sábado, 22 de agosto de 2015

O pássaro e a semente.

 Um pássaro levou a semente de meu coração e plantou em suas mãos porque, ainda que molhadas com lágrimas dele por seu próprio sofrimento, por momentos as mãos dele me tocaram com gestos fecundos...A generosidade daquele que, mesmo no impulso de se fechar para o mundo, nem sempre viveu só para si, os olhos que se levantam para ver e compreender o outro, cativam meu coração para sempre... como um imã, como se nossa alma reconhecesse uma outra na qual pode descansar ( e confiar). Assim, vivi este tipo de amor que nada mais é do que gesto fecundo em meio a solo árido.
  Há, sem dúvida, muitos tipos de amor. E muitos gestos. E o eterno, no amor, penso que é o momento em que duas pessoas se encontram para compartilhar, cada um pensando no bem do outro.
  De quantos momentos assim são feitos os nossos relacionamentos, a nossa vida?
  Tenho lembrança de muitos momentos em que meu coração se alegrou por se abrir assim para amar, e alguns raros e preciosos momentos em que se sentiu tocado desta maneira.

foto/texto: vera alvarenga

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