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sábado, 12 de novembro de 2011

Se não cuidarmos, o vento destrói os jardins...

Há 15 anos tenho morado em casas com quintais.
Os quintais são espaços que tenho encontrado vazios.. a gente transforma e cuida, planta e um dia, floresce, dá frutos. É  como relacionamentos importantes na vida.
Ah! dá trabalho, mas vale a pena!
A gente cria um vínculo de amor e bem-estar neste ambiente mágico.
Basta sair lá pra fora, entrar em contato, e a gente fica feliz. Adorei todo tempo que passei nos quintais...quando a gente ama ou gosta, é claro que a gente cuida...
E, sempre há os passarinhos...
Mas e aí? e quando uma mudança inevitável tem de acontecer?
Bem, há várias saídas, como pra tudo que a gente ama e tem que se afastar...
1. A gente pode levar as plantas junto...

2. Quando isto é impossível, a gente fica só com as lembranças boas. É frustrante, se a gente não puder reconstruir o que nos dava prazer e alegria em outro espaço, recomeçar de outra forma.

3. Pra não sentir falta a gente usa uma defesa...ou se desliga porque sabe que leva o amor pela criação e vai criar outro no lugar em que a gente vai ou...
   A gente transforma o jardim antes - o ambiente então volta a ser o vazio que a gente encontrou antes. Ou o próprio ambiente se deixa transformar, vencido pela ação do tempo que traz o vento sul.
Ao olhar para o que voltou a ser vazio e perdeu o sentido, a gente parte sem saudades, aceita o irremediável sem pena, porque não há mais nada ali do que a gente amava. Às vezes, se destrói antes de partir.
Passamos a pensar que esta perda faz parte da vida.
Podemos pensar que o que deixamos para trás não nos fará falta...
Mas há pessoas que sempre vão pensar que poderiam descobrir um modo criativo de preservar o que havia de bom, levando consigo o desejo de reconstruir
Texto e fotos;: Vera Alvarenga




sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Realidade ou Ilusão?




Reflexos não são a realidade

Contudo, dependendo do ângulo

São mais bonitos que ela...





Realidade também é Maia, sob certo aspecto é a realidade uma ilusão...

Quero criar uma ponte entre elas 
quero inventar minha vida,
decidir sobre meu destino
e escolher quando ir de um ponto a outro...

Texto e fotos: Vera Alvarenga

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Meu doce amor é semente...

O sentimento era tão doce
e às vezes, tão arrebatador,
que é fácil entender o lamento
por não poder vivê-lo.
E desejo, só existe enquanto
planejamos satisfazê-lo.
Impossível, vira sonho, ilusão.
Necessário se fará, esquecer.
Contudo, na paz que caminho
hoje de um campo deserto,
olho para o céu aberto,
na noite que se avizinha,
sob os pés a areia me queima,
mas o gesto já tinha feito,
porque brotava do peito,
nascia do corpo e da mente,
natural fruto, do coração,
como a maçã da serpente
- quis tocar uma estrela!
Porque, meu doce amor é semente,
que trago na minha mão.

Poema: Vera Alvarenga
Foto: Google imagens.



"Vende-se tudo- motivo mudança!"

-  "Vende-se quase tudo!"
Armários, poltrona,criado-mudo,
mesinhas, espelhos de mosaico,
vinte, trinta, quarenta reais !
Esculturas de mulheres nuas,
quadros, que eu mesma pintei!
Tem máscaras, que jamais usei...
Dou também quinquilharias
que já não preciso mais.
Motivo? Dos pertences me desfaço,
logo vou para novo espaço.
Lá farei outros cantinhos,
cantarei em novo compasso.

Mudar é difícil... me cansa,          
mas não me assusta.
Mudei pouco em criança,
depois, não consegui mais parar!
É oportunidade que a vida traz
quer queiramos ou não,
pra gente poder recomeçar.
Coisas boas sei que virão,
nem que eu tenha de inventar.
Frutos e flores dos meus quintais,
quem quer, quem dá mais?
Vasos, plantas, passarinhos...
Terei saudades destes bichinhos.

