quarta-feira, 13 de junho de 2012

Por que vens ainda aqui?

 Caminho descalça.
A areia queima sob meus pés,
ou sinto o vento frio no rosto
nos dias em que o sol se esconde.
Se me perguntares, por que venho?
Esconderia a resposta,confesso...
porque não perdi
da memória, que me trai
quando de tudo o mais esqueço,
o que não consigo esquecer de ti.


Fotos e poema: Vera Alvarenga

Pares...

Dia dos namorados...lembra pares...que são companheiros, que caminham, nadam ou voam juntos...ou os que sonham realizar, alcançar objetivos. Lembra paixão, cumplicidade, aconchegar-se, sentir-se bem...
































Fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Voltar pra casa...

 Nada como voltar para o ninho!....
 É o lugar ideal para recuperar forças, relaxar, sentir gratidão e me fortalecer para mais um dia,amanhã...
Fotos e texto:Vera Alvarenga

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Saudades e surpresas à minha janela.

Vou confessar...a saudade é grande...não dá pra esquecer meu pássaro dourado que vinha à minha janela...
                 Ele é insubstituível!      
      Para compensar, a sorte e a natureza me enviaram outros visitantes... alguns me surpreenderam!
 Ele é engraçadinho. Estou descobrindo novos visitantes na minha janela. Este é o pica-pau!
    Bem-te-vi e o Sanhaço, sempre vem para o almoço!
                  O sabiá Laranjeira aparece também... e é mansinho...
                  Neste dia me surpreendi pois ele veio tomar café conosco! Nunca vi um pica-pau tão lindo!
  Contudo, surpreendeu-me mais ainda, o outro visitante que vi, bem ali na árvore em frente o meu terraço!!
                                 Uma graça! Sim, um mico...aliás, a família toda passou por ali...
  Fotos:Vera Alvarenga

terça-feira, 5 de junho de 2012

Delicado por de sol...

 Às vezes me sinto assim... delicada...
como este momento que captei com minha câmera
neste delicado por-de-sol...

E não importa a idade, a aparência ou onde o meu corpo esteja, porque é sentimento, e o sentir é assim, capaz de ser, apesar de qualquer coisa...

Estranho é que não era preciso ser concreto, embora fosse real... Bastava um sinal e tudo era bom. Que bobagem!
Perfeito porque era sonho?...

 Era como quando, intuitivamente, parecemos  captar o que um ou outro sente, como quando nos ligamos por algum laço invisível...
de sentimento, com certeza...
E parecíamos, por momentos, estar mais leves, um ao lado do outro... Tudo era possível, mesmo que não fosse! Tal é a leveza deste sentimento.
Sua presença trazia uma alegria terna, algo que não costumamos nos permitir viver, algo que não posso explicar com palavras... talvez as fotos possam.

Em sua presença o tempo parava. Tímida e sem culpa, sorria ao ouví-lo chamar-me..querida. E nascia o sentimento de confiança e liberdade - por não sentir-se ameaçado você não agredia verbalmente para defender-se, nem diminuía os espaços como fazem os tolos! O céu parecia não ter limites para um vôo, se o desejássemos. E eu podia ser eu mesma, ambos podíamos, e ousava acreditar que podia ser mais, e alcar voos mais altos, pois confesso que não me sentia grande coisa, então... Era assim que era...
Você, aos poucos, tornou-se tão insubstituível como me disse certa vez que eu era... E não sendo concretamente nada, era quase tudo! Como o pássaro dourado, que trazia nas asas o brilho do sol que iluminou aquele entardecer.
Isto me fez voltar a ouvir uma música do Legião Urbana - tem uma frase que diz assim: "..que tudo que você me disse é o que você gostaria que tivessem dito pra você...se o tempo pudesse voltar desta vez..."

Nós, seres humanos somos tolos...Quando foi que desperdiçamos nosso tempo? quando começamos a perder a inocência de querer viver, de fato, e com alegria, o amor? ...o tempo é tão curto e não voltará nem desta vez.
O que perdemos, perdemos...onde nos perdemos dos nossos sonhos, das pessoas que amávamos, das que podíamos amar? Não sei. Só nos resta saber que a cada dia, teremos um novo amanhecer.
Fotos e texto: Vera Alvarenga.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Desejo secreto...

      Nunca ninguém tinha escrito
      tão eloquentemente o que sinto
      neste meu silêncio disfarçado,
      como nestas linhas que eu lia
      no mesmo instante em que sentia
      este desejo que conheço
      e em mim, fica guardado.
      Afaga meus cabelos,
      beija-me na nuca
      procura minha boca,
      e por me desejares nua
      despe-me aos poucos e
      convicto, afirma que sou tua.
      Toma-me em teus braços,
      que inquieta-me o desejo
      de oferecer-te carícias e beijos,
      e receber de igual medida
      os que tens para me dar, e
      juntos haveremos de voar
      mais uma vez, encantados,
      com a magia deste ato de amar
      que nos envolve com doçura indescritível.
      Então, estando eu tão sensível,
      abraça-me, protege-me, enrolas
      o teu corpo no meu. Assim possuídos
      dormiremos um sono de paz e,
      sonolenta, te ouvirei aos meus ouvidos
      dizer baixinho que me amas,
      e não sabes como demoraste me encontrar.

