adaptar, mas não me conforme com as guerras ou com o amor que se torne grosseiro, disforme.

foto texto: Vera Alvarenga

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Tua presença...


Deus! Por que puseste dentro de mim
esta semente que não germinará?

Acaso me querias..assim
quieta, de repente perdida
em meus pensamentos
a lembrar-me do quanto
sou frágil?
Acaso me querias, assim, perdida?
...tendo de me esquecer
do que me permitistes sonhar,
e precisando me reencontrar
a cada dia?
Fica comigo então!
Perdoa-me por me perder...
por não conseguir esquecer...
Já me demoro demais no
sonho infértil de um desejo morto.
Devolve minha antiga alegria!
Preciso derramar sorrisos
no solo em que vivo....
e brotar pétalas de cor.
Aquece-me ...sonha comigo...
mostra-me tua presença,
preciso de um sonho de amor!

Foto /poema: Vera Alvarenga.

domingo, 31 de agosto de 2014

Olhos postos em mim...


Vivo aqui, no lugar em que me plantaram. Por vezes, vejo teu olhar em minha direção...

às vezes, olhas para mim e o calor de teu olhar é como o raio de sol quando me alcança...
e mesmo na minha discrição, sinto que me escolheste porque viste beleza no que sou...
isto me define...me sinto bela... e te dou meu mais belo sorriso.

Muitas vezes porém, sinto que olhas apenas através de mim,
teu olhar posto naquilo que nunca serei...
Isto me desconcerta. Embora o sol ainda me aqueça,me retraio,
já não sei se posso continuar bela como sinto que podia ser,
porque a existência não existe apenas por si, mas pelo olhar que lhe dirigem...
Então, sou grata à natureza que me fez morar à sombra de uma árvore
e escondo ali meu desapontamento...
Contudo, dentro de mim há, em essência, a vida em divina centelha e
a cada novo amanhecer ainda olho em direção ao sol e sei que algo maior que eu
olha para mim... e brilho mesmo assim,
ainda que apenas nas cores do que sou.
( Clique nas imagens para ver melhor o efeito das fotos em relação ao foco do olhar...)
fotos e texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Gota de orvalho...

Suspeito que sempre haverá ali
de todo aquele forte sentimento,
do sonho daquele momento,
um sorriso guardado
de um amor delicado,
escondido, perdido,
que eu sentia por ti....
como a gota de orvalho brilha,
ainda que secando ao sol
sobre a pele da flor,
é assim, que se esconde em mim,
para sempre, o meu amor.

(vera alvarenga)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Tudo é passageiro...

Tantas coisas bonitas para se ver neste mundo!
Entretanto...tudo é passageiro,
ainda que alguns sentimentos possam viver
eternamente
enquanto pudermos ser...
Foto e poesia: Vera Alvarenga

terça-feira, 8 de abril de 2014

Poema que jaz nas entranhas dos pais...

Teria sido tão bom o que íamos fazer
tão cheio de vida!
da nossa própria vida que ainda nos resta,
que nossos filhos nos amariam mesmo assim,
mesmo apesar de não termos conseguido
da primeira vez
ainda que tenhamos tentado,
e compreenderiam nossa serena alegria
e diriam que foi bom não termos desistido
de nossa ingenua alegria,
de nosso desejo de tocar
a fugaz felicidade que pensávamos
para sempre perdida...
teria sido....
 
Vera Alvarenga: foto e poema

domingo, 2 de março de 2014

Quando aquele anjo me vinha....




Havia um anjo em minha vida,
que mesmo de asas partidas
quando vinha pelas manhãs
me visitar, me fazia sorrir e
eu me sentia mais capaz de amar,
e o sol aquecia minh´alma.
E à noite, quando me deitava,
após ter caminhado pelo dia
corajosa e decididamente,
ainda que sem encontrar
tudo aquilo que me movia
antes da tempestade desabar,
mesmo assim, no meu silêncio
em secreta e doce rendição,
fechava os olhos e me deitava
com ele, e o amava naquela hora,
sem medo, sem qualquer restrição.
A sensação de perda ia embora!
O amor de novo me habitava...
Então, em seus braços, dormia,
e a calma embalava o coração...

Foto/poesia: Vera Alvarenga.
Vídeo Sarah Mclachlan


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lado a lado...


Queria andar suavemente por tua vida
e nela sentir-me rainha, a escolhida,
como serias para mim, meu amado, e
em tua companhia  rir-me de contente
por qualquer bobagem, pois que abençoados
viveriamos assim, nossos dias, o meu, o teu,
o nosso destino, escrito como feliz enredo
pelas mãos de um sábio criador de sonhos...
E porque tu, como eu, pensarias que é assim
que vivem os que ao amor são predestinados,
não me envergonharia dos doces sentimentos
e nem daqueles tão mais ousados
pois que não haveria  razão para o medo,
e ao ouvir-te chamar-me - querida -
não como outrora ouvi, em gesto calculado
por interesse de um ego hipersociabilizado,
mas nos momentos de doce intimidade
e fruto de espontânea e coerente verdade,
eu me abriria novamente para a vida,
pois que estar assim recolhida chega a assustar-me!
E te reconheceria por não me decepcionares
do sonho, que nele havia um simples desejo
de ser tua, e amada, reflexo de igual desejo teu,
e ao olhar para o lado e ali encontrar-te
ah! como queria beijar-te! e beijar-te!
E fazer-te feliz, pois que é deste modo
que reconheço o que simplesmente sou.
E nossas palavras seriam mais um testemunho
da determinação de forjarmos nossa felicidade.
E eu viveria encantada com tua presença
porque, apesar de tudo, nos encontramos
e serias pra mim o milagre que veio,
por tuas mãos,  resgatar-me, e que chegou
para de novo preencher-me da graça
na alegria imensa de poder amar-te,
sem medo, com gratidão, por trazeres luz
e significado de novo para minha vida!
E então, eu teria a plena convicção do
valor de cada momento que me restasse
e que a vida me permitisse a seu lado
satisfazer esta ânsia de viver um grande amor
e te abraçando docemente, feliz
por viver a graça deste nosso amoroso encontro
até o final de nossos dias, não cansaria de dizer-te:
- querido, sou feliz por te amar, meu amado!

Foto e Texto : Vera Alvarenga

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Atravessando pontes...


 Já atravessei muitas pontes,
e quando sozinha, algo maior que tudo me impulsionava,
coragem e fé me inspiravam

Meu coração, contudo, hoje por vezes me intima
e prometi a ele atravessar as maiores,
somente se sua mão estiver ali no meio,
estendida em minha direção,
e um sorriso em seu rosto me receber...
e então, reencontrarei... reencontraremos,
do outro lado, 
o motivador de todas as coisas...
 












E, com certeza, este dia será abençoado!
E lembrado pelos que nos querem bem,
como o dia em que renascemos.
E o sol brilhará de novo,
em mil flocos de luz...
E então o desejo ardente
se fará em luz incandescente
e criará asas em mim e eu
saberei de novo, quem sou...

Fotos e texto: Vera Alvarenga

Compartilhe com...