Só não posso me desfazer
do meu desejo de amar,
sem este, não sei viver.

Levo comigo, escondido e
bem guardado,o direito de sonhar.
Então, minha gente, "vendo quase tudo"
e contente ! Quem quer comprar?
Quem aceita, mesmo de graça,
algumas coisas que abandono?
Só não ofereço meu coração
que este, nunca esteve à venda,
e já o entreguei a seu dono.

Fotos e versos: Vera Alvarenga

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Por amor ....

  Ah! eu já pedi muitas coisas a Deus, pelos que amo muito, e outras tantas, porém mais raramente, pelos que nem conheço.
  Já pedi proteção à vida, saúde, amor, discernimento para escolherem o melhor caminho, fé, coragem... Quantas vezes pedi que Deus enviasse um anjo da guarda para caminhar lado a lado com meus filhos! Até dignidade eu pedi numa ocasião em que, não sabendo bem porque, meu coração se apertou e eu pensava em minha mãe e pedia a Deus que lhe desse uma morte digna quando chegasse a hora...

  Quando chegava o momento de pedir algo para mim mesma, me sentia pequena, envergonhada, sei lá se Deus vai ter tempo para minhas coisas,com tanta gente com problemas mais sérios que os meus! E então me lembrava das mães que sofrem vendo seus filhos morrerem e pedem em vão e me desanimava : -" Não sou melhor que estas mães, como Ele vai me atender? Estou sendo egoísta. Me viro sozinha."
 Contudo, há algum tempo atrás, me tornei mais consciente dos meus limites e criei coragem de pedir mais ajuda pessoal, percebi que não dava conta sózinha... e pedi que me iluminasse o caminho, me enviasse sinais e me perdoasse por todas as minhas necessidades, inclusive por minha incapacidade de compreender os sinais... Principalmente peço-lhe por algo que aprendi que é o mais fundamental de tudo - que eu possa encontrar com o amor que existe dentro de mim mesma. Quando a gente sente amor a gente confia e, por mais que estejamos conscientes de que o caminho está escuro, é perigoso ou desagradável, o amor em nós é como a luz que brilha e ilumina as folhas das árvores da mata. Olhando para as árvores, dali a pouco já nem as veremos mais como algo escuro e disforme, ou assustador, mas em suas folhas enxergaremos reflexos que brilharão como pequenas jóias e, através dos ramos veremos a luz que nos guia porque é onde queremos chegar. Ela pode ser um sonho, uma pessoa, um lugar, que naquele momento Deus nos envia para que, por nosso amor queiramos prosseguir e por este desejo encontremos nosso caminho. Sei que a luz que vejo não é Deus, mas talvez ele a use para despertar em mim novamente a fé em mim mesma, no outro, na vida, ou em favor da vida de alguém que me é muito caro. De qualquer modo, penso que é o sinal do amor em nós que nos faz seguir, que dá significado ao viver, e o desejo de amar que nos salva do escuro. E talvez eu não precise sofrer para  merecer a atenção de Deus como aprendi quando criança no colégio das freiras, afinal a vida traz momentos bons e ruins. Talvez eu possa apenas ser grata pela felicidade que sinto embora alguém do meu lado não o seja, mas sendo feliz sem culpa, sem tentar carregar o outro, posso dividir com ele, é esta minha crença mais íntima e minha esperança é a de que talvez, a luz que ilumina seja Deus agindo através do amor...
  E, sem nenhum acanhamento, peço a Deus pelos que amo, que lhes permita sentir sempre amor seja pela vida, por um ideal, pela profissão, por um filho/a, por alguém. Assim, poderão ver a luz em seu caminho, que de seu próprio coração reflete num ponto mais à frente... Assim  reencontramos com o melhor de nós mesmos - nossa capacidade de amar. Quando ela morre, morremos nós. Com ela encontraremos talvez tranquilidade para aceitar a vida como ela é, com ela marcaremos o reencontro e reviveremos um amor quase perdido, ou encontraremos talvez com um outro, lá na frente, que pelo tempo que for pode nos dar a mão e caminhar junto por estar na mesma sintonia. Por amor a um ou a muitos seres humanos, estaremos caminhando para a realização de nossa melhor humanidade. Por amor sofremos, por amor vemos a luz, e quando unidos por amor vivemos a verdadeira religião.