Foto retirada do Google
Poema: Vera Alvarenga 

sábado, 12 de maio de 2012

Homenagem a minha mãe.

  Um ritual delicado...
...Din..don... - Oi, mãe! ,
 Vim tomar um cafezinho com a senhora.
- Ah, filha, já estava na hora!
Qualquer hora era a certa
para este encontro casual,
visitinha rápida, costumeira
para uma conversa natural.
E ela colocava na mesa
o café bem quentinho,
e em sua xícara chinesa
a melhor que ela tinha,
o servia para mim.
E era na sala, na bandeja,
forrada de toalha de renda,
com frescuras de um ritual,
que traz ao simples cotidiano
belezas, nos gestos, escondidas,
pois que, de delicadezas
também se faz a vida.
Sei que sempre foi assim,
certamente me oferecia o melhor
de tudo que podia ter.
Hoje, já não a posso ver,
nem tomamos juntas o café,
mas além da cadeira de balanço,
parece que trago comigo,
algumas coisas que eram dela,
no meu próprio jeito de ser.
Sento-me à janela,
na mão, a xícara e o cafèzinho,
no peito, bate a saudade,
quase posso sentir o cheirinho
daquele doce ritual antigo .

Votos de saúde, paz e muitos momentos de alegria e carinho para todas as mães!
Foto e poema: Vera Alvarenga

   

domingo, 6 de maio de 2012

Aves de papel...

Quando ele entrou em sua vida
com os olhos de mar de um naufragado,
ela, que no oceano, nadava já exaurida,
pensou ver no barco à deriva
providência divina, prova viva
ali deixada para os resgatar.
Nova rota para um novo mundo.
Mas ele veio como uma onda
que a seus olhos se agigantou
e soberana passou agitando o mar,
o que a fez mergulhar, ainda mais fundo.
E assim, no azul profundo da escuridão
desvendou sua própria natureza.
Lutou contra fantasmas de barcos naufragados,
misturou-se aos ossos de corpos mal amados,
encontrou-se nos destroços de momentos bem vividos,
como os singelos sonhos guardados no coração,
e no navio, escondidos no porão, 
descobriu sinais indeléveis de tesouros encantados. 
Em sua mente ela quis para sempre ser feliz,
e bela, e grande, e forte como aquela onda...
... Mora hoje ali, no topo de um iceberg.
E dos sons que não lhe chegam,
das palavras que ele não lhe escreve,
faz aves de papel, que lança ao vento, que
alegres ou tristes, serenas e livres, voam ao léu.

Foto retirada do Google imagens
Porema: Vera Alvarenga

Fruta madura.



Fruta Madura.
Falas da maturidade?
dos riscos da ingenuidade
e sinceridade do coração?
Cuidar sim, renunciar, não!
É como se uma fruta renunciasse
ao seu potencial para a doçura!
Mais uma vez, tudo se daria ao contrário,
e seria amarga a fruta madura!



A amiga Sissy fez um post que gostei demais e me inspirou. Concordo com ela em pensar como seria bom se não perdermos a expressão da ingenuidade e sinceridade de sentimentos, apesar de tantos que nos fazem pensar que se trata de uma fraqueza que não podemos levar conosco ao amadurecer. Claro está que diante das ameaças se faz necessário nos defender, e tentamos aprender a deixar de lado a ingenuidade,quando necessário, mas deixá-la expressar-se em nós,quando em vez,é não matar parte boa do que somos.
O link do poema da Sissy :
 http://blogzoomideiasdafadasemfim.blogspot.com.br/2012/05/como-fazer-sorrir.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+blogspot/Qvwhj+(BlogZoom)

Foto retirada do google images e vídeos do youtube
Poema de Vera Alvarenga

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um adeus, a cada dia...

