terça-feira, 22 de outubro de 2013

Raízes...

 
Às vezes, sinto-me tão antiga e com as raízes tão presas ao solo, que esqueço de minhas asas, ou porque não as tenha mais, ou porque nunca as tenha tido...
Será que as asas de meu pensamento eram apenas as daqueles pássaros que passaram por mim?

Não sei ... não sei...

Em que ser maravilhoso eu poderia me transformar se conseguisse voar até encontrar solo fértil onde minhas raízes fossem aéreas e eu me sentisse livre para me fazer cativa apenas da alegria e do amor?

foto e texto: Vera Alvarenga.

4 comentários:

  1. Pois é, Vera... a resposta a tua pergunta nessa bela reflexão está na primeira frase: presa às raízes.
    O bom mesmo seria gostar do que realmente construístes e te acomodas... aí o voar se tornaria sem importância.
    Saudades. beijo
    Maria Marçal - Porto Alegre - RS

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    1. Olá Maria! Verdade que semente de melancia não vira abóbora. Sei disto amiga! Mas gosto de refletir sobre como uma árvore pode ficar confusa, às vezes, quando coloca em dúvida a existência de seu espírito. Mas, Maria, quem lhe disse que não gosto do que construí? Gosto muito, mas as ponderações filosóficas e emocionais de uma árvore podem servir de reflexão, sempre. Esta, da foto por exemplo é lindíssima e dá sombra e pouso para outros, diferentes dela. Porém eu, me comparando com ela, tenho as mesmas dúvidas sim, contudo não desejo ser muito diferente do que sou, apenas espero me lembrar sempre que tenho corpo e raizes como ela mas não sou formada só disto...meu espírito é livre, tenho asas em meus pensamentos, na imaginação voo longe para perto dos que amo ou gosto muito, sempre que quero, sem desdenhar daquilo que está no meu solo sagrado. E considero "meu" solo apenas aquilo que eu acreditei construir, seja em meu coração, só com minha intenção ou com a ajuda de outros. Também no que construímos há aquilo que é concreto e material como o tronco desta árvore antiga, e aquilo que tem asas porque são os sentimentos e valores mais espirituais. Saudades também. Beijo

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  2. Vera, tambem me sinto antiga se pensar nos conceitos que tenho perante o certo e o errado. Contudo, a minha mente ainda voa curiosa para as novidades e continuar usando o discernimento do bom ou ruim para mim.

    Adorei esta arvore, estupenda.

    Bjs

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    1. Obrigada Sissy! Nossas raízes também são de fato os princípios que norteiam nossas escolhas, não é? O coração se entrega em segurança e permanece junto a eles, mas por vezes nos lembramos de que os sonhos tem asas e podemos plantar nossas raízes em solo fértil, se sentirmos que fomos abençoados pela vida e por Deus,com novas oportunidades. Eu me sinto como esta árvore, com uma enorme preguiça e bem postada ao solo, mas meu coração também voa pelo céu em momentos de criatividade ou alegria. Penso que esta árvore ama o pássaro amigo que lhe traz notícias de um outro mundo, e ela pode, se quiser , voar com eles. Beijos Sissy!

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