Texto e fotos: Vera Alvarenga

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sem limites...

Sou pessoa modesta,
tenho costumeira humildade,
mas meus sonhos, hoje, não!
Ah! Neles tudo posso!
Neles, não sou pequena,
tenho o tamanho do amor
que cabe em meu coração.
Tudo, porque o sentimento
é livre para ser o que é.
Neles, não sou feita apenas
com um velho corpo de mulher.
Invisível, sou pássaro, sou asas,
para sonhar o que quiser.
Nos meus sonhos, não me falta o ar,
não tenho corpo, só consciência,
liberta dos limites que conheci,
não sou prisioneira da aparência.
Posso abraçar,quem me abraçou
quando precisei. Minha alma,
então, de tão feliz, sabe perdoar.
Posso amar, sem vergonha,
posso crer sem pudor,sem medo.
Porque vejo no olhar, o sorriso
e a paz que tanto desejei ver.
São os meus sonhos, tão sem limites,
que me encabularia de confessar.
Por isto, guardo em segredo.
Neles, não tenho idade, e
tenho tantas cores e sou tão bonita,
que me torno leve e vivo de amor.
Só neles, flutuo de novo, no azul infinito,
e minhas asas se tornam imensas
e, como sou livre, me fazem capaz
dos meus gestos mais bonitos, e
de gentilmente, hoje, te abraçar
e com a ternura de um sonho, te levar
comigo, a um doce momento de paz.

Poema e foto: Vera Alvarenga

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Eu que tinha tudo...

  Do alto dos meus 60 anos, me curvo sob minha ignorância a respeito das coisas da vida e do amor,
                   e carrego, mesmo assim, uma alma, desde sempre apaixonada ....
 Esta música é linda e expressa muito do que sentimos quando mudamos e não sabemos ainda como e por quais caminhos continuaremos a seguir... Meu mundo e nada mais...quem não quis, em algum momento da vida, voltar ao tempo em que via o mundo com o antigo e mais inocente olhar?
Fotos e texto:Vera Alvarenga
Música de Guilherme Arantes - Meu mundo e nada mais...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"Me apaixonei por um olhar..."

"Me apaixonei por um olhar,
por um gesto de ternura"...
assim ele cantava a canção.
Quem não conhece tal sentimento?
Quem não sabe do olhar que posto em si,
pode acordar, derreter o gelo
do inverno que o congelava?
Sei dos nossos,que pediam e davam,
compreendiam, buscavam,
e se encontraram por momentos,
se reconheceram, sem se ver,
quiseram saciar-se, sem se ter.
O resto? Foi consequência
daquilo que não se explica,
dos sonhos adormecidos
pelos desejos despertados,
de uma emoção crescente
por entregar-se inteiramente
ao mais singelo amor sonhado!                                
E do sonho, o fruto concebido,
embora não nascido, abortado,
pois carente do alimento natural,
mesmo com seus dias contados,
ainda assim,como luz aquece a alma,
com pena de saber que não pode ser real.


E a música que adoro, cantada por Oswaldo Montenegro....


Foto: retirada do Google Imagens
Poema:Vera Alvarenga

sábado, 21 de maio de 2011

Flor escarlate

 Sorria. Para todos, sorria.
Conversava, partilhava, vivia.
Sozinha, conhecia o segredo
que de si não mais escondia -
a vergonha, a dor, o medo,
do amar tão tolamente,
do desejar impotente,
de sem alma, seguir em frente,
por saber-se sem esperança.
E sem conhecer, sem poder
experimentar, sem gozar
o imenso e terno prazer
de sentir-se dele e para ele
entregar-se docemente e
com ele,  amor realizado,
para sempre adorado,
seguir,  eternamente....
Amordaçou o sentimento
e, do peito dilacerado,
do sonho estrangulado,
brotou uma flor escarlate.
Foto e poema: Vera Alvarenga

terça-feira, 10 de maio de 2011

Como quem não quer partir....

