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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Magia do imponderável...

 Tu eras a mais delicada
de todas as possibilidades.
O gesto que, misteriosamente,
surgia do inesperado.
Eras como o mago
que não se deixa ver
quando da manga, sutilmente,
retira a carta escondida.
E eu, observava encantada
e trazia nos olhos, refletida
a alegria, de conhecer
em teus gestos, a nossa magia.
Tu me fazias de novo sorrir,
e eu me deixava levar,
pelo desejo de seguir contigo
através do mesmo mundo,
por um novo jeito de ver,
com sentimento profundo
e a possível leveza do ser.
Ah! Serias o meu abrigo,
e eu, o teu novo lar.
Estava com sede dos mistérios
que tu me ias revelar,
e ambos ficaríamos bêbados
na fonte deste nosso novo olhar...
Tudo era ainda magia, sutil,
imponderável, como é
a pequenina semente que
guarda apenas o potencial.

Foto e texto:Vera Alvarenga

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