segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

- " Cacos unidos pela cumplicidade... Obra de Arte !"

"Por que todos somos cacos, individuais, únicos, perfeitos, para ocupar aquele lugar no qual, nada ficaria melhor...
... quando somos reconhecidos como peça importante do todo, quando ocupamos aquele lugar de honra, que só existe para nós, damos o melhor do que podemos ser...
e então, a obra se completa, na paisagem maior... no Mosaico da Vida !
E todos somos felizes.
Se você me vê, me reconhece, respeita o lugar que preciso ocupar, então me valoriza e, cúmplices, criaremos juntos, uma obra de arte !"


 Vem comigo...                                                   
 traz o olhar atento,que busca e quer ver
 de tudo, o bom, que a vida pode conter,
 e juntando os cacos,com paciência,
 iremos, sabendo da vida, o segredo e ciência,
para perpetuar dela, a melhor parte !
            Com cumplicidade, cuidado, amor                              se me estendes a mão e segues comigo,                      a vida nos preenche de luz e calor                              e juntos, mais que amantes, amigos,                            criaremos vivendo, uma "Obra de Arte" !              

sábado, 13 de fevereiro de 2010

" A Dama e o Vagabundo..."


E já que é Carnaval, aqui vai a letra de uma música que fiz.
É uma marcha rancho que fiz, há tempos...

O dia acordou morno, naquela terça-feira
e ela que adormecia, sentiu-se estremecer,
abriu sua janela,  sentiu tal euforia
jurou que neste dia,  seria outra mulher!

 E pôs os seus adornos... e se enfeitou enteira
 e aos poucos já sentia,  arrepios de prazer
 ao lado de um retrato,  na cama ainda desfeita
 deixou o seu recato,  cansou de ser perfeita !


E assim, vestida em rendas
quis descobrir o mundo
E colocou-se à venda
amou um vagabundo!

E ela que se poupara,  de tantos carnavais,           
já nem lembrava mais, os sonhos que sonhara,
e a noite que chegava, promessas lhe trazia,
cansou de ser sòzinha e caiu na folia...

E assim vestida em rendas
tal dama mascarada,
foi tratada como princesa,
por toda a madrugada...

Vera  Alvarenga

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

- " Quem faz uma Música assim..."

Tem uma música que sempre me comove. É linda.
 Vale a pena conferir o vídeo.

 
Quando eu morava na praia, em Florianópolis, uma vez vi uma baleia bem perto da praia. Tinha um filhote que a estava seguindo. Eu comentei que ela parecia estar diferente, numa posição estranha... horas depois ela veio encalhar na areia e morreu.
Eu gostaria de ter feito esta música, pois quem faz algo assim, já pode dizer que contribuiu para um mundo melhor, não acham?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

- " Enquanto eu for um só...."


                                                              Sonhei, que mergulhei
num tempo que passou,
tão fundo, que até pensei
que ia me perder
nas sombras, do que fui.
E então, um desejo ardente
se fez em luz incandescente
e criou asas em mim
e eu pude libertar
o que eu fui procurar
meu verdadeiro eu :
 o que sou, renasci!

Só então, compreendi
que tudo é solidão
enquanto eu for um só;
que tudo é ilusão,
se não houver o Amor.

E o dia amanheceu
e o sol brilhou de novo, 
em mil flocos de luz
 e eu acordei feliz
já sei o que..não sou.

Vera Alvarenga                                                                                   

sábado, 6 de fevereiro de 2010

-" Mamãe Ursa e o Beija-flor "...

 
Havia um animal diferente e solitário na floresta. 
Era uma fêmea. No outono e inverno agia como uma ursa, que ficava na sua toca hibernando ou esperando seus filhotes nascerem.
No final do inverno, ela percebia que seu filhote, sua criação, não ia mais nascer. Estivera gestando apenas suas idéias e sonhos agora. Que bom... mas, ao mesmo tempo, ficava infeliz, porque não aguentava mais ficar ali sòzinha e acabava saindo ao sol.
Ao chegar da Primavera, ao invés de contentar-se com sua vida de ursa, cuja característica tinha sido passar longo tempo hibernando, ao ver as flores da estação, e o raio de sol, não conseguia mais conter-se... se apaixonava pela vida e queria voar. Tinha tanta coisa pra ver e sentir, daquele mundo tão colorido! 
Contudo, após tantos meses hibernando, não tinha coragem pra dar nem mais um passo, pra longe da toca, que era segura! Então, deitava-se ao sol, de barriga pra cima e, desanimada, tirava um cochilo.