         Verdade, o dia termina,
o outono chega e não fizemos tudo!
       Eu?  não realizei  um sonho...
aquele, pelo qual, sem saber esperei tanto!
     Sim, nem eu o sabia, até que
o reconheci, surpresa, diante de mim.
    Aquele sonho quase não era e,
passou a ser, quando outros se foram.
   Aquilo que estava dentro de mim,
que ali permanece, como se não tivesse             jamais existido...como um filho,
      luz, que pensei haver concebido
   e nada mais é do que um vazio
pleno de ternura e consciência de si,
         de sua própria pulsação,
da delicada pequenez de sua grandeza.

Mas, talvez isto não importe, seja apenas um desejo, e como tal, um dia se acabe ...
E se for sonho?  Sonhos podem viver eternamente... nostálgicos,quando não se concretizam...
Dizem, que há sonhos que ficam melhor assim, como estão- intocáveis, indestrutíveis.
Será?

Sonhos...
tantos outros realizei, alguns,quem sabe,
estejam ao alcance de minha mão;
Não!  não consigo ser, eu ,
a voz que apenas lembre a ingratidão -
o mistério da vida,ainda se faz,ao redor!
Mesmo que meus olhos denunciem
o que ficou para sempre em mim,
por ter esperado mais do que
eu talvez pudesse alcançar,
o sonho ainda brilha, mesmo assim,
como uma pequena chama
que se apaga aos poucos,
aos pouquinhos, bem devagarinho,
como quem não quer partir....  

Fotos e poema: Vera Alvarenga

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desconfio, que amo este homem...

Desconfiou que amava aquele homem,
mesmo sem conhecer tudo o que era,
sem compartilhar toda sua história,
nem dividir com ele a memória
de tudo o que, cada um, já viveu.
Tão frágeis somos todos nós,
imperfeitos,solitários,ansiosos
em busca do próprio eu,
do próprio amor idealizado,
quanto mais nos sentimos sós!
E ela, ainda buscava encontrar
- o eu no outro- um sinal, um reflexo
de sua crença, do singelo desejo
do melhor de si, ainda poder resgatar.
Sabia que o sonho era maior
do que jamais poderia alcançar.
Melhor seria tratar de esquecer,
pois na vida, um dia,tudo passa.
Por isto, impotente confessou:
Desconfio que amo este homem
que já não sai do meu peito
onde o coloquei desde que, sem jeito,
mostrou-me pequenos segredos de si,
e porque me fez de novo sonhar,
sorrir, novamente crer...voar!
Só por isto, docemente, eu o amo,sim!
Porque me basta nele reconhecer
um fragmento do sonho que era meu.
Porque me basta desejar em seus braços,
finalmente viver a paz que de tão minha,
hoje, ainda se esconde em mim.

Foto e poema: Vera Alvarenga

sábado, 26 de março de 2011

Minha loucura...

Só  o  amor nos resgata...
 E se for aquele que nos apaixona
  de novo pela vida, de um modo
   que nos parece quase divino,
    aquele que por tão inesperado
      tanto assusta quanto comove,
seria covardia imaginar que nós
pudéssemos simplesmente esquecê-lo,
como se não tivesse acontecido,  
como se não nos tivesse tocado
com o encanto de mágico cajado,
que de um distante conto de fadas,
vem nos trazer a eternidade,
nos salvar da morte, que espreita.
Ah! se a maturidade nos fizesse lembrar
quão prudente é mantê-lo adormecido!
   Este amor que só se contenta com amar,
  e forte, e doce, e suave, ora nos prende
  em rendadas teias prateadas, ora
  generoso nos liberta, faz o tempo parar.
  Só ele nos traz de volta a inocência
  e nos devolve a ingenuidade
  de quando éramos plenos de fé!

