terça-feira, 14 de julho de 2015

Oração a um amor maior....

 Vivo da agonia de ter um coração inchado, esfacelado, maltratado por ser descomunal para alguém pequena como eu. De tão disforme e grande, mal cabe no peito e me impede, às vezes de respirar.
Quando isto acontece me desatino. Crio verbos que não existem. Desejo coisas que não queria necessitar. Fico com um pé na lua, outro no mar...Um olho no sonho, outro no mundo. E ralho comigo mesma até ficar inteira onde possa me reencontrar. Corro o risco de cair num sono profundo.
Busca constante esta de equilíbrio, porque ele pende mais para um dos lados, embora o equilíbrio se pareça por vezes, a um lugar sobre o muro, onde a gente fica impassível, pra poder se centrar.
Penso que é meu destino e meta conseguir com ele conviver.
Quando ele me desnorteia, penso que sou criança ou alguém que não soube crescer. Mas ele está no corpo de quem cresceu, o que pode, e permaneceu lúcida apesar de tudo. Ou será que me engano? Não sei!
Coisas da emoção e do amor o fazem tremer e dispara, por vezes, sem que o possa controlar.
Por isto eu O coloco lá, em meu coração, a cada dia.
E quando o coração dispara peço que, por mais esta vez, me ensine a sobreviver.
poema e foto: vera alvarenga

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