Havia noites em que fechava os olhos,
noutras, nem disto precisava e
penetrava, no escuro , à procura
daquele sinal, daquela luz
que vinha dele, que era ele
e a enchia de alegria e ternura.
Lá, onde antes se encontravam,
ia em busca de sua presença,
como quem na praia caminhava
por léguas e sem destino,
sentindo no corpo a temperatura
elevar-se e a água salgada
nos pés, sem poder dela beber.
Ia com sede portanto,
tentando conter o incontido desejo,
de ver o rosto que aprendeu a amar
num sonho que aprendeu a sonhar,
de por ele sentir-se abraçada,
ouvir sua voz dizendo a carícia
que tanto adorava ouvir
no jeito dele de a chamar,
como se dos lábios recebesse um beijo.
Ia. Ainda inocente, insistia e buscava,
como quem quisesse a cura
para o mal que levava à morte
mas que aprendera a aceitar,
por um bem que indiferente
sumia no horizonte, como o sol
que no fim do dia, invariavelmente,
se deita lá  no fundo do mar.
Às vezes, sentia vontade de gritar!
Gritar o grito dos dilacerados
pela saudades que rasgam os sonhos,
pelos desencantos que secam as árvores,
pela tristeza dos desencantados.
Em seu velho corpo de mulher,
morava uma jovem apaixonada
vestida com a alma de uma rainha,
que seguia tecendo o destino
e tentava aprender,
a difícil arte de envelhecer.
 

Foto e poema: Vera Alvarenga

domingo, 29 de abril de 2012

O que fizeste?

Fizeste de mim o que não podia ser.
Seria teu rei, se eu a quisesse ter!
Puseste sobre meu corpo
um manto que não me serve.
Moldado sou em carne e osso
como o barro de tuas esculturas,
mas dentro, meu sangue pulsa e ferve
de minhas alegrias, não das tuas,
de minhas dores, de meus amores.
Se não sei mais sonhar, vivo.
Nem sei se ainda sei amar
mas ainda creio em meu velho instinto
e só ao meu desejo, sigo.
Quisera, contudo, compreender...
como pensei que me conhecias?
Como ouviste meus gritos mudos,
e acima de todos os absurdos,
como me colocaste assim
nas profundezas do teu ser
se nunca eu a tomei para mim?
Se nunca, verdadeiramente, me aproximei?
Não consigo crer neste laço imaterial,
irreal e antinatural, que somente uma mulher
pode, deste modo, absurdamente conceber!

Foto retirada do Google imagens.
Poema: Vera Alvarenga 

sábado, 28 de abril de 2012

Voar, voar...






Não faz sentido sentir-me limitada
pelo pouco que sou...












Se minha natureza limita-me, diante de alguns, também é ela que me dá a medida de minha aventura... e as asas da liberdade.









Se não consigo ser como todos e incluir-me igualmente em tantos bandos....








E se os sinais e chamados me sensibilizam de
outras formas...

E se o vento canta uma canção em meus ouvidos
e me convida a imaginar o que seria se pudéssemos voar mais alto...



Ah! Seria melhor acomodar-me e ficar quieta em meu canto e a felicidade seria não fazer-me perguntas e não sonhar mais. No entanto, meu pensamento me leva primeiro, e logo o vento, em seguida vou inteira.
  Por algum tempo pressinto que tenho companhia e, quando me sinto só, me lembro de minha natureza 
e minhas asas se alongam
    e me fazem leve como o vento...

Então, por alguns momentos eternos eu o vejo, como se lembrasse de um sonho que era real, 
em uma outra vida, em um outro mundo,
então quebro as correntes, transponho limites 
e sinto tudo o que posso sentir e vivo conforme minha natureza
e a natureza de meu sonho.

Um dia, talvez, ouça o bater de outras asas a voar por instantes comigo, 
com a mesma ingenuidade que faz da fé, a mãe das possibilidades,
mas mesmo em meu voo solo
meu céu é meu único limite. 


Fotos e texto: Vera Alvarenga.
Música: Sonho de Ícaro- Biafra


                                                                                                                   


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fotos de Florianópolis II




Como fazer com que as tensões e adrenalina
em excesso, comuns na vida de todos nós, diminuam um pouco?

Como viver com menos, sentindo que se tem
mais?






Talvez...
Olhando com atenção ao nosso redor,
nos fazendo verdadeiramente disponíveis
para o outro que nos convida para viver
um instante de doce abandono.Por que não?

Deixando entrar em nós um pouco da paz
e da tranquilidade que pudermos encontrar...

















Perceber que o mundo não é apenas branco ou preto, mas cheio de cores, em diferentes nuances,
que se modificam com a luz de cada momento.
Deixar que a simplicidade dos momentos penetre em nosso coração, enquanto a mente relaxa e esquece de perguntar ou nos dar dilemas para resolver e, estando assim distraída com a beleza do silêncio de apenas "estar" e "ser", nos permite encontrar momentos de paz... nos permite um encontro verdadeiro com o outro...e, com sorte, com a gente mesmo.

Texto e fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Fotos de Florianópolis I



Fotos  de  Florianópolis

     das praias de lá...

            da Lagoa da Conceição...












E no final da tarde....entre as nuvens escuras
ainda há espaço para os últimos raios do sol que se põe no horizonte
e ainda há tempo para meditarmos e fazermos uma oração,
para nos despedirmos de nossos antigos sonhos
e agradecer pelos que ainda teremos.
Fotos e texto: Vera Alvarenga





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