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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sonhar, ainda?

 Sonhar, depois de tanto tempo,
sonhar ainda?
É porque sonhamos o tempo todo
sem perceber que sonhávamos.
É porque já era hábito, costume
que nunca deixamos de ter,
mesmo sem o perceber.
É deixar ali, onde possamos ver
com os olhos do coração,
e quase tocar com as mãos,
porque bem próximo colocamos
tudo o que transborda da alma,
tudo o que nos tira a calma e
de tão grande não cabe em nós,
e de tão bom, nos consola.
Sonhar ainda? É ainda viver.

sábado, 26 de outubro de 2013

Convido-os para minha Exposição de Máscaras...

Então, querem fazer uma viagem no tempo e vir comigo até Paraty?
1992 - minha exposição de Máscaras na Casa da Cultura.
Eu fiz o convite com aquarelado...catei as folhas secas, cipó, pedras...foi muito bom!

Meu marido estava com alguns projetos lá e eu, então, bolei esta exposição. Convidei-o também a participar com as 3 máscaras do folclore que ele tinha feito. Tinham máscaras e fotos, algumas poucas esculturas também.Máscaras do Folclore, dos Orixás, a Máscara do Rio ( que vomitava dejetos e a sujeira...rs..), e muitas outras.
O pessoal da Casa da Cultura se entusiasmou e com sua equipe, Temilton e o Diuner me ajudaram muito! Montaram até " o quarto escuro" que eu imaginava... Foi muito bom lembrar...
Nesta 1ª parte vou mostrar-lhes apenas o quarto escuro...rs...algo bem "moderno" para aquele tempo...rs...
(não ficarei triste se não gostarem, este tipo de coisa não agrada mesmo a todos os gostos...rs...
Mas na 2ª parte, garanto que tem coisas bonitas...rs....Ah! teve até um coral! e muitos turistas além dos alunos de lá e...claro de vocês!

Então, vamos lá! Logo na entrada do quarto escuro com as 6 esculturas havia um texto. Você ia andando, via as esculturas uma a uma e voltava, mas na volta as esculturas tinham, quase todas, um outro nome. É só clicar nas fotos que elas ampliam:
Vou colocar aqui as esculturas do fim para o começo, na viagem de volta do "LOUCO" (que somos quase todos nós) pois é uma mensagem com esperança...ao contrário de quando víamos as esculturas desde o início até quando a vida nos deixa loucos...rs...não se ofenda, eu disse que somos "quase" todos loucos.
1. A Loucura com seu EU dividido, que se transforma...no Louco:
2. Aprisionado ( bem, esta fica assim mesmo na ida ou na volta!...rs...

   3. A, por vezes doce, "Gaiola Dourada" que se transforma em "Prisão". Mas se o Louco acha um jeito de romper as correntes...rs...
4. Quando a cara cai - só pode cair se e quando percebemos tudo!, mas o LOUCO cheio de esperança muda as coisas e a usa como um gesto de sair "Buscando o EU"
5. O Palco da Vida ( adorei esta escultura- eram duas mulheres - a velha segurando na mão a lembrança de sua juventude...rs...Ui, quando eu fiz este trabalho eu era jovem...agora já estou nessa! E, refletido no espelho, a jovem mulher segurando uma máscara dela mesma mais bonita, ou maquiada, ou enfeitada para ser aceita e amada): O louco, claro se ele conseguiu romper as correntes, volta para o palco da vida e compreende a necessidade de suas máscaras, no bom sentido, claro ( já sei que muita gente vai dizer que não usa máscaras e vai se ofender e sei mais o que...mas cara! amigo/amiga, se quiser você pode ser aquele/a que é perfeito,  não tem rosto, ou tem um só, sempre e sempre, e sempre o mesmo jeito congelado de ser. Não quero ofender ninguém aqui!...rs...)
Outra vez só pra lembrar que a gente não foge do Palco da Vida...rs... e simplesmente porque é natural nos adaptarmos a diferentes situações, tentarmos trabalhar nossa personalidade e tentarmos não nos acomodar apenas aquilo que gostaríamos de ser, porque então seríamos sempre iguais, e sozinhos, se não levássemos os outros em consideração...

E, finalmente, o Útero/ Casulo...alguns chamam de "zona de conforto"... onde os loucos como EU, precisam se refugiar para digerir as coisas, sofrer as transformações necessárias, e muitas vezes MORRER, para poder RENASCER, como Fenix!! 