Na minha idade, portanto,
  desejar o amor é tão adequado,
    necessário, natural, apropriado,
     quanto é o sonhar ao sonhador,
      o escrever ao escritor,
       e a loucura, ao louco de amor!
    
Poema e foto: Vera Alvarenga

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mergulhar no grande silêncio...

Não temo o grande silêncio... mergulho nele
  e, de um modo ou outro, é nele que encontro paz.
Nele me reconheço,
posso encontrar você,
posso sonhar com o amor que idealizei,
colocar um rosto nele e ainda assim,
estarei em silêncio, pois nele vivo o que sonhei,
reflexo do amor nostálgico e da paz que vive em mim...
    Texto e fotos: Vera Alvarenga  

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O sol ainda brilha...

Tens razão em chorar tua dor,
mas só hoje,vem me ouvir,
não quero te ferir. Bem sabes
que nada te alcançará
se tu não permitires...nem eu,
nem quem ao lado está,
nem a vida, nem o amor.
Então, apenas me dê tua mão
e vem comigo...vem !
Não te importes com nada.
O que tua agenda tem
marcado para este instante,
que seja mais importante
que um doce beijo de vida
na tua face cansada?
Trago hoje uma preguiça imensa
para dividir em tua companhia
não me prives de tua presença.
Vem, mesmo em pensamento                                    Fiz este poema para um amigo que perdeu um
senta aqui ao meu lado. Olha,                                    filho.Tem no coração esta dor que nem consigo
a vida acontece ao redor,                                          imaginar, e que o consome, machuca...
o vento faz ondas no lago.Deita,                                  Para ele e para aqueles que sofrem
haverá no momento algo melhor                                        por uma grande perda,
do que olhares para as nuvens do céu?                                é este meu poema....
O que tens medo de adivinhar
no algodão doce, ali desenhado?
Qual dor tamanha poderás lembrar,
que já não tenhas te lembrado?
entrega o que não foi ao passado,
saboreia e resgata da memória o sabor,
apenas dos teus momentos de amor.
Teu corpo sente o toque da minha mão?
Consegues sentir que ela está em tua face?
Sentes a grama que permanece quente
porque o sol a aqueceu,ainda agora?
A vida ainda pulsa em teu coração?
Pudera,meu querido, é por alguma razão!
Ainda estás vivo! Então,
entrega o que tu és ao presente,
e deixa ficar tranquilo o teu coração.

Foto retirada do Google imagens
Poema: Vera Alvarenga




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Minha jóia...

  Tem um sentimento
que habita em meu coração...
   e nele fez seu ninho.
É belo, como uma jóia
de cores incríveis e incrível valor...
   tem vida e me faz sonhar.
Se fica muito tempo em solidão
se não se vê refletido no amor,
   se agita, bate asas,
e num instante desaparece...
A ansiedade dá lugar ao silêncio,
   a saudade emudece,
entristeço sem compreender
os segredos que a vida tece...
  Então meus olhos
buscam no mundo ou nos sonhos
onde poderia ele, se esconder...

Foto e poema : Vera Alvarenga

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Minha adorável companheira!

 Cora nos acompanhou durante muitos anos (14) de nossa vida. Foi uma companheira e tanto!

 Fiz uma poesia em homenagem a ela , que fala do amor que estes nossos cãezinhos tem por nós.
 Estive procurando uma foto em que Cora era tão pequenina e brincava na orelha da nossa pastora alemã Ully. Não encontrei.
 
Aqui estão algumas fotos dela conosco, com meu neto Pedro e sua filha Luana, e com os seus 7 filhotes lindos!!


                                                                                
Esta, ao lado, é a foto do último dia de sua vida.
Ela adorava comer cenoura, mas não gostava da casca ( espertinha!).

