Mostrando postagens com marcador morte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador morte. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A senhora que passa pelas janelas...

Janelas...
Um dia, ela viu um homem
do outro lado de uma delas.
Ele lhe falou de si
de um jeito que não era o dele,
assim disse ele,
apenas um momento em que a dor
o fazia mostrar um lado íntimo da emoção,
uma face que ele acostumara a ocultar.
Ah... Janelas...
Em seu mais secreto mundo,
do lado de dentro de uma delas,
ela, que havia encarado a morte
e tinha sede de um sentimento profundo
que brotasse puro de um coração forte
mas gentil, bebeu daquela lágrima,
sentiu compaixão por ele e por si
que tanto estavam esquecidos do que podiam ser
e inocente pensou que, ali,
nascia delicado e verdadeiro amor.

Vieram os ventos,redemoinho, vendaval,
fecharam-se as janelas e mal se via nelas,
reflexo da luz que sempre nasce das sombras ,
e assim, aquela senhora que os viera visitar,
e numa das mãos sempre traz a morte
e na outra o doce lampejo da vida,
passou por entre as janelas
e voltou ao seu altar.
Porém, nenhuma tempestade assim tão grave
se faz sem propósito definido,
mesmo que de início, não compreendido,
o tempo lhes irá mostrar.
E agora, de cada lado de suas janelas,
na intimidade de seus espaços, e a sós,
ao perguntarem-se porque sofreram, sabem
agora, que morte e vida formam a mesma roda,
e a dor que dilacerou seus corações um dia vai passar.
Só um coração assim aberto pela dor,
compreende, aprende sobre o mais profundo amor,
que nasce da inocência e da compaixão.
E assim, cada um a seu modo e em seu lugar,
fará escolhas e estará pronto para, a si e outros, amar.

Foto e poema: Vera Alvarenga.



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Flores para este dia...



Desde cedo, no meu jardim
procuro flores para colher
e as mantenho junto a mim
pensando em oferecer
a quem perdeu alguém...








São singelas flores
de todas as cores
para os corações feridos
pela morte dos sonhos
ou de seus queridos...








Ofereço meu abraço
sentido, emocionado,
meu silêncio e respeito
a você que sofre calado
a dor de um amor desfeito...







Não é que me faça de forte
porque bem sei, temo a morte,
mas ainda assim trago no peito
a esperança e o reconhecer
que cada dia tem novo amanhecer...



Versos e fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Adeus, Toninho Scardua!







Um dia, há muito tempo, você estava sozinho...







  




Até que conheceu sua amada,
que se tornou sua inseparável companheira...
de todos os momentos, para uma vida inteira...








Alegre par formaram!
Vocês tiveram 3 filhos, como nós...
e você nunca mais ficou sozinho!





 




Social, alegre, atencioso,
Fez amigos que lhe queriam bem...









A família aumentou...
Nós, fomos para longe,
e hoje, pela manhã soubemos...








Que chegou a hora
de seu vôo solitário, novamente...
E ontem, pela manhã, você se foi...
sem limites que o impeçam de
vencer as maiores distâncias...
Partiu para seu vôo mais alto...





Como será este céu infinito que te acolherá agora?
Dizem que tem uma luz fulgurante...
algo mais puro que um diamante...
Adeus, amigo!
um dia, todos nos encontraremos
e saberemos como é....


Adeus ao nosso amigo Toninho Scardua.
A ele,querida Valéria e filhos, nosso carinho.
Texto e fotos: Vera Alvarenga.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

" Ausência..."

Se eu não posso te tocar,
se não posso tentar adivinhar
a tua voz e o tom, no que escrevias,
nem nos conselhos,nem nas palavras
carinhosas,firmes ou reveladoras
dos sentimentos que compartilhavas...
O que é feito de ti, agora?
Onde te levou a vida ou a morte?
Que distância nos separa?
Como posso estar contigo,
que não no sonho, que é frio?
De que modo te saber?
De que maneira  te sentir
apesar do espaço vazio?
Como apagar tua marca
ainda real e viva, do coração?
Preciso tanto do real...
pois é deste que me faço.
Como despedir-me do que era bom?
O que me faria esquecer o bem
que tua presença causava?
Como preencher a ausência
de tudo, que ainda parecia ser
um futuro,  a desvendar?
Como ouvir-te assim, mudo?
Seria como querer apagar o sol,
que teima em minha janela vir brilhar.