Então é isso!
Em outro post eu coloca as mais bonitinhas...rs...
Beijos aos amigos que vierem me visitar em minha exposição de alma, digo, de MÁSCARAS!!
Amo máscaras. É uma de minhas poucas, mas totalmente envolventes paixões!
Ah! que saudade me deu daqueles dias, daquele trabalho que, afinal de contas, serviu de incentivo para muitos outros e muitas outras exposições. Que pessoal legal aquele. Eles me compreenderam muito bem e foi ótimo trabalhar com eles! 

FOTOS E TEXTO: VERA ALVARENGA.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tudo em paz...

Respiro fundo...na verdade, nem tanto,
apenas calmamente me levanto
e vou até a porta entreaberta.
Não sigo mais tuas pegadas,
nem as vejo no meu quintal.
Tudo se faz firme e quieto,
é morno e é seguro
como é certa a calmaria
que chega após um vendaval.
Tudo respira o mesmo ar,
não há vento, nem ventania.
Tudo me inspira a bocejar
na calma da alma
que não se espanta mais.
Já nem me lembro de mim,
dissolvida em tudo,e no mesmo tom.
Devo dizer-te, então, estou em paz?
Mas ainda me emociona ouvir o som
de um sanhaço no meu jardim.

Foto e poesia:Vera Alvarenga

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobrado antigo.

Estou no velho e descolorido
sobrado onde sempre morei.
Vejo no quintal a menina
que brinca sozinha e sorri.
Dentro da casa, a mulher
ardente, apaixonada, criativa,
deveras ocupada, a atenção
dividida, a prover, sustentar,
dando de comer, conquanto
não se restrinja a amamentar.
Limpa, enfeita, organiza,
pinta, perfuma, idealiza
em alegre, febril correria,
a casa onde já habitei
e que lembro com nostalgia.
Mas... não tenho tempo para elas!
Embora o meu tempo finja que agoniza
tenho, ainda, outro lugar para ir,
um espaço por demais conhecido,
onde era preciso ir sempre sòzinha,
para onde é sempre bom voltar.
Subo a escada e as encontro:
- Ah! Vocês, aqui, no meu sótão ?!
Exclamo como quem sabia, e
não se surpreende de as encontrar.
E choramos, e rimos, e dançamos,
e a poeira levanta, nos faz mal,
tossimos, caímos cansadas ao chão,
mas ainda bastante determinadas
a remexer naquele antigo baú,
a procura dos tesouros que guardamos.

Poema: Vera Alvarenga
Foto: retirada do Google images.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

" Reflexos de mim..."

Meus trabalhos refletem o que sou........
Meus trabalhos refletem o que sou...   
Nem tudo que me reflete sou eu...........
                                                  
 Meus olhos são janelas da minha alma submersa no que aparento ser......
                                                                 

     Fotos e Texto: Vera Alvarenga

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Uma promessa aqueceu o inverno.

 Numa noite fria de inverno
aconchegada em meu cobertor,
tua voz me chegou de surpresa,
arrancou-me da incerteza e
do medo de não mais encontrar
em meu coração,a força de amar.
E com clareza "sensata e audaz",
me contaste de teu sentimento
que era doce, e provou ser capaz
de encantar-me neste momento...
Tal como mágica flauta
me fez ouvir o que não existia?
   Assim, o que era em mim
imprópria dor que calava no peito,
que me trazia medo e pavor,
e tola me surpreendia, sem jeito,
com esta música, abriu-se em flor,
que em breve, virias colher?
- "Tu és insubstituível para mim".
Isto disseste, não posso esquecer!
Adormeci sorrindo,coração terno,
corpo e alma esquecidos do inverno,
a sonhar o que só então, desejei...
Seria verdade, ou será que sonhei?
Não sei! O fato indiscutível enfim,
é que a música mágica e doce
das notas que eu ouvi tocar,
aqueceu-me o corpo e a alma,
e eu pude com brandura e calma
atravessar as geleiras daquele inverno,
sem medo de congelar ...

Foto e poesia : Vera Alvarenga

terça-feira, 9 de março de 2010

- " Quando a Alma e o Coração Reclamam..."

Por diferentes motivos e geralmente por alguma perda, às vezes ficamos muito tristes, assustados, deprimidos, o que é natural. O ser humano precisa assumir seus sentimentos, sofre-los, viver seu luto...
  Contudo, o tempo que dedicamos a isto, às vezes se alonga e a alma reclama, porque o coração sofre e ela  é sua mãe. Então nos faz um apelo para ouvirmos o que o coração tem a nos dizer.


   Só nós podemos decidir quando reagir e então buscaremos o curativo para atender ao apelo de nossa Alma e do Coração, que querem viver com serenidade e alegria, a grande aventura que é a Vida !  A partir daí, o sol brilhará de novo porque levantaremos nossa cabeça e sairemos para caminhar...
 Vera Alvarenga                              (vídeo do MILTLUC )

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