" Cora, adorável Companheira"
Foram quatorze anos...
tua vida inteira,
de amor e cumplicidade,
sem enganos,
só alegrias, felicidade.
Não posso jamais esquecer
sua amizade,proteção,
carinhos a oferecer,
brotados do coração.
De todos eu poderia esconder
emoção de tristeza, desalento,
não de teu olhar atento!
Fomos companheiras
e em tantos momentos
caminhamos juntas,
amigas verdadeiras!
Guardo em minha lembrança
tantas vezes que senti
de ti, a presença,
do toque macio em teu pêlo,
dos olhinhos postos em mim,
cheios de amor e zêlo!
Nem parecias um cão,
mas anjo a conviver comigo!
Minha dourada amiguinha,
guardo-te em meu coração. "


Ela morou conosco em São Paulo, na cobertura próximo à Av. Morumbi.
Depois mudou-se conosco para Florianópolis na casa que alugamos. Ficava ao meu lado enquanto eu trabalhava na cerâmica. Adorava pular as ondas!
E finalmente mudou-se para a casa que compramos
no gostoso Condomínio "Atlântico Sul", na praia dos
Ingleses,quando vendemos o aptº em S.Paulo.
   Era uma cocker dourada linda, inteligente e obediente.
Exímia caçadora. Dava o alarme quando aparecia algum animal em casa e queria caça-los: gambás, lagartos, e até por duas vezes um camundongo.
Companheira e dócil, apesar de independente! Uma
cachorrinha muito especial, que meu filho dizia que parecia gente, pois compreendia quando estávamos felizes, quando fiquei triste pela doença de minha mãe e quando falávamos com ela, baixinho e ela nos olhava piscando os olhinhos para mostrar que compreendia! (rs......). Foi ótimo ter sua companhia por tanto tempo!

Texto,poesia e fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Mensagem de final de Ano "...

Para as pessoas que amo, e aquelas que este ano, como amigos, se tornaram tão especiais para mim,
participando de minha vida ou trocando experiências comigo, ou ainda as que me ofereceram um lugar especial em seu coração e estão pra sempre, tatuadas em mim....  com carinho fiz este vídeo,
com algumas fotos que tirei este ano e minha mensagem de Boas Festas e Feliz 2011 !


  Beijo carinhoso e espero que aproveitem para relaxar e apreciem...

Vídeo,fotos e texto : Vera Alvarenga
música: Imagine de John Lennon - o texto não é tradução da música, mas minha mensagem pessoal aos amigos.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

" A espada da Justiça e o amor..."

Junto a alguns emails de apoio, recebi um que trazia palavras que jamais pude imaginar dirigidas a mim! Que doce emoção. Resume todo apoio que alguém poderia desejar.E, com estas palavras, vou dormir o sono dos justos.
Quero agradecer a todos que oraram para que a luz ilumine com mais força e à minha amiga Valéria Mello por este especial email de apoio:
Quando lhe agradeci por orar por mim ela respondeu:
"Obrigada querida.
 Meu coração é todo seu. Pode ficar tranquila aqui dentro. No que depender de mim, tá protegida!
 Bjs
 Valéria"

Quem recebe este tipo de "bem", não pode se desesperar! então me inspirei e fiz esta poesia: 

" Com a espada da Justiça
a ameaçar cortar-me a cabeça,
e temo, a base também, 
por não ter sabido me defender
contra a falsa injúria de alguém,
uma amiga apenas "virtual"
portanto, desconhecida( ?), então
sem pé nem cabeça,( ?)
sem cara nem coração( ?)
me mandou uma mensagem
que me fez esquecer
a quem me deseja mal!
Ao ler, tive a sensação
morna e macia do abraço
e a esperança que eu que faço
o destino que me aguarda por fim.
Pois mesmo que a Justiça se engane,
meu espírito não será despojado!
Podem tirar-me o que tenho,
das coisas que são do mundo,
podem roubar tudo de mim,
menos o que tem real valor,
menos a verdade da alma,
menos a certeza que acalma:
não perde tudo, quem crê
que vive no centro do Amor! "

Poesia e foto : Vera Alvarenga
Este quadro é uma máscara que fiz, há muitos anos, para uma exposição, representando a força guerreira que existe na mulher, e que a faz renascer e lutar pelo que acredita, sem perder a ternura.
 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Convite para um Herói..."

