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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Por que vens ainda aqui?

 Caminho descalça.
A areia queima sob meus pés,
ou sinto o vento frio no rosto
nos dias em que o sol se esconde.
Se me perguntares, por que venho?
Esconderia a resposta,confesso...
porque não perdi
da memória, que me trai
quando de tudo o mais esqueço,
o que não consigo esquecer de ti.


Fotos e poema: Vera Alvarenga

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

" Ausência..."

Se eu não posso te tocar,
se não posso tentar adivinhar
a tua voz e o tom, no que escrevias,
nem nos conselhos,nem nas palavras
carinhosas,firmes ou reveladoras
dos sentimentos que compartilhavas...
O que é feito de ti, agora?
Onde te levou a vida ou a morte?
Que distância nos separa?
Como posso estar contigo,
que não no sonho, que é frio?
De que modo te saber?
De que maneira  te sentir
apesar do espaço vazio?
Como apagar tua marca
ainda real e viva, do coração?
Preciso tanto do real...
pois é deste que me faço.
Como despedir-me do que era bom?
O que me faria esquecer o bem
que tua presença causava?
Como preencher a ausência
de tudo, que ainda parecia ser
um futuro,  a desvendar?
Como ouvir-te assim, mudo?
Seria como querer apagar o sol,
que teima em minha janela vir brilhar.

Poema e Foto : Vera Alvarenga







domingo, 16 de janeiro de 2011

" Página em Branco..."

Hoje, não venho aqui
para falar de mim,
nem buscar palavras
para me explicar
ou me definir.
Hoje, chorei mansinho
quando olhei o outro,
que não sou eu,
e mesmo sem olhar para mim,
mais um pouco me compreendi,
mais um pouco, me defini.
Murro em ponta de faca,
machucou, sangrou, doeu!
Não me servem as palavras
pra falar do que não é meu,
e não quero me contar.
Hoje, só vim pra me deitar
só pra me esparramar,
no teu leito quieto e branco,
da página que não escrevo
daquilo que eu sei que sei,
e do que sei que não devo,
porque hoje, não posso ser
se não posso compreender,
e trair-me, não me atrevo.
Nas palavras me esqueço,
no teu silêncio me reconheço.
Até o amanhã... quando
mais uma página tua, 
vestida de mim ou nua, eu puder virar... 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Insubstituível amigo..."

Realmente, agora acredito!
És de fato, sem erro, confesso,
meu insubstituível amigo...
pois mesmo te esquecendo,
em todo lugar que vou,
em todo canto que me escondo,
num momento ou outro
ainda te sinto ao meu lado...
porque pra onde eu vou,
sem perceber, te levo comigo!

Foto e poema: Vera Alvarenga

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