Seu coração era terno e com o calor do sol, parecia não conter dentro de si, tanta energia! e era, neste momento, que saía de seu peito um pequenino e tímido beija-flor, que saía feliz ao redor, querendo distribuir carinho e receber beijos das flores...
entretanto, ele gastava muita energia, neste vai e vem, pois assim que ele ia um pouco mais longe porque vislumbrava uma linda flor, pensava que ainda era uma ursa, esquecia-se que agora poderia ser de fato um beija-flor, sentia-se pesado e voltava, voando rápido e assustado, para perto da toca.
Isto se repetia, porque por instinto da sua parte ursa, tinha aprendido a se proteger na toca, onde era seguro e não precisava mostrar seus sentimentos e vontades.
Deste modo, antes do verão terminar e sem ter aproveitado de fato sua liberdade para procurar alegria nas cores da primavera, ele já estava exausto e começava a sentir frio e solidão.... suas asas, então , ficavam pesadas e ele ia se aconchegar, de novo, no coração daquela grande e mansa ursa. Levava nas asas e na lembrança, o néctar das flores e o mel dos beijos. 
E ficava lá quietinho, até que o sol, brilhando de novo, depois talvez do próximo inverno, fizesse desabrochar outra vez, do peito daquela ursa, o desajeitado beija-flor.
A ursa vivia assim, contente com o que era, sem comparar-se ao beija-flor, porque no fundo, ela o tinha dentro dela...
Outros animais da floresta, não compreendiam aquele estranho animal. Alguns comentavam que, se ela se conformasse em ser apenas a velha e solitária ursa maternal, mesmo sem seus filhotes, seria acomodada e feliz! Outros, pior, acreditavam que ela podia escolher entre ser uma e outra coisa, e se acomodar de vez!
 Não sabiam o que é ser maternal e mansa naquele pesado corpo de ursa e ter, ao mesmo tempo, dentro do peito, um leve e singelo beija-flor. Como poderia ela escolher? Matando parte de si mesma ? 
Uma coruja certa vez, tentou compreendê-la e perguntou com o que ela se ocupava quando estava dentro da toca, cuidando de suas tarefas, além de sonhar.... E a ursa lhe contou :
- " Ora, não pense que sonho o tempo todo! Tenho muitas responsabilidades em minha toca, muitos dependeram de mim e eu, estive sempre ocupada aprendendo..."
A coruja não se conteve e retrucou que uma velha ursa como aquela ,que já criara a sua família, tinha cumprido sua missão com louvor, como todos lhe diziam, podia se acomodar agora, pois não tinha mais o que aprender.
A ursa sorriu e lhe respondeu:
- " Engana-se, sr. Prof. Coruja. Agora, estou aprendendo o mais difícil, 
estou aprendendo a me olhar com amor e também a me aceitar como sou, pois saiba meu amigo, não é fácil ser uma pesada ursa, com alma de beija-flor!!"

de Vera Alvarenga. 
Quero dedicar a todas as mulheres do mundo, que chegam na idade em que os filhos já não estão em casa e ela se depara com sua própria vida... e então tem que aprender o que fazer com este presente!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

" Fotos de Carros Maravilhosos'...

 Sei que os homens é que são apaixonados por carros!
 Eu, se não puder ler a marca/modelo do carro que passa na rua, só consigo distinguir, sem nenhuma dúvida, o fusca, a kombi... e um Mercedes, claro! Ah! acho que o Alfa Romeo também...
 Contudo, outro dia, passeando lá pelo flickr e visitando uns amigos de "clics", não pude deixar de admirar as fotos de carros de " dr_sequoia".
  Se quiserem, passem lá para ver mais. Aqui estão alguns para vocês se divertirem...









Qual vocês preferem?
Tá bem, tá bem... chega... vamos dormir e sonhar que a gente tem um destes lá na "nossa" garagem!
Boa Noite, pessoal!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

" Para meu pai"...


Hoje, eu te vi cansado
triste, envelhecido...
e no teu sorriso fraco
li o quanto tens sofrido.
Quis ter mãos de fada,
aliviar as tuas dores,
quis tomar-te no meu colo
e acalmar os teus tremores.
Não podendo fazer nada,
me senti tão incapaz,
lembrando que em outros tempos,
em ti, eu encontrava paz.
        Quando era pequenina
              em teus braços eu sonhava
              os meus sonhos de menina,
                         ouvindo sua voz que me embalava,
         falando de um cavaleiro,
            que nas navuns galopava...
           e de uma mulher rendeira,
            que meus sonhos enfeitava.
        Hoje te vi quase vencido
     e sem poder te ajudar,
              pedi a Deus que te ajudasse,
                pois eu, apenas pude te amar.

                Vera Alvarenga - set/81

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