Poema e Foto : Vera Alvarenga







segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Refletindo sôbre a morte de um amigo"...

Hoje, resolvi postar este lindo Por-de-sol porque ele lembra despedida, e nós,
do Dihitt, nos despedimos de nosso gentil amigo Renato Trindade, que se foi, ainda com apenas 39 anos !
     O Por de Sol é triste para alguns, porque é luz tão presente e consciente em nossa vida e, mesmo assim, se despede de nós... mas também é lindo ao mesmo tempo, porque nos traz a noite, e nela veremos a luz das estrelas, com sorte a da Lua, e talvez nossa própria luz interna.

Os amigos e familiares choram por Renato.
Meus respeitos e sentimentos aos familiares e amigos íntimos que choram esta perda. Que possam ser consolados pela fé.

    Sempre que a morte nos surpreende assim, tão desprevenidos, vemos o quanto somos apegados a este lindo mundo que conhecemos e às pessoas que amamos, que nos amam e que fazem parte da nossa vida. Então, por que não deixar nosso coração falar mais alto? Por que desperdiçar o que é verdadeiro?



Costumo dizer que não devemos desperdiçar o tempo com competições pelo poder que não levam a nada.
Tenho me repetido, insistentemente, que o amor e a cumplicidade não garantem 24 hs.de felicidade, mas são um esforço que vale a pena, porque nos ajudam a sermos livres para realizar em nós e no outro,o que há de melhor ( o divino em nós), e aceitar o que não é perfeito, porque afinal é o real, e não ilusão.
   A passagem do tempo e a morte são as únicas certezas que temos...mas podemos fazer a escolha de sermos luz, no caminho de alguém... e, a todo momento podemos escolher ver o que há de belo e bom no nosso caminho e optar pela responsabilidade de retribuir o amor que recebemos, se queremos o direito a continuar a recebê-lo. Não façamos do outro apenas um objeto do nosso prazer.
Nosso beijo ao Renato, que para tantos foi luz, e a todos aqueles que sofrem por esta perda ( ou por outras.)
Mesmo que já tenhamos perdido alguém, se ainda estamos aqui, com fé recomeçaremos e ainda teremos outros para aprender a amar.
Que possamos nos lembrar da fragilidade da vida, antes de escolher prender a nós mesmos ou a outro, numa situação onde não tenhamos o desejo de oferecer amor verdadeiro, que flui com sinceridade do coração.
Pois é o amor que nos faz crescer e nos transmite luz.

Que possamos nos perdoar por termos exigido de outro uma perfeição que nós mesmos não podemos ter.
 Que possamos reverenciar a vida e o momento presente como uma benção.
 Que sejamos responsáveis para deixar livres os que dizemos amar e que nosso sonho seja atrelado a realidade daquilo e daqueles que possam cooperar entre si para um crescimento, respeitando os
limites do que cada um é.
Assim, poderemos brindar à vida, e levar um pouquinho de luz para os que se aproximarem de nós!
Que sejamos responsáveis, tanto por nós como pelo outro.
   Quando alguém se vai, e ficamos, é sinal de que ainda temos o que realizar e, com certeza, só pode ser a realização de nossa potencialidade e de amar.
Texto e fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

-"Flores..em homenagem aos que estão de luto..."

Queria saber como consolar os que ficaram saudosos, porque amigos e familiares queridos morreram nestas tragédias, causadas por este desequilíbrio na natureza...
 Mando-lhes algumas flores , porque as palavras se calam diante das tragédias.

 E as flores... foram elas que, numa época em que eu estava a 1000 km. dos familiares e amigos, e sentia saudades e solidão, me fizeram voltar a crer que deveria haver um significado para as coisas e que tudo
deveria valer a pena! 


Admirar as flores, num estado de "silencio" , era como estar em prece ou meditação, e sentir a presença de Deus, do modo como eu podia crer, ao meu lado!

  Que a presença de Deus se faça viva no coração daqueles que, mais do que nunca, precisam agora da certeza de que seus filhos, amigos e familiares queridos, não estão sozinhos... estão de alguma forma, mais próximos das criações belas e perfeitas, do Criador (seja Ele como for).
Meu carinho a todos os que hoje e sempre, sentem a dor da perda de um ente querido.
Vera.

Compartilhe com...