Herói! Escuta!
Não pedi para abandonares armas
enquanto ainda precisavas delas,
mas que abrisses mais espaço,
para eu poder entrar na tua vida
e desejei o teu mais terno olhar.
Lembras? Não sou eu, tua inimiga!
Sou tua companheira, tua metade,
que te lembra, dos outros, a bondade
que também vive em teu peito.
Sou mulher, não gosto da guerra,
meu corpo é feito para amar.
Este é o convite que tantas vezes faço...
Vem, homem! Põe asas no olhar!
Perde um momento comigo!
Me dá um abraço,
tira a carranca da cara,
inspira o perfume da noite e o meu,
relaxa! Aceita a flor que trago, pois
ela faz parte do que sou, meu amigo!
Deixa o espelho e as medalhas
com tua armadura, de lado,
por algum tempo a te esperar.
Eu, já esperei muito por ti.
Antes de partir,
também preciso do teu olhar!
Acaso viste hoje, esta lua?
Foi ela que me fez assim...
é dela também o ritmo
que em harmonia, pulsa em mim.
Não estás cansado de briga?
Teu peito já traz costurado,
um coração remendado, e agora,
mais esta cicatriz de tuas batalhas.
Não concordas que era chegada hora
de transformar tua motivação?
Decidir tudo, consertar o mundo,
apontar todos os erros, pra quê?
Valerá a pena assim combater?
Deixa estar livre teu coração
e a chama que nele ainda arde.
Vive, homem! e deixa viver!
Só o amor justifica a intenção.
Acorda para o bem da vida,
antes que seja tarde !

Poesia:Vera Alvarenga
Foto: pode ter direitos autorais.Retirada do Google imagens.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

" O final da história..é você quem escreve!"

Nós, românticos e sensíveis, também aprendemos a rir e sorrir da vida e dos próprios sentimentos, tantas vezes intensos...
  Agora pouco, ao ver os comentários da Maria lá com um amigo comum, o Roberto, dizendo-lhe que parecia apaixonado... e como estavam falando de flores e ele se disse um "eterno apaixonado", pensei numa historinha...vou postar aqui, junto com os comentários que vieram a seguir.
"Roberto, desculpe, mas você e Maria me fizeram lembrar de uma historinha, que representa o momento em que alguém(um homem) descobre o amor compartilhado...
Houve uma vez um mestre jardineiro, eternamente apaixonado...tanto com as orquídeas, quanto com as mulheres, dizia ver em cada uma,um motivo para admirá-las! e amava a todas elas. rs.............................. e uma orquídea, ali num canto, disse a uma rosa: - Sonho encontrar um jardineiro que atravesse todo o jardim, buscando apenas a mim com o olhar.
    A rosa lhe respondeu com ar de deboche,que seria preciso que ele encontrasse uma flor rara e especial para amar assim, entregando seu amor unicamente para esta escolhida.
   O jardineiro ouviu e lhes disse: uma vez, já amei desta forma especial. Agora desejo apenas amar, em cada uma o que tem de mais belo e assim, nunca deixarei de estar apaixonado.
Quando ele saiu, a orquídea contou em segredo para a rosa, que havia naquele jardim uma flor especial, e que o dia que o jardineiro a percebesse e a amasse, ocorreria um milagre, e os dois sairiam voando por todos os jardins, e campos e terras....e não haveria limites para o alcance de seus olhares, que viveriam encantados,não só com os jardins, mas com a vida,e viveriam eternamente apaixonados por tudo o mais que veriam juntos ...
Gostaram? Beijos...
Ao que Maria respondeu:
Mas obviamente que ameiiiiiiiiiiiiii!! rsrs
Mas me digas o principal,Vera? Ele foi atraz dela?
Ai meu Deus.... 
E eu a ela: "- Maria, Maria, estás a colocar lenha na fogueira! Digamos que esta história está em meu coração e para quem a ouvir...bem...que cada um construa o final que quiser... kkkkk.........................." 
Texto e fotos : Vera Alvarenga, com contribuição dos amigos Maria e Carlos Roberto...kkk...........


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