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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sonho de amor...

Quando estou sozinha lembro teu rosto,
imagino o semblante sério, compenetrado,
de repente abrir-se num sorriso disfarçado
só porque lembraste de mim.
Porque o amor é assim,
generoso sonha, igualmente deseja,
trago-te refletido no coração,
mesmo que não o veja,
e me alegra fantasiar que te lembras
e imaginas também, como seria bom
estarmos juntos neste momento.
Me chamas: vem! Em teu abraço se desfaz
o medo, entregam-se corpo e alma
num suspiro de alívio, como se
finalmente encontrassem o lar.
E porque amar é assim,
nos faz capaz de sonhar,
do mesmo modo tua cabeça descansa
no meu peito e, das tuas dores, quase refeito,
vejo-te escolher o mesmo que eu
- juntos podemos caminhar, em paz.
E diante de nossa escolha de amar
e da calma que isto nos traz,
se há bem que a vida pudesse nos dar
neste meu sonho de amor antiquado,
seria, por nós, ainda alcançado.

Texto e foto: Vera Alvarenga

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Magia do imponderável...

 Tu eras a mais delicada
de todas as possibilidades.
O gesto que, misteriosamente,
surgia do inesperado.
Eras como o mago
que não se deixa ver
quando da manga, sutilmente,
retira a carta escondida.
E eu, observava encantada
e trazia nos olhos, refletida
a alegria, de conhecer
em teus gestos, a nossa magia.
Tu me fazias de novo sorrir,
e eu me deixava levar,
pelo desejo de seguir contigo
através do mesmo mundo,
por um novo jeito de ver,
com sentimento profundo
e a possível leveza do ser.
Ah! Serias o meu abrigo,
e eu, o teu novo lar.
Estava com sede dos mistérios
que tu me ias revelar,
e ambos ficaríamos bêbados
na fonte deste nosso novo olhar...
Tudo era ainda magia, sutil,
imponderável, como é
a pequenina semente que
guarda apenas o potencial.

Foto e texto:Vera Alvarenga

sábado, 4 de dezembro de 2010

" MInha casa..."

Já morei em casas grandes
e numa bem pequena também.
Esta, na qual hoje moro
é simplesmente menor
do que as tralhas que eu trazia,
mas me serve muito bem
para o tanto que eu queria.
Tem um quintal espaçoso
que acolheu generoso,
as plantas que eu gostava
da mais simples à mais bizarra.
Na Primavera que ora estamos,
como se os pássaros soubessem
que detesto despertador,                                                            
fazem tamanha algazarra
com sua alegre cantoria,                                          
que desperto, para o novo dia,
ouvindo canções de amor...
mas vencida pela preguiça,
é cedo, finjo ainda dormir,
e fico por mais uns momentos
distraída em pensamentos.
O coração agradece
e se eleva numa prece,
pelo dia que há de vir!

Cambacicas e pardais fazem algazarra!
Tomam banho na Bacia e nos vasos...

Fotos e texto:
Vera Alvarenga

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