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sábado, 2 de abril de 2016

Lembranças...

Eu caminhava pela terra
naquele caminho salpicado de pedras
e logo ali, dura mas nem tanto
pois que tinha uma rachadura,
uma rocha me fez lembrar de ti.
Meus olhos curiosos descobriram
onde estava a semelhança.
Lá de dentro da fenda, brotando
da sombra daquele árido cinza,
brilhava uma gota d´água
pendurada no verde vida de uma
pequena planta com um botão...
Não era pois a tua imagem,o que vi,
mas o reflexo de um sentimento,
efeito de tua antiga presença.
Ali escondida, é como está agora
a lembrança viva que ainda tenho
de quando nos encontrávamos
para conversar....
Tu me fazias sonhar,
acelerar de novo meu coração,
e no meu caminho,brotar uma flor.

veraalvarenga

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobrado antigo.

Estou no velho e descolorido
sobrado onde sempre morei.
Vejo no quintal a menina
que brinca sozinha e sorri.
Dentro da casa, a mulher
ardente, apaixonada, criativa,
deveras ocupada, a atenção
dividida, a prover, sustentar,
dando de comer, conquanto
não se restrinja a amamentar.
Limpa, enfeita, organiza,
pinta, perfuma, idealiza
em alegre, febril correria,
a casa onde já habitei
e que lembro com nostalgia.
Mas... não tenho tempo para elas!
Embora o meu tempo finja que agoniza
tenho, ainda, outro lugar para ir,
um espaço por demais conhecido,
onde era preciso ir sempre sòzinha,
para onde é sempre bom voltar.
Subo a escada e as encontro:
- Ah! Vocês, aqui, no meu sótão ?!
Exclamo como quem sabia, e
não se surpreende de as encontrar.
E choramos, e rimos, e dançamos,
e a poeira levanta, nos faz mal,
tossimos, caímos cansadas ao chão,
mas ainda bastante determinadas
a remexer naquele antigo baú,
a procura dos tesouros que guardamos.

Poema: Vera Alvarenga
Foto: retirada do Google images.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O fotógrafo lá de casa, era meu pai...

Fui olhar então o Album...

Então resolvi colocar algumas fotos aqui,
por que não?

Que bom que meu pai gostava de tirar fotos!
Naquele tempo, há 60 anos atrás, não era tão fácil como hoje, ter uma máquina fotográfica, mandar revelar filmes e fazer um album....



Foi tão bom e divertido rever o album.
Lembrei de coisas muito boas de se lembrar...
Minha mãe, meu pai...

Aliás, onde está ele?
Atrás da máquina a tirar as fotos e atrás da caneta que desenhou com capricho estas letras do meu nome  no album que fez pra mim...
Quanto carinho recebemos dos pais, sem mesmo nos darmos conta...




As bonecas tinham o rosto de porcelana...
eram duras...só anos depois é que vieram as que
pareciam bebezinhos, macios e gostosos
de se abraçar....

Os laços de fita no cabelo..
eram enorrrmesss...  rs...........





A vovó...engraçado que quando lembro dela, parece que era sempre assim, com a mesma carinha, cheia de rugas, pele macia e cheirosa
(incrível que cheirinho de vó ou da casa dela, a gente não esquece...)






Me lembro do dia na praia em que eu estava no colo com o pai,as ondas batiam atrás...e ele disse para eu largar do braço dele e segurar na bóia...
   Depois disto...hehehe...um baita susto,
quase me afoguei! fui levada pelas ondas rolando e rolando lá para a areia...
   Que susto deve ter sido!
Pra mim foi, com certeza... Então tá, melhor segurar no braço que nos ama, do que numa bóia qualquer...kkkk.................
Tínhamos flores,frutas e galinhas no quintal...gato e cachorro também...

Texto : Vera Alvarenga 
 e fotos: Raul Espósito

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